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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE IV


A VIDA É COMO O GELO FINO SOBRE O QUAL PATINAMOS ATÉ O DIA EM QUE CAÍMOS.

Recapitulando: se você não abre mão de desempenho deve investir num PC de ponta, com CPU poderosa, fartura de RAM e SSD com um latifúndio de espaço, mas tenha em mente que um processador Intel Core i9 Extreme custa mais de R$ 10 mil (note que não estou falando num PC equipado com esse portento, pura e simplesmente no processador).

Quem não está com essa bola toda deve buscar uma configuração que privilegie a memória RAM (atualmente, a quantidade recomendada é de 8 GB), mesmo que isso imponha a escolha de um processador menos poderoso — mas nada inferior a um Intel Core i5. Lembre-se: de nada adianta gastar rios de dinheiro num chip ultraveloz se os subsistemas de memória (física e de massa) não lhe oferecerem a necessária contrapartida.

Observação: Por memória de massa, entenda-se o dispositivo onde os dados são armazenados de forma persistente (não confundir com permanente), e por memória física, a RAM, para onde sistema, aplicativos e arquivos são transferidos (a partir da memória de massa) para serem executados e processados — claro que não integralmente, ou não haveria RAM que bastasse, mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes).

Como vimos, a memória virtual — solução paliativa (desenvolvida pela Intel no tempo dos 386, se bem me lembro) — emula memória física a partir de um arquivo de troca (swap file) criado no disco rígido, para onde o Gerenciador de Memória Virtual remete as sessões que não são prioritárias naquele momento, abrindo espaço na RAM, e as traz de volta quando necessário. Esse recurso foi aprimorado ao longo dos anos e é usado até hoje, mas o problema é que, por ele ser baseado no HDD, que é milhares de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM, seu impacto no desempenho global do computador é significativo.

Embora o preço da memória RAM tenha sofrido uma queda expressiva ao longo dos anos — um módulo de 8 GB de memória DDR-4 da Kingston custa, atualmente, pouco mais de US$ 50; no tempo dos vetustos PC 386, que vinham com míseros 2 MB de RAM (você leu certo: megabytes), pelo que se pagaria por 1 Gigabyte de RAM (claro que naquela época ninguém sequer sonhava que módulos com essa capacidade seriam vendidos um dia), daria para comprar, hoje, um carro popular zero quilômetro — PCs de entrada (leia-se de baixo custo) integram míseros 2 ou 3 gigabytes de RAM, o que não dá nem para o começo.   

Também como vimos, não é boa ideia entupir o computador de inutilitários; limite-se a instalar somente aquilo que você realmente for usar faça uma faxina de tempos em tempos. Aplicativos inúteis ou ociosos podem ser removidos com a ferramenta nativa do Windows — no Win10, clique em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Aplicativos e Recursos —, mas eu sugiro utilizar ferramentas dedicadas, como o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller, que eliminam a maioria das sobras que o desinstalador nativo do sistema costuma a deixar para trás.

Terminada a faxina, reinicie o computador e, no Windows 10, clique em Iniciar, expanda as Ferramentas Administrativas do Windows e clique em Limpeza do Disco. Feito isso, supondo que seu drive de armazenamento persistente seja eletromecânico, volte às Ferramentas Administrativas do Windows, clique em Desfragmentar e Otimizar Unidades, selecione a unidade em que o sistema se encontra instalado e dê início ao procedimento (que pode demorar de alguns minutos a horas e horas, dependendo do tamanho do drive, da quantidade de arquivos gravados e do índice de fragmentação dos dados; se você rodar o desfragmentador semanal ou quinzenalmente, as desfragmentações subsequentes demorarão bem menos tempo para ser concluídas).

Observação: Melhores resultados poderão ser obtidos também nesse caso com ferramentas de terceiros, como o Smart Defrag, que integra a suíte de manutenção IObit Advanced SystemCare, mas pode ser baixado e instalado isoladamente. Note que, a despeito de ser possível continuar trabalhando com o computador durante a desfragmentação, prefira executar a ferramenta quando a máquina estiver ociosa, a menos que não se importe em amargar uma lentidão irritante e aumentar expressivamente o tempo necessário para a conclusão da tarefa.

Desinstalados os aplicativos inúteis ou simplesmente dispensáveis e concluídas as etapas complementares sugeridas nos parágrafos anteriores, o próximo passo será checar quais programas remanescentes precisam realmente pegar carona na inicialização do Windows. Veremos isso em detalhes no próximo capítulo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

CONHEÇA MELHOR SEU PC — PARTE III


OS SONHOS SÃO A FORMA COMO TOCAMOS O MUNDO INVISÍVEL.

