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sexta-feira, 30 de junho de 2017

MAIS DETALHES SOBRE O MEGA-ATAQUE RANSOMWARE

A TELEVISÃO É A MAIOR MARAVILHA DA CIÊNCIA A SERVIÇO DA IMBECILIDADE HUMANA.

Conforme eu adiantei na postagem anterior, um novo mega-ataque que afeta o Windows vem se espalhando pelo mundo há alguns dias. O agente é o ransomware Petya Golden-Eye ― ou Petwrap ―, que, como o WannaCrypt no mês passado, também encripta os dados nas máquinas afetadas e pede resgate em troca da chave criptográfica. Vale salientar, por oportuno, que o pagamento do resgate não garante que o cibercriminoso cumpra sua parte no acordo. Portanto, crie backups de seus arquivos importantes e de difícil recuperação em mídias removíveis (pendrives, DVDs, CDs, HDs externos USB, etc.).

Uma particularidade dessa praga é a capacidade de encriptar todo o HD ou partições inteiras do drive, impedindo até mesmo o acesso ao sistema operacional. Descer a detalhes sobre como ela explora uma vulnerabilidade existente num protocolo de transporte utilizado pelo Windows para diversos propósitos ― dentre os quais o compartilhamento de arquivos e impressoras e o acesso a serviços remotos ― foge ao escopo desta postagem, de modo que vamos direto às medidas preventivas:

― Mantenha seu sistema atualizado. A Microsoft desenvolve e disponibiliza regularmente correções e atualizações para o Windows e seus componentes, mas cabe ao usuário aplica-las. O ideal é configurar as atualizações automáticas (mais detalhes nesta postagem) e, adicionalmente, rodar o Windows Update a cada dois ou três dias ― no Windows 10, clique em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Windows Update.

Observação: Nesta página, você encontra o link para download dos pacotes da atualização que fecha a brecha explorada pelos mega-ataques. A instalação deve ser feita de acordo com a edição do Windows e a versão instalada no seu computador (se de 32 ou 64 bits; para descobrir o que você tem na sua máquina, clique no botão Iniciar e, em seguida, em Configurações > Sistema > Sobre).

― Edições antigas do Windows, como o festejado XP, ainda são largamente utilizadas, mas não contam mais com o suporte da Microsoft e, portanto, não recebem atualizações e correções, nem mesmo as críticas e de segurança (a não ser em situações extraordinárias, como no caso do ataque do mês passado). Portanto, evite o anacronismo.

― Aplicativos também podem ter bugs e brechas em seus códigos. Fabricantes responsáveis atualizam seus produtos regularmente, mediante updates com correções ou a liberação de novas versões. Procure manter seu software sempre up-to-date. Suítes de segurança responsáveis ― como o Advanced System Care e o Glary Utilities ― identificam os aplicativos desatualizados e apontam os atalhos para a correção dos problemas.  

― Caso você não disponha de um pacote de segurança de terceiros, mantenha o Windows Defender e o Firewall nativo do sistema ativos e operantes. E faça uma varredura completa semanalmente (seja com as ferramentas nativas, seja com seu antivírus de varejo).

― Nem sempre os antivírus são capazes de identificar e neutralizar spywares, ransomwares e outras pragas que tais. Considere a possibilidade de adicionar ao seu arsenal ferramentas adicionais como os excelentes Spybot S&D, SuperAntispyware, IOBit Malware Fighter, Bitdefender Anti-Ransomware. Afinal, o que abunda não excede.

― Ainda que sejam velhas e batidas, as regrinhas elementares de segurança ― como tomar cuidado com anexos de email, links que chegam via correio eletrônico ou programas mensageiros, sites suspeitos (como os de pornografia, páginas de hackers, etc.) ― continuam aplicáveis. Siga-as religiosamente. É sempre melhor prevenir do que remediar.

Boa sorte.

DEPOIS DA NOITE DE QUADRILHA, A NOTIFICAÇÃO

Na tarde de ontem, dia em que São Pedro encerra a trilogia de santos homenageados nas festas juninas, Michel Temer foi oficialmente notificado sobre a denúncia apresentada contra ele pela PGR, por crime de corrupção passiva.

Um dia antes de Janot apresentar a denúncia, o ministro Gilmar Mendes ofereceu um jantar para o presidente e seus ilustres comparas Eliseu Padilha e Wellington Moreira Franco.

Como o fatídico encontro com Joesley “nos porões do Jaburu”, o rega-bofe se deu na moita, ou seja, não constou da agenda oficial do presidente e nem de seu divino anfitrião. 

Depois que a imprensa descobriu a festança (quiçá regada a quentão, pinhão e quadrilha), o Planalto divulgou nota dizendo que os eminentes donos da nossa vida pública e guardiães da Constituição se reuniram para tratar da reforma política. Então tá.

