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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A INDECÊNCIA QUE POSA DE INOCÊNCIA



Legislativo e Judiciário já estão em clima de recesso de final de ano — o que é no mínimo imoral: considerando a situação que o país atravessa, deixar para fevereiro assuntos de grande relevância, como as reformas pós-Previdência e a autorização para a prisão de condenados em segunda instância, é uma irresponsabilidade. Mas incluir no Orçamento a proposta aprovada pela Comissão Mista do Congresso, que aumenta consideravelmente o valor do fundão eleitoral em relação ao ano passado, é cuspir na cara do contribuinte tupiniquim, que é obrigado a sustentar calado essa verdadeira farra do boi.

Chegou-se a cogitar um valor de quase R$ 4 bilhões para financiar as campanhas eleitorais no ano que vem, mas, diante da indignação popular, suas insolências valeram-se do velho truque do bode, reduzindo a mordida R$ 2,5 bilhões. Assim, lucrariam meio bilhão de reais e confirmariam que enxergam no povo brasileiro um bando de idiotas. Ao final, o texto que foi aprovado noite de ontem destina R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral, prevê R$ 1.031 para o salário mínimo e estima em até R$ 124 bilhões o déficit das contas públicas.

Nunca é demais lembrar que uma coisa é viabilizar eleições e outra, bem diferente, é sustentar partidos e respectivos candidatos.

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O cangaceiro das Alagoas sonha em ver na cadeia o procurador federal Deltan Dallagnol. Renan, um prontuário ambulante disfarçado de parlamentar, é estimulado pela simpatia dissimulada de um bando de colegas de Dallagnol, pela omissão covarde de cardeais do MPF e pelo apoio ostensivo da bancada suprapartidária dos cafajestes. Mas a prisão do coordenador da Lava-Jato no Paraná é tão viável quanto a substituição do Exército por tropas de cangaceiros chefiados por Fernando Collor.

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Sobre a investigação de Lulinha pela Lava-Jato, disse Lulão: “O espetáculo produzido pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família”. Na versão do picareta dos picaretas, foi por coincidência que a Oi, amparada no critério da meritocracia, doou mais de 130 milhões de reais ao "Ronaldinho dos Negócios" pouco antes de seu papai presidente ter assinado o decreto que permitia à empresa fazer exatamente o que queria.

Um e-mail de 13 de novembro de 2007, incluído pela Lava-Jato na representação que fundamentou as buscas da operação da semana passada, revela muito sobre como funcionava a rede de proteção que mantinha — não com muito sucesso, diga-se — a vida de luxos de Fábio Luís Lula da Silva no anonimato. Em mensagem batizada de “Mocó dos Pica-Pau”, endereçada a Kalil Bittar e Jonas Suassuna, o "menino de ouro", preocupado com o apartamento que estava prestes a alugar em São Paulo por R$ 7 mil reais, pede que todas as contas relacionadas ao imóvel sejam registradas no nome da Gol, empresa de Jonas Suassuna

Para justificar o repasse, Lulinha usa os porteiros do prédio: “Como eu disse ao Jonas, na semana passada, acho ruim tudo relacionado ao apartamento ficar em meu nome. Não é nada demais, mesmo porque eu atualmente tenho condições de arcar com os custos do mesmo, mas quando as contas começam a chegar em meu nome, em menos de uma semana os porteiros se comunicam, que contam para as empregadas, que contam para os vizinhos, que estudam em frente, que contam para deus e o mundo, ou seja, vai ser um inferno”. Na mesma mensagem, o ex-catador de bosta de elefante deixa claro que “o Jonas concordou comigo que podemos fazer tudo em nome da Gol”.

A Lava-Jato separa um capítulo da investigação para detalhar quantas mordomias semelhantes ao apartamento foram bancadas pelo sócio de Lulinha. Compras de toda natureza estão listadas na investigação. “A percepção de benefícios por Fábio Luís, assumidos e pagos por Jonas Suassuna, remonta o ano 2007. E-mails apreendidos comprovam que desde esta época Jonas, com o auxílio de Kalil Bittar, foi responsável por custear despesas de locação em imóvel ocupado por Fábio Luís, da ordem de 7.000 reais por mês”, registram os investigadores. A mensagem, por reveladora, mostra que Lulinha só conseguiu dinheiro depois do milagre da Gamecorp. Mostra também que não era só Lula que usava amigos para esconder a vida de bacana em São Paulo.