Hoje em dia, qualquer PC de mesa ou portátil oferece um latifúndio de espaço em disco (ou memória de massa), mas isso não deve estimular o usuário a esgotá-lo no menor tempo possível. Até porque, para trabalhar com folga, o Windows precisa de pelo menos 20% de espaço livre na unidade em que se encontra instalado. 

Instalar freewares inúteis simplesmente porque você não paga por eles (na verdade, quando não pagamos por um produto é porque o produto somos nós) não é boa política: não bastasse o espaço que eles ocupam e os recursos que alocam (a maioria pega carona com a inicialização do sistema e roda em segundo plano durante toda a sessão do Windows), alguns ainda embutem códigos maliciosos (geralmente spyware). Portanto, a regra é: menos é mais. Quanto menos inutilitários você instalar, menos processos serão executados nos bastidores e menor será o risco de conflitos, instabilidades, lentidão e, em situações extremas, travamento do sistema.

Muita gente ainda confunde memória com espaço em disco. Ambos são "memória", é verdade. Aliás, computadores usam memória de diversos tipos — RAM, Cache, Flash etc. No entanto, quando falamos simplesmente "memória", estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do sistema, onde os programas são carregados e as informações, processadas (desde o próprio sistema operacional até um simples documento de texto). 

Nenhum dispositivo computacional atual, de um grande mainframe a uma simples calculadora de bolso, funciona sem uma quantidade mínima de RAM. A questão é que o gigabyte de RAM custa bem mais caro que o gigabyte de memória massa (leia-se espaço no HDD). Assim, máquinas de entrada de linha que oferecem entre 500 GB e 1 TB de espaço no disco costumam trazer míseros 2 ou 3 GB de RAM, quando a quantidade recomendável para os padrões atuais seja de 8 GB

Sem memória física suficiente, o processador desperdiça ciclos e mais ciclos de processamento enquanto espera pelos dados armazenados na memória virtual, que é baseada no HDD e, portanto, milhares e milhares de vezes mais lenta que a já relativamente lenta memória RAM.

Explicando melhor: Até o lançamento do Win95, o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito, e uma de seus maiores inconvenientes era ser monotarefa. Ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, o usuário mandar um documento de texto para a impressora e usar a calculadora enquanto a impressão não terminasse. 

O "pulo do gato" da Microsoft (como é considerado o lançamento do Win95) trouxe a multitarefa, e com ela os problemas de falta de memória física. Mas nem tudo são flores nesse jardim. Quando executamos um processador de textos, um editor de imagens, um navegador da Internet e um cliente de e-mail, por exemplo, e nosso antivírus resolve fazer uma varredura em segundo plano, a quantidade de RAM disponível pode ser insuficiente para atender toda essa demanda. 

Vale lembrar que, quando convocamos um app qualquer, a CPU copia para a RAM (a partir da unidade de armazenamento persistente, ou seja, do HDD ou SSD) os respectivos executáveis, DLLs (bibliotecas de ligação dinâmica), arquivos de dados, etc. (se os programas fossem copiados inteiros, não haveria memória física que bastasse). Para evitar as irritantes mensagens de "memória insuficiente" — que eram comuns nas edições vetustas do Windows —, a Intel criou a "memória virtual" (ou swap file, ou arquivo de troca). Mas é preciso ter em mente que se trata de um mero paliativo. A regra é clara: Falta de memória se resolve instalando mais memória, O resto é conversa mole para boi dormir (embora o ReadyBoost possa ajudar em alguns casos).

Continua no próximo capítulo.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

AINDA SOBRE A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

QUEM VIVE DE ESPERANÇA MORRE DE FOME.

Computadores são formados por dois subsistemas distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. O primeiro é tudo aquilo que a gente chuta, e o segundo, o que a gente só pode xingar. Ou, numa definição mais elaborada: o hardware compreende os componentes físicos do aparelho — gabinete, processador, placas de sistema e de expansão, monitor etc. —, e o software, o sistema operacional, aplicativos, utilitários, enfim, àquilo que, no léxico da informática, se convencionou chamar de "programas" (conjuntos de instruções em linguagem de máquina que descrevem uma tarefa a ser realizada pelo computador, e podem referenciar tanto o código fonte, escrito em alguma linguagem de programação, quanto o arquivo executável que contém esse código).  

Combinada com a evolução tecnológica, a interdependência entre o hardware e o software origina um círculo vicioso (ou virtuoso). Componentes cada vez mais poderosos estimulam o desenvolvimento de programas ainda mais exigentes, e estes, cada vez mais capacidade de processamento, espaço em disco e na memória RAM, levando a indústria do hardware a robustecer ainda mais seus produtos — eis a razão pela qual PCs de última geração se tornam ultrapassados em questão de meses e obsoletos em dois ou três anos.

