Mostrando postagens com marcador atualizações automáticas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador atualizações automáticas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE III


NÃO EXISTE OPINIÃO PÚBLICA, O QUE EXISTE É OPINIÃO PUBLICADA.

No capítulo anterior, depois de relembrar um malabarismo que ajuda a impedir o Windows 10 Home de instalar automaticamente as atualizações, eu deixei no ar a seguinte pergunta: Por que diabos alguém haveria de querer evitar a atualização do sistema quando ela fundamental para manter o computador seguro? Antes de respondê-la, vale recapitular alguns truques que podem interessar a quem ainda não migrou para o build 1903 do sistema.  
Se a versão do seu Windows 10 Home ainda é a a 1806 (para conferir, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final) e por alguma razão você deseja bloquear a instalação de patches e updates, mas não quer alterar o horário ativo do computador (detalhes no capítulo anterior), o jeito é bloquear o Windows Update ou levá-lo a "acreditar" que sua conexão com a Internet é “metered” (termo que, no caso, poderíamos traduzir por “tarifada”).
No primeira hipótese, pressione ao mesmo tempo as teclas do logo do Windows e da letra R, digite services.msc no campo “Abrir” do menu Executar e clique em OK (ou pressione a tecla Enter, tanto faz). Na janela Serviços, clique com o botão direito sobre Windows Update (caso a lista seja exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv) e selecione a opção Parar no menu suspenso (pode ser preciso logar-se como administrador do sistema para fazer esse ajuste).

Na segunda hipótese, clique em Iniciar > Configurações > Rede & Internet e: 1) se você usa uma conexão cabeada, clique em Ethernet e, no ícone de rede, mude o botão da opção “Definir como conexão limitada” para Ativado; 2) se sua conexão é wireless (sem fio), clique em Wi-Fi e proceda da mesma maneira — com alguma sorte, o Windows Update entenderá que seu tráfego de dados é tributado (como nos tempos da velha rede Dial-up), e que você não quer sobrecarregar sua conexão.

Note, porém, que o ideal é adotar a versão 1903; o update está maduro e instala sem maiores percalços, embora o processo leve até duas horas para ser concluído se você fizer o download a partir do site da Microsoft (só recorra a essa opção se o Windows Update não lhe entregar os arquivos; para mais detalhes, reveja esta postagem).
Respondendo agora à pergunta, o xis da questão é que a maioria das atualizações liberadas pela Microsoft desde o lançamento do Win 10 apresentou bugs e outros probleminhas recorrentes. Para não estender demais este texto, os detalhes ficam para o próximo capítulo.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE II


A JUSTIÇA NÃO É CEGA. ELA É PAGA PARA NÃO VER.

As propalada insegurança do Windows levou linuxistas e outros defensores do código aberto a apelidar o sistema de “Ruíndows” (epíteto que, por óbvio, dispensa maiores explicações) e “Colcha de Retalhos” (numa alusão à infinidade de remendos que a Microsoft crivava para corrigir bugs e brechas de segurança).

Como foi dito de passagem no capítulo anterior, nenhum software é perfeito, e a obrigação dos desenvolvedores responsáveis é corrigir as falhas que escaparam de seu controle de qualidade. No entanto, a Microsoft não demorou a perceber que poucos usuários se davam ao trabalho de aplicar as correções, talvez porque o procedimento fosse trabalhoso ou porque os palpiteiros de plantão diziam que atualizar o sistema era bobagem, só servia para deixar a máquina lenta, e outras asnices que tais.

Ao lançar o Win 95 OSR/2 — ou o Win 98, já nem me lembro mais —, a Microsoft facilitou a vida dos usuários com o Windows Update. A partir da implementação desse recurso, bastavam uns poucos cliques do mouse para fazer uma checagem online e baixar e instalar as correções disponíveis.

Mais adiante, o Microsoft Update passou a focar tanto o sistema e seus componentes quanto aplicativos do MS Office), e novos aprimoramentos foram implementados com a Central de Segurança, trazida pelo SP2 do Windows XP.

Como muita gente prefere amaldiçoar a escuridão a acender uma vela, a nova política de atualizações implementada pela Microsoft no Windows 10 passou a empurrar goela abaixo as atualizações críticas e de segurança. Na versão Professional, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança > Windows Update > Avançado, podia-se pausar as atualizações, escolher quando elas deveriam ser instaladas, e assim por diante, mas na Home — que é a mais popular entre usuários domésticos — as opções de gerenciamento das atualizações automáticas ficaram restritas à reconfiguração do horário ativo do computador, que, por padrão, vai das 8h da manhã às 5h da tarde, mas pode ser ampliado para até 18 horas alterando-se os horários de início e término. Não era a solução ideal, mas ao menos evitava que os patches fossem instalados e o computador, reiniciado nesse intervalo.