Observação: A PF chegou a pedir, em representação que culminou na Operação Mapa da Mina, fase 69 da Lava Jato, a prisão temporária de Lulinha e dos empresários Kalil Bittar e Jonas Suassuna, sócios do grupo Gamecorp/Gol. O documento foi apresentado à 13.ª Vara Federal do Paraná em junho de 2018, mas só foi analisado pela juíza substituta Gabriela Hardt em setembro passado, após manifestação do MPF. Hardt negou o pedido, levando em consideração o tempo decorrido desde a representação e também acolhendo o parecer da força-tarefa no Paraná, de que não havia necessidade de decretação de reclusão dos investigados. Curiosamente, a mídia "cumpanhêra" não fez alarde dessa decisão, ao contrário do que fez quando o TRF-4 anulou uma sentença em que a magistrada reproduziu, como se fossem seus, argumentos do MPF, copiando peça processual sem indicação da fonte (note que essa decisão não remete a processo da Lava-Jato).
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Por último, mas não menos afrontoso: Felipe Santa Cruz — que também parece ter especial predileção por menosprezar a inteligência alheia — saiu-se com a seguinte pérola: “Estou convencido e vou falar uma coisa dura: quem segue apoiando o governo é porque tem algum desvio de caráter”. Na valiosa opinião do presidente da OAB, só não tem desvio de caráter quem, como ele próprio, segue apoiando Lula, Dilma e o resto da quadrilha que saqueou o país por 13 anos consecutivos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

FILHOS? MELHOR NÃO TÊ-LOS — OU: FILHO DE LULA, LULINHA É!


FILHOS? MELHOR NÃO TÊ-LOS. MAS SE NÃO OS TEMOS, COMO SABÊ-LO?

A frase acima abre o POEMA ENJOADINHO, de Vinicius de Moraes, (que você pode apreciar clicando aqui). Mas nem tudo é poesia na política nem flores no jardins do Palácio do Planalto.

Três dos cinco filhos de Jair Bolsonaro têm mandato. Zero um é senador, zero dois, vereador e zero três, deputado federal, mas ficam sob as asas do presidente como pintinhos de uma galinha, e são tão barulhentos quanto. E zero quatro — ou Bolsokid, como Jair Renan se apresenta — deve se juntar aos irmãos em breve. Que Deus nos ajude.

Flávio Bolsonaro está tão afundado no caso Queiroz quanto os destroços do Titanic na costa de Newfoundland, no Canadá. As investigações foram suspensas por uma estapafúrdia liminar do togado supremo que preside os demais togados, mas o plenário fechou esse guarda-chuva ao deliberar pela constitucionalidade de troca de dados entre o UIF (antigo Coaf) e a Receita Federal com o Ministério Público sem prévia autorização judicial. 

Semanas atrás, o primogênito do capitão-super-herói da luta contra a corrupção votou a favor do aumento do fundo eleitoral de R$ 1,7 para R$ 3,8 bilhões. Cuspiu na cara dos 4 milhões de brasileiros que o elegeram senador. "Foi por engano, e agora não dá para voltar atrás”, justificou-se o senador distraído. Pode uma coisa dessas? Ele acha que sim. Mas isso demonstra que, além de compactuar com as gangues partidárias do Congresso, o sujeito ainda nos tem na conta de burros.

Observação: Pressionados pelo governo, líderes do Congresso já admitem reduzir a verba para R$ 2,5 bilhões. Em reunião nesta terça-feira, 10, para fechar acordo sobre votações no Legislativo até o fim do ano, os parlamentares ouviram que o novo valor não enfrentaria resistência por parte de Jair Bolsonaro.

Mudando o foco para Fabio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, (que, por sinal, detesta o apelido), e os sócios dele, Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna (tutti buona gente), que são alvos da 69ª fase da Lava-Jato. Há anos que se tem conhecimento de que a ascensão profissional/patrimonial do "Ronaldinho dos Negócios" é, no mínimo, suspeita. Até o criminoso de Garanhuns ser eleito presidente, seu primogênito trabalhava como catador de bosta de elefante no zoo de São Paulo. Com o papai no Planalto, esse gênio das finanças abriu uma firmeca de tecnologia chamada Gamecorp, travestiu-se de empreendedor bem sucedido e amealhou um patrimônio considerável.