Devido à arquitetura modular, os "micros" das primeiras safras eram vendidos em kit, cabendo aos usuários montá-los ou recorrer a integradores especializados (Computer Guy). Operá-los também não era tarefa fácil, sobretudo quando não havia disco rígido nem sistema operacional (cada tarefa exigia que os comandos fossem introduzidos manualmente via teclado). Mais adiante, os programas seriam gravados em fita magnética (como as populares cassete que a gente usava antigamente para gravar e ouvir música) e depois em disquinhos magnéticos finos e flexíveis, conhecidos como disquete ou Floppy Disk.

Observação: A título de curiosidade, meu primeiro 286, além de uma winchester com capacidade para armazenar umas poucas centenas de megabytes, contava com um drive para disquetes de 5 ¼” e dois para modelos de 3 ½”, o que facilitava sobremaneira a cópia de arquivos e de programas — como os inevitáveis joguinhos, que se tornariam o principal meio de disseminação dos ainda incipientes vírus eletrônicos, e estes, o mote dos meus primeiros escritos sobre informática e segurança digital. Mas isso já é outra conversa.

Foi também graças à evolução tecnológica que o custo do megabyte baixou de assustadores US$ 200 para alguns centavos, permitindo que os HDDs, que levaram décadas para quebrar a barreira do gigabyte, se tornassem verdadeiros latifúndios. Hoje em dia, qualquer desktop ou notebook de configuração chinfrim conta com algo entre 500 GB e 1 TB de espaço em disco.

É importante não confundir espaço em disco com memória RAM. No jargão da informática, "memória" remete a qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, mas, por convenção, sempre que falamos "genericamente" em memória estamos nos referindo à RAM, que é a memória física do computador e principal ferramenta de trabalho do processador. É nela que o sistema, aplicativos e demais arquivos são carregados — a partir do HDD, SSD ou outro dispositivo de armazenamento persistente — para serem processados/editados. Claro que eles não são carregados integralmente (ou não haveria RAM que bastasse), mas divididos em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou em segmentos (pedaços de tamanhos diferentes). Além das memórias física (RAM) e de massa (discos rígidos e drives de memória sólida), o computador utiliza outras tecnologias com finalidades específicas, como as memórias ROM, de vídeo, cache, flash etc., mas isso já é outra conversa.

Criado pela Sony no final dos anos 1960 e lançado comercialmente em 1971, o disquete embarcou na crescente popularização dos PCs e se tornou a solução primária para armazenamento externo e transporte de arquivos digitais. Mas nem tudo eram flores: além de oferecerem espaço miserável, os disquinhos eram frágeis e emboloravam e desmagnetizavam com facilidade. Os primeiros modelos, de 8 polegadas (cerca de 20 cm), comportavam míseros 8 KB. Nos de 5 ¼ polegadas, a capacidade inicial de 160 KB chegou a 1,2 MB em 1984, quando eles deixaram de ser produzidos. As versões de 3 ½ polegadas foram extremamente populares, a despeito de sua capacidade medíocre (1,44 MB). Versões de 2,88 MB e 5,76 MB chegaram a ser lançadas, mas por alguma razão não se popularizaram.

Observação: Considerando que seriam necessários cerca de 700 disquetes de 1.44 MB para armazenar 1 GB de dados, para gravar nesse tipo de mídia os arquivos de instalação do Win7 seriam necessários 11.000 disquinhos (que formariam uma pilha da altura de um edifício de 9 andares).

Com o advento das mídias ópticas (CD, DVD e Blu-ray), os disquetes se tornaram "coisa do passado". Mesmo assim, a Sony a fabricá-los até 2011, quando finalmente jogou a toalha. Deveria tê-lo feito bem antes: a virada do século trouxe o pendrive e, mais adiante, o HD externo  dispositivos de memória flash com interface USB que oferecem latifúndios de espaço. Somados aos drives virtuais (armazenamento em nuvem), essas tecnologias levaram os fabricantes de PC, que já tinham excluídos o drive de disquete de suas planilhas de custo, a eliminar também o drive de mídia óptica.

O resto fica para o próximo capítulo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM - PARTE 7


É PRECISO MANTER A PÓLVORA SECA PARA O CASO DE SE PRECISAR DELA.

Vimos que o sistema e os aplicativos não são carregados integralmente na memória RAM, mas divididos em páginas ou em segmentos (pedaços do mesmo tamanho e pedaços de tamanhos diferentes, respectivamente), ou não haveria memória que bastasse. Isso só é possível porque os sistemas operacionais são construídos de forma modular, e cada módulo (Kernel, EscalonadorGerenciador de Arquivos, etc.) é carregado individual e seletivamente, conforme as necessidades.

Toda vez que ligamos o computador, o BIOS faz o POST (autoteste de inicialização), procura os arquivos de BOOT (conforme a sequência declarada no CMOS Setup), “carrega” o sistema na memória RAM e exibe a tradicional tela de boas-vindas. 