Antes de encerrar, mais uma notícia importante: depois de quatro sessões e de muitas idas e vindas, o plenário do STF decidiu, por oito votos a três, que a Corte não pode revisar as cláusulas dos acordos de colaboração premiada depois de homologados pelo ministro-relator, a não ser que novos levem à conclusão de que a assinatura do acordo teria sido feita de forma irregular ― como, por exemplo, no caso de os delatores serem coagidos a firmar a colaboração.

Votaram nesse sentido os ministros Edson Fachin, relator, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Celso de Mello, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Gilmar Mendes (sempre ele) e Marco Aurélio Mello (quase sempre ele) foram voto vencido, por defenderem a autonomia do Supremo para, na fase de julgamento, analisar todos os elementos do processo, aí incluídas as cláusulas do acordo de delação premiada.

Mais detalhes na postagem de amanhã. Por ora, fiquem com este clipe de vídeo (muito lega, são pouco mais de 3 minutos, mas que valem cada segundo):



Se o vídeo não abrir, clique em https://youtu.be/Kp5SQA1GYGY (ou copie e cole o link na barra de endereços do seu navegador). 

E como hoje é sexta-feira:

Dizem que, num badalado evento de informática, Bill Gates, comparando a indústria de computadores à de automóveis, teria dito o seguinte: "Se a GM tivesse desenvolvido sua tecnologia como a Microsoft fez com a dela, todos estaríamos dirigindo carros de 25 dólares que fariam 1.000 milhas com um galão de gasolina".
Em resposta ao comentário de Mr. Gates, a GM teria enviado um informativo dizendo que, se ela tivesse desenvolvido sua tecnologia como a Microsoft, todos teríamos carros com as seguintes características:

1 - Sem nenhuma razão aparente, o motor do carro morreria, e o motorista aceitaria o fato, daria nova partida e continuaria dirigindo.

2 - Toda vez que as faixas da estrada fossem repintadas, seria preciso comprar um novo carro.

3 - Ao executar uma conversão a esquerda, o carro eventualmente deixaria de funcionar, e você teria de mandar reinstalar o motor.

4 - Luzes indicadoras de óleo, água, temperatura e alternador seriam substituídas por um simples alerta de "falha geral do veículo".

5 - Os bancos exigiriam que todos tivessem as mesmas medidas corporais.

6 - O airbag perguntaria "Você tem Certeza?" antes de disparar.

7 - Eventualmente e sem razão aparente, o carro trancaria o dono fora e não o deixaria entrar, a menos que ele puxasse a maçaneta, girasse a chave e segurasse na antena do rádio simultaneamente.

8 - Toda vez que a GM lançasse um novo modelo, os motoristas teriam de reaprender a dirigir, porque nenhum dos seus comandos seria operado da mesma maneira que no modelo anterior.

9 -A concorrência produziria veículos movidos a energia solar, mais confortáveis, cinco vezes mais rápidos e duas vezes mais fáceis de dirigir, mas que só funcionariam em 5% das rodovias.


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quinta-feira, 29 de junho de 2017

NOVO ATAQUE RANSOMWARE CHEGA AO BRASIL

QUEM CONHECE A SUA IGNORÂNCIA REVELA A MAIS PROFUNDA SAPIÊNCIA. QUEM IGNORA A SUA IGNORÂNCIA VIVE NA MAIS PROFUNDA ILUSÃO.

Achei por bem interromper a sequência que vinha publicando sobre as sutilezas do PC devido a um novo mega-ataque baseado em ransomware.

Como todos devem estar lembrados, há pouco mais de um mês o WannaCrypt fez um rebosteio danado, sequestrando computadores e pedindo resgates em bitcoins (moeda virtual não rastreável) para liberação dos ditos-cujos. No Brasil, o quinto país mais atingido, postos do INSS foram forçados a fechar mais cedo e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a desligar seus computadores.
Inicialmente, imaginou-se que a edição XP do Windows fosse a mais susceptível ao WannaCrypt, tanto que, a despeito de tê-lo aposentado em 2009, a Microsoft disponibilizou uma correção para a falha de segurança que servia de porta de entrada para os crackers ― mais adiante, constatou-se que o Seven seria a edição mais afetada, mas isso, agora, não vem ao caso.

No início desta semana, outro mega-ataque digital desfechado pela ciberbandidagem comprometeu infraestruturas essenciais da Europa, como instituições financeiras, sistemas de transporte, empresas de telecomunicações e energia. Em questão de horas, o ransomware Petya Golden-Eye ― ou Petwrap ―, que também explora vulnerabilidades no sistema operacional Windows, ganhou o mundo e atingiu, inclusive, o Brasil.