O menino-prodígio mora num apartamento registrado em nome de Jonas Suassuna — o mesmo que figura como um dos donos do folclórico Sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Nunca houve contrato formal assinado entre eles, apenas o repasse de umas poucas mensalidades de R$ 15 mil, que, segundo os investigadores, “não contemplavam todos os meses do período de maio de 2014 fevereiro de 2016, assim como eram em valor inferior à estimativa realizada pelo fisco federal para valor do aluguel do imóvel” (que em 2016, foi estimado em R$ 40 mil mensais).

Impulsionado pelo grupo telefônico Oi/Telemar, cuja fusão com a Brasil Telecom foi azeitada graças à benevolência do governo durante o reinado de Lula, o filho do pai se tornou um próspero empresário. Segundo a força-tarefa de Curitiba, a boa vontade de Brasília resultou em repasses injustificados da telefônica para a firma de Lulinha que somaram R$ 132 milhões entre 2004 e 2016. Por uma dessas doces coincidências, dois dos sócios do Bill Gates tupiniquimBittar e Suassuna— se juntaram para comprar o sítio em Atibaia que era desfrutado pelo ex-presidente lalau. Foi nesse sítio que a Odebrecht e a OAS despejaram verbas roubadas da Petrobras para financiar os confortos do petralha — e que rendeu uma pena de mais de 17 anos na recente sentença condenatória de segunda instância.

Lula, o pai, foi libertado após amargar um ano e sete meses de cana. Só continua livre porque o Supremo derrubou por 6 votos a 5 a regra que permitia a prisão de condenados em segunda instância. O sucesso da Lava-Jato era atribuído a três novidades: 1) A corrupção passara a dar cadeia; 2) O medo da prisão potencializara as delações; 3) As colaborações judiciais impulsionaram as descobertas. Esse círculo virtuoso foi interrompido pela suprema banda-podre. Assim, é improvável que Lulinha passe na cadeia temporada semelhante à que foi imposta ao pai. Não por falta de material, mas porque a Lava-Jato, agora aleijada, arrasta-se pela conjuntura sem meter medo. O supremo retrocesso reintroduziu no processo penal brasileiro dois vocábulos nefastos: prescrição e impunidade.

Para assistir a um vídeo onde o assunto é abordado forma bem-humorada, clique aqui.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

BOLSONARO, A ENTREVISTA CANCELADA, A SITUAÇÃO DA VENEZUELA, O IMBRÓGLIO QUEIROZ/FLAVIO E OUTROS FILHOS DE PRESIDENTES BRASILEIROS ENROLADOS COM A JUSTIÇA



A fábula O Velho, o Menino e o Burro me vem à mente sempre que Jair Bolsonaro diz ou faz seja lá o que for. A bola da vez ainda é — e pelo visto continuará sendo por mais algum tempo — o imbróglio envolvendo o ex-assessor de Flávio Bolsonaro e amigo de longa data do clã —, além do próprio Flávio, que não é formalmente investigado, mas vem agindo como se fosse.

Na quarta 23, em entrevista à Bloomberg, o Presidente afirmou que lamentaria se as suspeitas que cercam Flávio fossem confirmadas, mas que, se ficar provado que o filho cometeu algum ilícito, ele terá de pagar o preço. Horas depois, em entrevista à Record, o Presidente disse que as acusações são infundadas, que o objetivo é atingir o governo e que a quebra do sigilo bancário de Flávio foi arbitrária. Nesse entretempo, cancelou a coletiva de imprensa da qual, além do próprio Jair Bolsonaro, tomariam parte os ministros Paulo Guedes, Sérgio Moro e Ernesto Araújo. Por determinação médica, o Presidente precisa estar descansado no próximo domingo, quando será submetido à cirurgia que restabelecerá o trânsito intestinal e o livrará de vez da bolsa de colostomia (só quem já passou por isso sabe como essa situação é estressante).