BIOS é a primeira camada de software do computador e fica gravado numa pequena porção de memória não volátil integrada à placa-mãe. O CMOS é um componente de hardware composto de um relógio permanente, uma pequena porção de memória volátil e uma bateria, que mantém essa memória volátil energizada, ou as informações que ela armazena se perderiam toda vez que o computador fosse desligado. O BOOT é o processo mediante o qual o BIOS checa as informações armazenadas no CMOS e realiza o POST (autoteste de inicialização).Só então, e se tudo estiver nos conformes, o Windows é carregado e assume o comando da máquina.

Fazer o Setup nada mais é que configurar os parâmetros armazenados na memória do CMOS, de modo a permitir que o BIOS reconheça e gerencie adequadamente os componentes instalados, dê o boot e adote outros procedimentos básicos que envolvem o funcionamento do PC. Essa configuração consiste em oferecer respostas a uma longa sequência de perguntas num sistema de múltipla escolha, mas a boa notícia é que ela e feita na etapa final da montagem do computador e só é necessário refazê-la em situações específicas (após um upgrade abrangente de hardware, por exemplo). Claro que é possível reconfigurar o Setup para resolver problemas e/ou incrementar o desempenho do computador, mas isso só deve ser feito usuários avançados, pois modificações indevidas ou malsucedidas podem comprometer o funcionamento da máquina.

ObservaçãoBoot significa bota ou botina, mas virou sinônimo de inicialização devido à expressão “pulling oneself up by his own bootstraps” (içar a si mesmo pelos cordões das botinas), que, por extensão, significa “fazer sozinho algo impossível de ser feito sem ajuda externa”. Segundo alguns autores, isso vem do tempo em que os computadores usavam uma pequena quantidade de código para carregar instruções mais complexas, e esse processo era conhecido como bootstrapping.

Voltando à influência da RAM no desempenho global do PC, vale relembrar uma analogia que eu faço desde que publiquei meus primeiros artigos sobre hardware na mídia impressa, lá pelo final do século passado: 

Se o computador fosse uma orquestra, o processador seria o maestro. Mas uma boa apresentação não depende apenas de um regente competente, mas também de músicos qualificados e entrosados entre si. Bons músicos podem até suprira as limitações de um maestro meia-boca, mas o contrário não é possível: por mais que o regente se descabele, a incompetência da equipe fatalmente embotará o brilho do concerto. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dá em relação ao PC, que depende de uma configuração equilibrada, com componentes adequados e balanceados

Em outras palavras, uma CPU de primeiríssima não será capaz de muita coisa se for assessorada por um subsistema de memórias subdimensionado. Mas não é só. PCs da mesma marca, modelo e idêntica configuração de hardware podem apresentar comportamentos diversos, pois o desempenho de cada depende também da configuração do Windows, da quantidade de aplicativos instalados, da maneira como eles são inicializados, da regularidade com que o usuário realiza manutenções preventivo-corretivas, e por aí vai. 

Máquinas de entrada de linha (leia-se baixo custo) costumam integrar processadores chinfrins, pouca memória e módulos genéricos, o que impacta negativamente no desempenho global do sistema. Isso sem mencionar o software fica mais exigente a cada dia. Para se ter uma ideia, enquanto o Win95 rodava com míseros 8 MB de RAM (isso mesmo, oito megabytes) o Windows 10 precisa de algo entre 6 e 8 GB para rodar com folga (a Microsoft, modesta quando lhe convém, fala em 1 GB para as versões de 32-bit2 GB para as de 64-bit, mas aí não sobra quase nada para os aplicativos).

Outra analogia de que gosto muito remete à dinâmica entre o processador, a RAM e o HDD. Vamos a ela:

Imagine o PC como um escritório e o processador como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, esse incansável colaborador atende ligações, recebe informações, transmite instruções, elabora cartas e relatórios, responde emails e por aí afora, tudo praticamente ao mesmo tempo. No entanto, se algum elemento indispensável ao trabalho não estiver sobre a mesa, o já assoberbado funcionário perderá um bocado de tempo escarafunchando gavetas abarrotadas e estantes desarrumadas (quem mandou não desfragmentar o HDD?). E a situação fica ainda pior quando ele precisa abrir espaço sobre a mesa atulhada para acomodar mais livros e pastas. Isso sem falar que terá de arrumar tudo de novo antes de retornar à tarefa interrompida. 

Se você ainda não ligou os pontos, a escrivaninha corresponde à memória cache, as gavetas à memória física (RAM), as estantes à memória de massa (HDD) e a “abertura de espaço”, ao swap-file (ou arquivo de troca, ou ainda memória virtual). Para mais detalhes sobre cada uma dessas memórias, reveja as postagens anteriores).