A esta altura você pode estar se perguntando por que alguém haveria de querer evitar a instalação das atualizações se elas são necessárias. Faz sentido. Mas a resposta vai ficar para o próximo capítulo.

terça-feira, 2 de abril de 2019

NOVA ATUALIZAÇÃO DE RECURSOS DO WINDOWS 10 — CONTINUAÇÃO


CHI LASCIA LA STRADA VECCHIA PER LA NUOVA SA QUEL CHE LASCIA, MA NON SA QUEL CHE TROVA.

Como eu disse na postagem anterior, o Windows 10 deve receber mais uma atualização abrangente ainda este mês, e a julgar pelo que aconteceu nas anteriores, justifica-se o receio de que bugs e outros problemas venham a aporrinhar quem fizer a evolução assim que o patch for disponibilizado. O problema é que ao transformar o Windows em “serviço” a Microsoft restringiu as opções de gerenciamento das atualizações automáticas. Na versão Pro, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança > Windows Update > Avançado, é possível pausar as atualizações, escolher quando elas devem ser instaladas, mas na Home não há como bloquear o download e a instalação dos patches. 

O jeito, portanto, é alterar o horário ativo do computador, evitando que as instalações sejam instaladas e o computador seja reiniciado nesse intervalo, que por padrão vai das 8h às 17h, mas que você pode ampliar para até 18 horas abrindo o menu Iniciar, clicando no ícone da engrenagem, selecionando Atualização e Segurança e, na seção Windows Update, clicando em Alterar horário ativo e definindo novos horários de início e término (nas seis horas restantes, estando o computador desligado, não haverá como as instalações serem aplicadas).

Mesmo não havendo um comando direto para atrasar os updates na versão Home, é possível interromper o serviço abrindo o menu Executar (pressione as teclas Win+R), digitando services.msc na caixa de diálogo, teclando Enter e, na janela Serviços, clicando com o botão direito sobre Windows Update (caso a lista seja exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv) e, no menu suspenso, selecionado a opção Parar (note que pode ser preciso logar-se como administrador do sistema para fazer esse ajuste).

Se esse caminho lhe parecer muito complicado, tente fazer o sistema a “acreditar” que sua conexão com a Internet é “metered” (ou medida, em tradução livre). Com alguma sorte, o Windows Update entenderá que seu trafego de dados é tributado (como nos tempos da velha rede Dial-Up), e que você não quer sobrecarregar sua conexão. Para isso, clique em Iniciar > Configurações > Rede & Internet. Feito isso, se você usa uma conexão cabeada, clique em Ethernet e, no ícone de rede, mude o botão da opção “Definir como conexão limitada” para Ativado. Caso utilize uma conexão wireless (sem fio), clique em Wi-Fi e proceda da mesma maneira.

Tudo isso já havia sido falado em outras postagens, mas eu achei bom relembrar; afinal, em rio que tem piranha, jacaré nada de costas. A boa notícia é que, segundo a Microsoft, o Windows vai reverter automaticamente updates problemáticos e bloquear sua instalação por 30 dias. Além disso, a edição Home também permitirá adiar qualquer atualização por até 35 dias.

Mais detalhes na próxima postagem. Até lá.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

COMO EVITAR UPDATES PROBLEMÁTICOS NO WINDOWS 10 — Parte 3


ATUALMENTE, NEM TODA LIGAÇÃO DE PRESÍDIO É SIMULAÇÃO DE SEQUESTRO. EM MUITOS CASOS, PODE SER PEDIDO DE VOTO.

Depois de promover o Windows a serviço e batizar a nova edição com o número 10, a Microsoft deixou de lançar novas versões em intervalos de 3 a 5 anos, como vinha fazendo desde as mais priscas eras. Em vez disso, numa estratégia de marketing inusitada — que mais adiante se revelou bem-sucedida —, a empresa disponibilizou gratuitamente (pelo período de 12 meses contados a partir do lançamento oficial do Windows 10) os arquivos de atualização para usuários de cópias legítimas do Windows 7 e 8.1. Assim, os interessados não precisaram comprar a mídia de instalação nem arcar com o custo de uma nova licença, pois a evolução era feita in loco e mantinha intocados todos os aplicativos, configurações e arquivos do usuário.

O Windows 10 como serviço inaugurou uma nova política de atualizações: saíram de cena os tradicionais service packs — pacotes que reuniam todas as correções liberadas desde o lançamento oficial do sistema ou do service pack anterior (só o XP foi alvo de três deles) — e entraram as atualizações semestrais de recursos (foram 5 até agora). O Patch Tuesday — pacote de correções de segurança e confiabilidade — foi mantido e sua periodicidade mensal, preservada (toda segunda terça-feira de cada mês).

Enquanto os service packs corrigiam bugs e fechavam brechas de segurança identificadas após o lançamento comercial daquela edição do sistema — e por vezes implementava novos recursos e funções), os upgrades de build são verdadeiras caixinhas de surpresa. O mais recente (update de Outubro, que implementa o build 1809) foi especialmente pródigo em problemas — houve relatos de que a instalação apagava arquivos armazenados em pastas como Documentos e Imagens, apresentava problemas com o drive de áudio da Intel, acarretava inconsistências na descompactação de arquivos, e por aí afora.