Parte a mídia, porém, atribuiu o cancelamento da entrevista à “abordagem antiprofissional da imprensa”. Como de costume, houve informações desencontradas: o ministro Augusto Heleno disse que o Bolsonaro quis se poupar de uma agenda carregada e Gustavo Bebianno, que o Presidente retornara ao hotel porque precisara trocar a bolsa de colostomia. Junte-se a isso o fato de os ministros que participariam da coletiva também não apareceram. Mesmo assim, o Ibovespa quebrou novo recorde, fechando aos 96.558,42 pontos depois de atingir a máxima de 96.575,98 pontos. Nesta quinta-feira, por volta do meio dia, o índice alcançou 97.187 pontos, recorde intradia.

Mudando o foco para a Venezuela: embora eu não costume dar pitacos no cenário político internacional, achei por bem registrar que o apoio do Brasil à ofensiva contra Nicolás Maduro, comandada pelo oposicionista Juan Guaidó, que se proclamou presidente daquele país nesta quarta-feira, foi enfaticamente criticado por petistas como Paulo Pimenta e a presidente nacional da ORCRIM.

"Começamos hoje na América Latina a caminhada dos conflitos que tanto repudiamos em outros continentes", escreveu no Twitter a abilolada Gleisi, que no último dia 10 foi à Venezuela prestigiar a posse de Maduro, embora não tenha comparecido à de Bolsonaro. Ela disse ainda que “não se faz política externa de forma ideológica”. Pausa para as gargalhadas.

Observação: Vale lembrar que durante os governos petista o Brasil apoiou diversos regimes ditatoriais, e que a Venezuela, Cuba e Moçambique estão devendo mais de R$ 1.7 bilhão para o BNDES. E que o que menos existe na Venezuela, hoje em dia, são democracia, garantias democráticas e respeito aos direitos humanos. O que há, isso sim, é uma população fragilizada, oprimida, que não tem como se mobilizar contra as forças armadas e as milícias que opiam o tiranete Nicolás Maduro.

Na mesma linha seguiram o PCdoB e o candidato derrotado Guilherme Boulos, do PSOL, que classificou de “golpe” a ação de Guaidó.  Disse ainda o líder dos sem-teto que "a diplomacia brasileira se tornou extensão do Departamento de Estado dos EUA" e que “a crise no país vizinho precisa de solução democrática e pacífica” (vejam bem quem está falando). Já Fernando Haddad, Manuela D’Ávila e Marina Silva preferiram criticar o cancelamento da coletiva de imprensa de Bolsonaro.

Antes de encerrar, pego um gancho no post anterior para relembrar que outros Presidentes tiveram filhos enrolados com a Justiça. Um bom exemplo é a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que foi denunciada em 2016 pelo MP por um suposto esquema de isenções fiscais concedidas pela Secretaria de Estado da Fazenda a empresas de forma fraudulenta, o que teria causado prejuízo de R$ 410 milhões aos cofres públicos. Outro exemplo é Paulo Henrique Cardoso, que foi citado na delação premiada de Nestor Cerveró — segundo o ex-diretor da Petrobrás, entre 1999 e 2000 o então presidente tucano o orientou a fechar contrato com uma empresa ligada a seu rebento.

Outras malas sem alça são Luís Cláudio, caçula de Lula, e o primogênito Lulinha, que eu já mencionei no posta anterior. O primeiro é investigado na Operação Zelotes pelo recebimento de R$ 2,5 milhões do lobista Mauro Marcondes Machado, que atuava em favor das montadoras Caoa (Hyundai) e MMC Automotores (Mitsubishi). Em sua delação premiada, Antonio Palocci informou que Lula disse ter acertado os repasses com Machado em troca de uma medida provisória. O segundo abriu uma empresa de games que rebebeu pelo menos pelo menos R$ 82 milhões em investimentos da Oi

Por último, mas não menos importante, Maristela Temer aparece no relatório final sobre corrupção no setor portuário. A PF encontrou “indícios concretos” de que dinheiro de propina da JBS a Michel Temer pagou a reforma da casa da filhota. A reforma foi realizada entre 2013 e 2015, e o próprio Temer teria acompanhado detalhes da obra, inclusive financeiros, contradizendo depoimentos da família. A obra teria custado R$ 2 milhões, dos quais boa parte foi paga com dinheiro vivo.

Por hoje é só, pessoal. Amanhã tem mais.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

INSERINDO E REMOVENDO PROGRAMAS DA INICIALIZAÇÃO DO WINDOWS

TENTE APRENDER ALGUMA COISA SOBRE TUDO E TUDO SOBRE ALGUMA COISA.