Vejo agora que esse apanhado de informações conceituais ocupou um bocado de espaço, o que me obriga a deixar as dicas práticas para a próxima postagem. Até lá.

terça-feira, 11 de julho de 2017

VOCÊ CONHECE SEU PC? ― Parte VI

NEURASTENIA É DOENÇA DE GENTE RICA. POBRE NEURASTÊNICO É MALCRIADO.

Embora o termo "memória" designe, no jargão da informática, qualquer meio destinado ao armazenamento de dados, quando usado genericamente ele remete à RAM, que é a memória física do sistema e principal ferramenta de trabalho do processador. Nenhum computador é capaz de funcionar sem memórias, e o PC as utiliza em diversos formatos e tecnologias.

Observação: RAM é a sigla de Random Access Memory, ou “memória de acesso aleatório”. Trata-se de um tipo de memória volátil ― ou seja, que só retém os dados quando energizada (daí o boot precisar ser refeito toda vez que ligamos o computador) ―, mas que permite o acesso a qualquer dos seus endereços aleatoriamente, o que lhe confere tempos de resposta e taxas de transferência que deixam os drives de HD eletromecânicos no chinelo.

Tanto o sistema operacional quanto os aplicativos e demais arquivos são carregados na RAM a partir da memória de massa (HDD ou SSD, conforme o caso), onde os dados são armazenados de forma persistente, e novamente salvos no disco depois de manipulados (de outra forma, as modificações seriam perdidas sempre que o computador fosse desligado).

A RAM é comercializada em pentes (ou módulos) compostos por diversos chips soldados numa placa de circuito. Diversas tecnologias foram criadas desde a pré-história da informática (FPM, EDO, SDR, RAMBUS, DDR, DDR2, DDR3 e DDR4) e disponibilizadas em módulos de vários formatos (SIMM, DIMM, RIMM, etc.), mas a maioria dos PCs atuais integra memórias DDR3 em módulos com 240 pinos. As DDR4, lançadas em 2014, ainda não são massivamente utilizadas em máquinas de entrada de linha, embora o padrão DDR5 deva ser lançado comercialmente já no próximo ano.

Continuamos na próxima postagem. Até lá.

O INFERNO ASTRAL DE TEMER

Enquanto Lula posa de candidato ― como se não fosse penta-réu na Lava-Jato e não estivesse prestes a receber sua primeira condenação ― e a caterva vermelha colhe assinaturas (?!) para anular o impeachment da anta incompetenta ― como se não bastasse a roubalheira e a destruição que mestre e pupila promoveram durante mais de uma década ―, o governo agoniza, o país anda de lado, Rodrigo Maia cresce e Michel Temer se apequena.

Michel, ma belle, sont les mots qui vont très bien ensemble, tres bien ensemble: Não foi Deus quem o colocou na presidência. Foi Lula. Como vice da anta vermelha, vossa excelência se beneficiou do financiamento espúrio das campanhas milionárias, foi conivente e cúmplice de toda sorte de malfeitos e, por estar no lugar certo na hora certa, subiu de posto, deixando passar uma excelente oportunidade de pedir o boné, voltar para Câmara, ou para onde bem entendesse, e tocar sua vida como se nada tivesse acontecido.

Mas não seria mesmo de se esperar esse ato de grandeza de quem tanto fez para “chegar lá”. Só que o sonho de entrar para a história como “o cara que reconduziu o Brasil ao caminho do crescimento” fica mais distante a cada dia, embora se tenha mostrado plausível durante algum tempo, mesmo que os critérios adotados na formação da equipe econômica não tenham sido estendidos a todo o ministério e, pior, a velha política de compadrio ter sido mantida, a despeito de a sociedade clamar por novos moldes. Em pouco tempos, os pífios índices de popularidade de Michel Temer caíram a níveis abissais, quase tão baixos quanto os de Collor no auge do processo de impeachment e os de Sarney nos tempos “áureos” da hiperinflação.

O que já era ruim ficou ainda pior depois da divulgação da conversa nada republicana com certo moedor de carne bilionário, quando, pela segunda vez, a janela de oportunidade da renúncia se descortinou. Mas os argumentos de Eliseu Padilha, Moreira Franco e outros amigos e assessores enrolados com a Justiça ― que seriam igualmente defenestrados e deixariam de ser investigados no Supremo, onde os processos levam décadas para ser julgados e não raro resultam em impunidade, por conta da prescrição da pena ― falaram mais alto, e a renúncia foi abortada.

