quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Distúrbios da rede elétrica

Dando seqüência ao assunto das últimas postagens, vamos discorrer brevemente sobre alguns distúrbios comuns da rede elétrica. É bom você conhecer os rudimentos do assunto para poder avaliar a situação. Saber não ocupa lugar, embora recomendemos enfaticamente que quaisquer anormalidades na instalação elétrica do seu imóvel sejam corrigidas por um profissional qualificado - evite fuçar você mesmo e não permita que curiosos de plantão o façam.

Os especialistas chamam de subtensão transitória a uma queda de tensão da rede (abaixo de 10% da tensão nominal e com duração igual ou inferior a 4 ciclos). Esse fenômeno pode ocorrer tanto por culpa da concessionária de energia, quanto da instalação elétrica interna do seu imóvel. Lâmpadas que “enfraquecem” momentaneamente quando o refrigerador entra em funcionamento ou se alguém liga um dispositivo elétrico em outro cômodo da casa, por exemplo, denunciam falta de aterramento ou fiação de bitola inadequada à demanda de energia (detalhe: ferro elétrico, secador de cabelo e outros utensílios vorazes não servem de parâmetro para essa avaliação).

Já as subtensões não transitórias (superiores a quatro ciclos e com duração de alguns minutos a muitas horas) têm basicamente as mesmas causas e sintomas da situação anterior. Se você perceber um enfraquecimento "persistente" das lâmpadas (notadamente nos horários de pico), chame um eletricista com urgência. Se ele não identificar problemas na fiação do imóvel, a concessionária de deverá ser acionada.

Não menos importante, a sobretensão consiste numa elevação (em 10% ou mais) da tensão máxima permitida pela rede por tempo igual ou superior a três ciclos. Situação oposta às anteriores, nesta você nota que a luz das lâmpadas aumenta de intensidade. Se sua instalação estiver dentro dos padrões (especialmente a caixa de entrada, onde está o “relógio” ou “medidor de luz”), a causa fica mesmo por conta da concessionária.

Observação: O fenômeno da sobretensão tende a ocorrer durante temporais com relâmpagos, mas aí não há muito que fazer além de desligar da tomada os equipamentos mais sensíveis (telefones sem fio, aparelhos de fax, televisores e COMPUTADORES, dentre outros). Não custa avaliar periodicamente o estado dos seus fusíveis (ou disjuntores) e verificar possível mau contato na fiação de entrada (não é incomum encontrar frouxos os parafusos de fixação dos fios que entram ou saem do medidor).

Diante desse quadro, parece-nos clara a necessidade de proteger nossos computadores mediante o uso de no-breaks, estabilizadores de tensão ou, na pior das hipóteses, filtros de linha - assunto que será visto em detalhes no próximo bloco. Aguardem.

Se você achou essas informações interessantes, se tiver sugestões, dúvidas, ou mesmo se apenas quiser dar um alô, sinta-se à vontade. Poste seu comentário no blog ou mande um e-mail.