Bom seria se ligássemos o computador e ele respondesse tão prontamente quanto uma lâmpada responde ao comando do interruptor, mas ainda estarmos longe disso: a despeito da evolução tecnológica das últimas décadas, os ultrapassados BIOS e drives de disco eletromecânicos retardam a inicialização da máquina e impactam negativamente o desempenho do sistema como um todo, conforme a gente já discutiu em outras postagens.

A coisa deve melhorar quando os fabricantes de PCs substituírem o BIOS pelo UEFI e os HDDs pelos SSDs também em seus modelos de entrada (por enquanto, essas tecnologias são oferecidas somente nas opções de topo de linha). Até lá, os usuários domésticos comuns terão de continuar investindo tempo e trabalho em manutenções preventivas e realizando ajustes que permitem economizar alguns segundos na inicialização e dar mais fôlego ao sistema na execução das tarefas do dia a dia.

Além de desinstalar programas inúteis, apagar pastas e arquivos desnecessários, corrigir erros e desfragmentar o HDD e o Registro ― dentre outras medidas que retardam a inevitável reinstalação do Windows ―, gerenciar os aplicativos que pegam carona na inicialização do sistema pode ajudar um bocado. Isso porque boa parte deles fica “em standby”, rodando em segundo plano, consumindo ciclos de processamento e espaço na memória RAM, mesmo que a gente raramente os utilize, e como e esses recursos não são infinitos, a porção alocada desnecessariamente pelos enxeridos acaba fazendo falta quando jogamos um game mais pesado ou rodamos outro aplicativo igualmente exigente.

A rigor, são bem poucos os programas que precisam “pegar carona” na inicialização do Windows. Com exceção do antivírus e do firewall, quase todo o resto pode ser iniciado quando e se realmente os formos utilizar ― talvez eles levem alguns segundos a mais para abrir do que levariam se estivessem “pré-carregados”, mas até aí morreu o Neves.

Boas suítes de manutenção (como o Advanced System Care, o CCleaner e o Glary Utilities, dentre outras que a gente já analisou) costumam facilitar o gerenciamento da inicialização, que sempre pode ser feito do Gerenciador de Tarefas (no caso do Windows 10; nas edições anteriores isso era feito via utilitário de configuração do sistema ― o famoso “msconfig”), só que dá um pouco mais de trabalho. Mas há situações em que desejamos fazer o inverso, ou seja, incluir na inicialização automática um determinado aplicativo, o que não é uma configuração das mais intuitivas, mas tampouco é um bicho-de-sete-cabeças. Veja como você deve fazer:
  1. Abra a janela Executar (tecle Win+R);
  2. Digite “%AppData%\Microsoft\Windows\Start Menu\Programs\Startup” (sem as aspas) no campo Abrir e clique em OK. Uma nova janela do Explorer ― com o nome de Startup ― será exibida; deixe-a aberta, pois você vai precisar dela mais adiante.
  3. Abra o menu Iniciar e, na lista de programas, localize o app cuja inicialização automática você deseja habilitar.
  4. Aponte o mouse para o programa em questão e, mantendo o botão esquerdo pressionado, arraste-o para a Área de Trabalho (isso fará com que um atalho para o programa seja criado no desktop).
  5. Clique com o botão direito sobre esse atalho e, no menu de cortina que se abrirá em seguida, selecione a opção Copiar.
  6. Clique com o botão direito no interior da janelinha Startup e, também no menu suspenso que será exibido, selecione a opção Colar.
Pronto. Agora é só fechar a janelinha e abrir o Gerenciador de Tarefas (ou o msconfig, caso seu Windows não seja o Ten), clicar na aba Inicializar e conferir se o app que você manipulou aparece na lista. Note que é possível inibir a inicialização automática desse programa a qualquer momento, bastando para tanto dar um clique direito sobre ele e clicar na opção Desabilitar.

TAL PAI, TAL FILHO

Segundo João Dória, possível candidato à presidência em 2018, em 13 anos, 4 meses e 12 dias à frente do governo federal Lula e Dilma conseguiram fazer somente duas reformas: a do tríplex no Guarujá e a do Sítio em Atibaia. O alcaide paulistano se diz “anti-Lula” por formação, e que “ser contra Lula é ser a favor do Brasil” ― quanto por mais não fosse, isso já lhe garante meu apoio, caso venha mesmo a concorrer.