A questão é que o Windows 10 limitou sobremaneira as opções de gerenciamento das atualizações automáticas. Na versão Professional, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança > Windows Update > Avançado, é possível pausar as atualizações, escolher quando elas devem ser instaladas, e assim por diante. Na versão Home, no entanto, não há como bloquear o download e a instalação dos patches, apenas alterar o horário ativo do computador, de maneira a evitar que as instalações sejam instaladas e o computador, reiniciado nesse intervalo — que vem configurado por padrão das 8h às 17h, mas pode ser ampliado para até 18 horas a partir do horário inicial. Para alterar essa configuração, abra o menu Iniciar, clique no ícone da engrenagem, selecione a opção Atualização e Segurança, acesse a seção Windows Update e clique em Alterar horário ativo.

Volto a lembrar que, mesmo não havendo um comando direito para postergar os updates no Windows 10 Home, é possível interromper o serviço respectivo abrindo o menu Executar (pressione as teclas do logo do Windows e da letra R ao mesmo tempo), digitando services.msc na caixa de diálogo, clicando em OK e, na janela Serviços, dando um clique direito sobre Windows Update (caso a lista seja exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv) e, no menu suspenso, selecionado a opção Parar (note que pode ser preciso logar-se como administrador do sistema para fazer esse ajuste).

Se você achar esse caminho muito complicado, tente fazer o sistema a “acreditar” que sua conexão com a Internet é “metered” (ou medida, em tradução livre). Com alguma sorte, o Windows Update entenderá que seu trafego de dados é tributado (como nos tempos da velha rede Dial-Up), e que você não quer sobrecarregar sua conexão. Para isso, clique em Iniciar > Configurações > Rede & Internet. Feito isso, se você usa uma conexão cabeada, clique em Ethernet e, no ícone de rede, mude o botão da opção “Definir como conexão limitada” para Ativado. Caso utilize uma conexão wireless (sem fio), clique em Wi-Fi e proceda da mesma maneira.

Mais dicas na próxima postagem.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

COMO EVITAR UPDATES PROBLEMÁTICOS NO WINDOWS 10 — Parte 2


UMA DISCUSSÃO PROLONGADA INDICA QUE AMBAS AS PARTES ESTÃO ERRADAS.

Programas complexos, como Windows 10, o Office e o Mac OS Tiger, são monstruosas obras de engenharia computacional compostas, não raro, de dezenas de milhões de linhas de código. O fato de serem testados exaustivamente antes de seu lançamento — no caso específico do Windows, os usuários inscritos no programa Windows Insider relatarem os problemas que encontram nas versões alfa, beta e release candidate — não necessariamente impede que alguns bugs sejam descobertos a posteriori, levando seus desenvolvedores a criar os respectivos remendos (patches) e colocá-los à disposição dos usuários, a quem cabe proceder à devida aplicação.

Manter o software do PC sempre up-to-date é fundamental, mas muita gente não se dá a esse trabalho. Para vencer a resistência dos mais reticentes, a Microsoft criou o Windows Update e as Atualizações Automáticas. Softwares de terceiros não são contemplados, mas boa parte deles avisa quando há atualizações ou novas versões disponíveis, e para os que não avisam, ferramentas como o FILEHIPPO APP MANAGER, o OUTDATEFIGHTER, o R-UPDATER e o KASPERSKY SOFTWARE UPDATER são uma mão na roda.

Até promover o Windows a serviço, a Microsoft lançava novas edições em intervalos mais ou menos regulares (entre 3 e 5 anos) e entre uma edição e outra, atualizações críticas e correções de segurança eram liberadas em seus “Patch Tuesday” e atualizações mais abrangentes nos Service Packs — “pacotes” que reuniam todas as atualizações criadas desde o lançamento de uma determinada edição do sistema (ou do seu último service pack). A título de ilustração, o Windows XP foi alvo de 3 Service Packs em seus 12 anos de vida útil.

O Patch Tuesday sobreviveu à transformação do Windows em serviço, mas os Service Pack deixaram de existir, pois a Microsoft passou a disponibilizar atualizações abrangentes a cada seis meses — a mais recente, liberada em outubro, foi suspensa devido a uma série de problemas e novamente liberada no início de dezembro (para saber se seu Windows 10 está atualizado, abra o menu Iniciar, clique no ícone da engrenagem, depois em Configurações e em Sistema, role a tela até o final e veja se o build é 1809 e a compilação, 17763.194).

Vale relembrar que usuários mais afoitos, que se apressam a adotar novas versões antes mesmo que os arquivos de instalação sejam descarregados automaticamente pelo Windows Update, correm o risco de se dar mal. Afinal, houve problemas — em maior ou menor grau — nos cinco updates abrangentes que a Microsoft lançou para Windows 10 até agora, de modo que a prudência recomenda “esperar a poeira baixar” antes de aplicar as atualizações. Mas é mais fácil dizer do que fazer, como veremos no próximo post.