Em vez da notícia do afastamento, o que se ouviu do presidente foi um pronunciamento indignado, onde, à repudia às suspeitas descabidas, seguiu-se a afirmação enfática de que “o inquérito no STF seria o território onde surgiriam todas as explicações e de que seria feita “uma investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro”. Palavras vazias, como se veria mais adiante, quando as ações desmentiram o discurso e o esforço para barrar o processo ganhou vulto.

A tranquilidade do presidente não passa de fleuma: em recentes incursões pela Rússia e Noruega, onde lhe foi dispensado tratamento de chefete de republiqueta de bananas, Temer chegou mesmo a trocar o nome de um país e referir-se ao monarca do outro aludindo a um terceiro ― gafes esperadas de uma besta quadrada e despreparada como sua antecessora, mas não do grande Michel Temer, político experimentado e constitucionalista consagrado. Na semana passada, diante de meia dúzia de gatos pingados, na Alemanha, ele revelou sua vocação para comediante de stand-up ao dizer que não havia crise econômica no Brasil, a despeito de 14 milhões de desempregados desmentirem essa falácia.

Agora, horas antes (*) da leitura do relatório na CCJ da Câmara ― que determinará, ou não, a admissibilidade do inquérito e cuja decisão certamente influenciará o resultado da votação no plenário ―, Temer sabe que o tempo do “está ruim com ele, mas seria pior sem ele” já passou. Agora, seu apelo é para que os deputados olhem para os ganhos obtidos durante seu governo, que supram em muito a gravidade das acusações, como que defendendo o “rouba, mas faz” adotado por políticos como Adhemar de Barros, Paulo Maluf e distinta companhia.

(*) Enquanto eu elaborava este texto, o deputado Sergio Zveiter, relator da denúncia contra Michel Temer na CCJ, defendeu a aceitação pela Câmara da acusação apresentada pela PGR. Apesar de ser do mesmo partido do presidente, o relator já era considerado um parlamentar de atuação independente, o que era motivo de preocupação para a base aliada. Na próxima quarta-feira, iniciam-se os debates, com o direito à fala dos 66 titulares e 66 suplentes. Além destes, os líderes partidários podem se manifestar a qualquer momento. A expectativa é de que a Comissão possa analisar o relatório de Zveiter até a próxima sexta-feira, em votação simbólica que pode influenciar a decisão do plenário. 

Rodrigo Janot quer a cabeça Temer, e precisa consegui-la até setembro, quando termina seu mandato à frente da PGR. Ele já avisou que, enquanto houver bambu, vai ter flecha. Pena não ter tido o mesmo procedimento quando o petralha Aluízio Merdandante, então ministro da Justiça da anta vermelha, foi gravado tentando silenciar o senador preso Delcídio do Amaral. Ou quando a Lava-Jato expôs a própria anta vermelha no centro da maior quadrilha política da história ocidental. Igualmente lamentável é o fato de a imprensa não demonstrado o mesmo empenho para desmontar os discursos falaciosos e trapaceiros dos ex-presidentes Lula e Dilma, mas tudo isso são águas passadas e de nada adianta chorar sobre o leite derramado.

Dizer que a acusação da PGR é uma obra de ficção soa patético, como também a tentativa de se defender acusando o acusador. As acusações feitas pelo presidente são eminentemente revanchistas e baseadas em ilações sem qualquer fundamento. Para piorar, ele não negou ― e nem teria como negar ― seu encontro fortuito com Joesley no Jaburu, nem a conversa mantida entre eles. Disse apenas que não acreditou no que ouviu, que o empresário era um notório falastrão e que achou que ele estaria se vangloriando (?!) de ter subornado juízes, procuradores e comprado o silêncio de Eduardo Cunha e Lucio Funaro ― hoje hóspedes do sistema prisional tupiniquim.

Questionar a validade da gravação como prova não anula seu conteúdo, e o laudo do perito Ricardo Molina, divulgado na mídia como um espetáculo circense, acabou sendo desmontado pela PF, que procedeu a investigações bem mais meticulosas e, além de atestar que não houve quaisquer edições, ainda recuperou trechos inaudíveis da gravação original. E agora, José, digo, Michel?  

Janot vem cozinhado em fogo brando um dos inquéritos que têm com alvo o Presidente da Câmara (prova disso é que a PF concluiu o relatório em fevereiro, mas a PGR ainda não apresentou a denúncia no STF). Maia nega estar conspirando contra Temer, mas o fato é que, nos bastidores, já se fala que o governo está com os dias contados. O senador Cássio Cunha Lima diz que o presidente não dura mais 15 dias no cargo, e o senador Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, vem tentando convencer os tucanos a “descer do muro” e retirar seu apoio ao Planalto.