O “primeiro cumpanhêro” já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e seis meses de prisão, no processo que trata do tal triplex ― cuja propriedade ele nega, como também nega a do Sítio Santa Bárbara, objeto de outro processo que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba e que o promoveu, semanas atrás, a hexa-réu.

Em dezembro de 2010, depois de empalar a nação com seu deplorável “poste”, Lula dizia a amigos que, quando deixasse a presidência, passaria a descansar “em seu sítio”, que foi remodelado e redecorado pela Odebrecht a pedido de dona Marisa Letícia (detalhes nesta postagem). E, com efeito: pelo menos até eclodirem as primeiras denúncias contra o petista, os Lula da Silva estiveram no sítio 270 vezes, e sua assessoria emitiu pelo menos 12 notas oficiais dando conta de que “o ex-presidente passaria o fim de semana em sua casa de veraneio em Atibaia”.

Quando começou a subir na vida, ainda em São Bernardo do Campo, Lula morou num casarão pertencente a seu amigo, compadre e advogado Roberto Teixeira. Foram oito anos sem jamais desembolsar um centavo sequer com aluguéis, impostos ou taxas. Aliás, também é de Teixeira o luxuoso apartamento nos Jardins ― região mais cara de Sampa e quiçá do Brasil ― onde mora de graça o pimpolho Luiz Cláudio Lula da Silva ― ou morava até ser contratado pelo time uruguaio Juventud de las Piedras, para trabalhar em “projetos desportivos e sociais”. Juntamente com seu papai, o filho caçula figura como réu numa ação penal oriunda da Operação Zelotes, referente ao recebimento de R$ 2,4 milhões do escritório de lobby Marcondes Mautoni por uma consultoria que não passava de material copiado da internet.

Observação: Se Dilma tivesse contratado Teixeira para administrar o Minha Casa, Minha Vida, talvez tivesse realizado algo aproveitável em seu funesto governo. Parece que o compadre do chefão da ORCRIM não só tem imóveis sobrando para ceder a presidentes, ex-presidentes e futuros presidentes, mas também conhece a fórmula mágica que permite a gente que jura ter sido pobre morar de graça em casa de rico.

O primogênito Fábio Luiz Lula da Silva também mora muito bem, obrigado. Conforme apurou a Polícia Federal, seu apartamento foi comprado em 2009 por R$ 3 milhões, registrado no nome de Jonas Leite Suassuna Filho e redecorado com armários e eletrodomésticos que, somados, custaram R$ 1,6 milhão. Suassuna e Fernando Bittar ― filho de Jacó Bittar, amigo de Lula desde a fundação do PT ― figuram como donos do tal sítio em Atibaia e sócios de Lulinha na empresa de tecnologia Gamecorp ― depois que seu papai assumiu a presidência da Banânia, o menino de ouro deixou de trabalhar como catador de bosta de elefante no Zoo de São Paulo e faturou R$ 300 milhões em apenas 15 anos.

Lulinha, note-se, é, desde sempre, um portento, e repete, em certa medida, o caminho do pai, que já o chamou de o seu “Ronaldinho”, referindo-se a suas habilidades nos negócios. Só a Telemar (hoje Oi) injetou R$ 15 milhões na empresa do rapaz ― com investimentos como esse, não é de espantar a dívida da empresa, em março do ano passado, fosse de R$ 60 bilhões (considerada impagável pelo mercado). Aliás, foi Lula quem mudou a lei que proibia a Oi de comprar a Brasil Telecom, ou seja, alterou uma regra legal para beneficiar a empresa que havia investido no negócio do filho. Deu para entender ou quer que eu desenhe?

Ainda sobre o Clã Lula da Silva e a construção da república petista, relembra Reinaldo Azevedo que, quando explodiu o caso Rosemary Noronha ― aquela amiga íntima do molusco ―, a OAS foi convocada (mais uma vez) para dar uma mãozinha a João Batista, o marido oficial da tal senhora. Por não ter explicação para essas outras lambanças, a patuleia vomita impropérios nas redes sociais, acusando supostas conspirações.

Definitivamente, o PT superou a fase do Fiat Elba, que foi peça-chave na denúncia contra Collor. Lula, o PT e a tropa toda são profissionais nas artes em que Collor e PC Farias não passavam de amadores.

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