Na terça, 27, o Hospital do Câncer de Barretos informou que seu sistema havia sido comprometido, e que as unidades de Jales (SP) e Porto Velho (RO), além dos Institutos de Prevenção, também tiveram seus arquivos criptografados e foram alvo de pedidos de resgate de US$ 300 dólares por máquina (a ser pago em bitcoins). Para piorar, ainda são poucos os antivírus capazes de proteger os usuários contra essa peste. Então, barbas de molho, pessoal.

Volto com mais detalhes oportunamente.

O MOCHILEIRO PETISTA É ABSOLVIDO PELO TRF-4 ENQUANTO TEMER SE APEQUENA

A última terça-feira foi dia de festa na petelândia: por 2 votos a 1, a 8ª Turma do TRF-4 absolveu o mochileiro petralha João Vaccari Netto da pena de 15 anos e 4 meses de prisão que havia sido imposta pelo juiz Sérgio Moro. Como a decisão não foi unânime, os procuradores do MPF já anunciaram que vão recorrer.

Observação: Nunca é demais lembrar, porém, que Vaccari já foi condenado em outras 4 ações ― cujas penas, somadas, chegam a 31 anos de reclusão ―, além de ser réu em outros 4 processos que estão em fase de instrução ou aguardando julgamento.

Paralelamente, a mesma Turma julgou o mérito de mais quatro ações oriundas da Operação Lava-Jato e, por unanimidade, rejeitou três exceções de suspeição movidas contra o juiz federal Sergio Moro pelas defesas de Antônio Palocci Filho, Eduardo Cosentino da Cunha e Branislav Kontic. A quarta ação, que se referia a um habeas corpus de Kontic requerendo o trancamento da ação penal, também teve o mérito negado. Assim, a decisão da Corte assegurou a competência do magistrado para julgar os réus e manteve a ação penal contra Kontic na 13ª Vara Federal de Curitiba.

A 8ª Turma do TRF-4, que revisa as decisões de Moro, é formada pelos desembargadores Leandro Paulsen, Gebran Neto e Victor Luiz dos Santos Laus. As prisões decretadas pelo magistrado curitibano foram, em sua maioria, mantidas pelo colegiado, e mais da metade das penas, aumentadas (algumas delas em mais de dez anos; na quarta-feira (21), o processo contra o ex-sócio da Engevix, Gerson de Mello Almada, chegou à sala de julgamentos da Turma com uma condenação a 19 anos de reclusão e saiu com uma pena de 34 anos e vinte dias).

Enquanto isso, Michel Temer se apequena dia após dia. Sem ter como defender o indefensável, o peemedebista recorre ao ataque: na terça-feira, 27, fez um pronunciamento de cerca de 20 minutos para enfatizar que as denúncias da PGR são “vazias” e baseadas em meras “ilações”, quando vazias, na verdade, são seus ataques contra quem, por dever de ofício, o denunciou por corrupção passiva.  “Não há provas”, disse o presidente, como se o diálogo gravado com Joesley e ora autenticado pela PF jamais tivesse existido, como se Loures, seu assessor direto, não tivesse sido flagrado carregando a emblemática mala com R$ 500 mil, e por aí vai.

Frágil, excelência, não é a denúncia da PGR, mas a retórica vazia a que vossa excelência recorre, sem o menor constrangimento. Frágil é a tentativa estapafúrdia de levantar suspeitas contra Janot no estranho caso dos “milhões e milhões” supostamente embolsados pelo tal procurador que trocou de emprego. Frágil ― e patética ― é a afirmação de que, além de sua honra pessoal, a própria Presidência da República foi conspurcada pela denúncia, como se esta Banânia fosse uma monarquia absolutista e vossa excelência, a reencarnação de Luiz XIV, o Rei Sol, e não um vice-presidente promovido de cargo porque sua imprestável antecessora e colega de chapa foi despejada do Palácio do Planalto.

Observação: Um truque barato, embora largamente utilizado por autoridades que, ao se verem alcançadas por acusações e não terem como negar o que salta aos olhos, argumentam que a instituição que representam foi atacada ― Lula, o falastrão dos falastrões, aplicou esse mesmo truque quando o escândalo do Mensalão quase o derrubou. E o mesmo fez Dilma por ocasião do impeachment, e Collor antes dela.

Como bem salientou Ricardo Noblat em sua postagem da última terça-feira, Temer acusou Janot de promover um atentado contra o país, de querer paralisar o governo e o Congresso, e se disse disposto a ir para a guerra, logo agora que “o país havia entrado nos trilhos”. Esqueceu, porém, de examinar as acusações que pesam contra ele e de refutá-las. Ou simplesmente fugiu de respondê-las.

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