Como não existe nada ruim que não possa piorar, as possíveis delações premiadas de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro, Rodrigo Rocha Loures e Geddel Vieira Lima devem complicar ainda mais a situação de Temer, sem mencionar que mais hora, menos hora, o presidente da Câmara terá de dar andamento a pelo menos um dos mais de 20 pedidos de impeachment que vem engavetando desde o vazamento da delação de Joesley e companhia. A lua-de-mel entre Michel Temer e Rodrigo Maia acabou depois que Maia resolveu votar em separado as duas outras denúncias que Janot ainda deverá apresentar, em vez de juntar tudo e fazer uma votação única. O resultado será mais desgaste para um governo que já enfrenta dificuldades para reunir votos contrários à abertura do processo.

Segundo levantamento da revista Época, 330 deputados disseram que participarão da votação, a despeito do esforço do Planalto em esvaziar a sessão. A ausência dos parlamentares causa menos desgaste político do que o apoio expresso ao presidente, já que, como no impeachment de Dilma, o voto será aberto, declarado em pé, ao microfone, e transmitido em tempo real para todo o Brasil. Temer e os poucos aliados que lhe restam sabem que é pesado demais para um parlamentar que disputará eleições no ano que vem declarar abertamente seu apoio a um presidente acusado de corrupção passiva e que tem míseros 7% de popularidade.

Ainda de acordo com a reportagem, dos 513 deputados federais, 153 declararam que votarão a favor da denúncia e 51, contra (os 308 restantes estão indecisos ou não responderam, e o presidente da Casa não precisa votar, a não ser em caso de empate). Claro que sempre existe a possibilidade de pressões e ofertas de verbas e cargos produzirem algumas mudanças, mas o governo já liberou R$ 1,8 bilhão em verbas e agora, às vésperas de votação, pouco resta para investir. E se as dificuldades já são grandes para barrar a primeira denúncia, repetir o feito outras duas vezes, com novas negociações, barganhas e convencimento dos parlamentares... Sei não.

Observação: Às vésperas da votação do impeachment de Dilma, o molusco eneadáctilo abancou-se num hotel em Brasília para oferecer cargos e verbas em troca do apoio dos parlamentares. E deu no que deu. Temer tem feito basicamente a mesma coisa, mas errou ao comprar a fidelidade dos parlamentares cedo demais. Uma burrice imperdoável de quem participou ativamente das negociações em 2016, quando ele Eduardo Cunha se mobilizaram para cobrir as ofertas feitas por Lula e Dilma aos parlamentares. Agora, Temer age como Dilma, e Rodrigo Maia, como Temer na ocasião, prometendo, inclusive, manter os cargos que os aliados têm no governo, para ganhar equilíbrio e evitar ataques.

Parece um jogo sórdido ― e é ―, mas é assim que se faz política no presidencialismo de coalização tupiniquim. Para Jereissati, o país está no limiar da ingovernabilidade, e urge costurar um acordo que permita chegar às eleições de 2018. Maia, por sua vez, já se comprometeu a manter a equipe econômica, e esta já pensa no cenário “pós-Temer”: no mês passado, Henrique Meirelles declarou a investidores em Paris que seguiria no cargo, mesmo que Temer caísse.

Pelo andar da carruagem, falta pouco para o consenso de que Temer é tão útil quanto um engraxate nas areias da praia se cristalizar, e isso é péssimo para um presidente impopular, enrolado na Justiça, desprestigiado no Congresso e que precisa lutar para se manter no cargo.  

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

ANDROID — AINDA A INSUFICIÊNCIA DE MEMÓRIA

O SILÊNCIO É TOLO QUANDO SOMOS SÁBIOS, MAS É SÁBIO QUANDO SOMOS TOLOS.

Já vimos como solucionar um probleminha que leva o Android a emitir falsos alertas de memória insuficiente quando a gente tenta instalar aplicativos do Google Play Store; agora veremos como contornar a insuficiência de memória física (RAM) que tanto aporrinha os usuários de smartphones.

Primeiramente, vale relembrar que todo PC (e o smartphone nada mais é que um minicomputador) usa diversos tipos de memória, que é na RAM que são carregados o sistema operacional, os apps e todos os demais arquivos, e que os softwares estão cada vez mais “gulosos”, exigindo mais memória do que boa parte dos telefoninhos de entrada de linha (ou modelos mais antigos) oferece.

Para piorar, diferentemente do que ocorre com a memória de massa (responsável pelo armazenamento dos arquivos), a RAM não pode ser ampliada via SD Card — nos desktops e notebooks, o upgrade é relativamente simples e barato, mas, no celular, é algo impraticável ou, no mínimo, economicamente inviável. E de nada adianta usar os chamados app Killers, já que eles apenas interrompem os processos em execução, proporcionando uma redução momentânea do consumo de memória.

