sexta-feira, 3 de novembro de 2017

MINISTRA DOS DIREITOS HUMANOS COMPARA SEU SALÁRIO A TRABALHO ESCRAVO

Deu no Estadão de ontem (e o link está aqui para quem quiser conferir) que a ministra dos Direitos Humanos desta Banânia apresentou ao governo um pedido para acumular seu salário com o de desembargadora aposentada. Se deferido o pedido, Luislinda Valois ― esse é o nome da criatura ― passaria a receber o valor mensal (bruto) de R$ 61,4 mil.

Em 207 páginas, ela reclama que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas, o que, segundo ela, “sem sombra de dúvidas se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.

Devido à regra do abate-teto, segundo a qual nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do Supremo, o salário de ministra dessa senhora cai para míseros R$ 3.292 brutos ― o de desembargadora, de R$ 30.471,10, é integralmente preservado.

Como se não bastasse o absurdo do pedido, Luislinda, ao se referir à Lei Áurea, diz que a norma “recebeu o número 3533”, quando o número correto é 3353. A mulher não sabe nem copiar! Diz ela, ainda, que “ao criar o teto remuneratório, não se pretendeu, obviamente, desmerecer ou apequenar o trabalho daquele que, por direito adquirido, já percebia, legalmente, os proventos como sói acontecer na minha situação”.

Vale lembrar que o Código Penal define trabalho análogo ao de escravo aquele que submete a pessoa a condições degradantes, jornada exaustiva, trabalho forçado, cerceamento de locomoção e servidão por dívida. Como ministra, Luislinda ― que é filiada ao PSDB ― tem direito a carro com motorista, jatinhos da FAB, cartão corporativo, imóvel funcional e a salário de R$ 30,9 mil.

Num país civilizado... Bem, deixa pra lá.

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