segunda-feira, 13 de novembro de 2017

HDD/SSD ― A MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― Parte 8

O BRASIL ESTÁ DOMINADO POR FACÇÕES CRIMINOSAS. DOS PRESÍDIOS AOS PALÁCIOS.

Qualquer suíte de manutenção que se preza oferece módulos destinados tanto à correção de erros no HDD quanto à desfragmentação dos arquivos. Esses programinhas tendem a ser mais rápidos e até mais eficientes que as ferramentas nativas do Windows, mas, na opinião de alguns analistas, o Defrag já é tão bom quanto ― ou até melhor que ― seus equivalentes de varejo.

Eu uso e recomendo o Smart Defrag, que é rápido, tem interface amigável e oferece uma vasta gama de recursos adicionais, como a desfragmentação off-line (feita durante a inicialização, de maneira a agir sobre arquivos que ficam inacessíveis quando o sistema operacional está carregado), a otimização (que regrava os arquivos do sistema no início do disco para acelerar o desempenho), a consolidação do espaço livre, e por aí vai. Para conhecer outras opções, digite “desfragmentação” no campo de pesquisas do Blog e pressione a tecla Enter.

Mesmo que as encarnações recentes do Windows ― se instaladas em partições formatadas com o sistema de arquivos NTFS ― sejam menos sujeitas à fragmentação do que suas predecessoras ― que usavam por padrão a FAT 32 ―, convém rodar mensalmente o Defrag ou outro desfragmentador de sua preferência, pois desfragmentações muito espaçadas tendem demorar muito para ser concluídas.

Tenha em mente que, embora seja necessária, a desfragmentação sempre envolve o risco de algum arquivo ser remanejado para setores defeituosos do disco (os famosos bad blocks) e apresentar problemas de leitura ou ficar inacessível. Por isso, antes de rodar o Defrag (ou outra ferramenta análoga), convém checar a “saúde” do drive com Chkdsk ou outra ferramenta similar (também disponibilizadas pelas melhores suítes de manutenção).

Via de regra, os discos rígidos dispõem de um estoque de setores “de reserva”, dos quais o Chkdsk e seus equivalentes se valem para substituir os badblocks. Mas esse estoque é limitado, a substituição nem sempre funciona a contento e, para piorar, setores defeituosos têm o mau hábito de se reproduzir feito coelhos. Então, ao primeiro sinal de problemas, você deve fazer um backup de seus arquivos importantes e programar a substituição do HDD com a possível urgência.

Observação: Badblocks podem ser produzidos por desligamentos inadequados (como os que acontecem quando o fornecimento de energia é interrompido inesperadamente), mas também decorrem do mau funcionamento do drive ou de algum de seus componentes, de trepidações e impactos, enfim... Se você tem um notebook e costuma levá-lo de um lado para outro, habitue-se a desligar o aparelho quando for transportá-lo ― ou, no mínimo, coloque o sistema para Hibernar ― evite o modo Suspender, pois aí o desligamento é parcial e o HDD continua sujeito aos efeitos danosos de sacolejos e impactos.

Enfim, para convocar o Chkdsk no Windows 10, abra a pasta Computador, dê um clique direito sobre o ícone que representa o drive desejado (caso haja mais de um), clique em Propriedades > Ferramentas > Correção de erros > Verificar agora... e siga as instruções na tela. Se houver erros a corrigir e/ou setores defeituosos a reparar, será preciso reiniciar o computador, já que a ferramenta precisa ter acesso exclusivo à unidade de sistema e isso só é possível antes de o Windows ser carregado.

Você pode executar o Chkdsk via prompt de comando (veja mais detalhes sobre o prompt de comando no Windows 10 nesta postagem). Para isso, acesse o prompt com prerrogativas de administrador, digite o comando CHKDSK X: /F (substitua o “X” pela letra correspondente à unidade desejada), pressione a tecla Enter e aguarde a realização da checagem. Note que é preciso incluir o parâmetro /F, ou o chkdsk será executado no modo de leitura e se limitará a identificar eventuais problemas ― ou seja, não procederá às devidas correções. Note também que boas ferramentas de manutenção ― como o Advanced System Care, da IOBit ― integram módulos que realizam essa tarefa de maneira mais simples e rápida.

No próximo capítulo a gente conversa sobre a desfragmentação de unidades SSD e encerra esta sequência. Até lá.

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