Observação: Quando encerramos um app, parte dele permanece na memória para evitar que o sistema tenha de reiniciá-lo do zero se voltarmos a convocá-lo mais adiante. Ao limparmos o cache (seja através das configurações do sistema, seja com a ajuda dos Killers), o app demorará mais para abrir, demandará mais processamento e consumirá mais energia, reduzindo, consequentemente, a autonomia da bateria. Isso sem mencionar que, apesar de uma determinada quantidade de RAM ser liberada ao “matamos” o aplicativo, esse ganho é meramente momentâneo, pois processo é reiniciado automaticamente pelo sistema. Todavia, se houver dúzias de apps rodando em segundo plano, aí, sim, faz sentido fechar os que estão ociosos e não serão utilizados tão cedo.

Resumo da ópera: Os Killers podem até liberar RAM no curto prazo, mas estão longe de ser uma solução para melhorar o desempenho do aparelho. Por outro lado, desabilitar (ou mesmo desinstalar) aplicativos desnecessários, mas que consomem muita memória, pode impactar positivamente o desempenho do smartphone. Para tanto, convém contar com a ajuda de ferramentas que monitoram o consumo de recursos em tempo real, facilitando a identificação dos apps mais gulosos. 

Observação: Note que também é possível fazer isso através de uma função de monitoramento nativa do Android. Para ativá-la, acesse as Opções de desenvolvedor, selecione Configurações > Sobre o dispositivo e toque sete vezes em Número da versão.

Vale também recorrer a um gerenciador de inicialização de tarefas, como o Advanced Task Manager, para ajuda a administrar aplicativos e processos que entram em execução quando o aparelho é ligado.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

PREFETCH E SUPERFETCH — DESABILITAR OU NÃO (CONCLUSÃO)

(O AMOR) QUE NÃO SEJA IMORTAL, POSTO QUE É CHAMA, MAS QUE SEJA INFINITO ENQUANTO DURE.

O PREFETCH foi implementado no XP, rebatizado como SUPERFETCH no Vista e mantido com esse nome no Windows 7, 8 e 10, embora venha sendo aprimorada a cada nova edição do sistema. A Microsoft desenvolveu esse recurso visando aprimorar a performance do computador. Em linhas gerais, esse “pulo-do-gato” consiste em pré-carregar na memória as aplicações mais utilizadas, de modo a permitir que elas inicializem mais rapidamente. Mal comparando, seria como um uma “lista” dos aplicativos acessados com maior frequência, que o Windows utiliza e atualiza regularmente, de acordo com eventuais mudanças de hábito do usuário.

Face ao exposto, desabilitar o recurso em questão com o propósito de melhorar o desempenho do sistema parece um contrasenso. Mas basta pesquisar na Web para constatar que não faltam dicas recomendando essa medida (inclusive aqui no Blog, como você pode conferir revendo esta postagem — publicada em Julho de 2008).

Observação: Note que, então, a sugestão fazia sentido, quando nada porque limpar a pasta PREFETCH liberava uma quantidade significativa de memória (vale lembrar que, naqueles tempos, os PCs dispunham apenas de algumas centenas de megabytes de RAM, ao passo que qualquer máquina de entrada de linha atual integra, no mínimo, 2 gigabytes).       

Enfim, para o bem ou para o mal, mesmo que o SUPERFETCH venha sendo aprimorado a cada nova edição do Windows, é bom saber como fazer para desabilitá-lo. Como não existe um consenso entre os analistas — nem muito menos entre os usuários —, não custa nada tentar, até porque sempre se pode reverter ao status quo ante se o resultado não corresponder às expectativas. Observação: Tenha em mente que carregar um programa do zero, a partir da leitura do disco-rígido, leva bem mais tempo do que a partir de um "cache" na memória, e que, apesar de consumir memória, o SUPERFETCH aloca seu "cache" de maneira “inteligente”, com prioridade baixa em relação a outras aplicações — ou seja, se algum aplicativo em execução precisar de mais memória RAM, a quantidade reservada anteriormente para o serviço será automaticamente disponibilizada. Vale lembrar também que, para usuários do Seven, o SF é automaticamente desativado se a unidade de disco for de alto desempenho (um SSD por exemplo), sendo recomendável, nesse caso, deixar que o próprio Windows se encarregue de decidir se o melhor a fazer é usá-lo ou não.

— Para conferir se o SUPERFETCH está ativado, tecle Win+R, digite services.msc na caixa do menu Executar, pressione Enter, localize o SUPERFETCH e confira seu status na coluna respectiva (se estiver como Iniciado, é porque o serviço está ativo).

— Se quiser fazer um teste para verificar como o sistema irá se comportar se você o desabilitar, dê um clique direito sobre a entrada respectiva, clique em Propriedades e, em Tipo de inicialização, selecione Desativado, pressione Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

— Para retornar à configuração original, repita os mesmos passos e altere o padrão para Automático.

Até a próxima.