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segunda-feira, 12 de junho de 2017

NÃO É BOMBRIL, MAS TEM 1001 UTILIDADES

VIVENDO E APRENDENDO.

O tema foge um pouco ao nosso convencional, mas eu resolvi abordá-lo mesmo assim, porque muita gente tem esse produto “milagroso” e casa e só o utiliza para repelir umidade e desengripar parafusos.

O email que eu recebi com as dicas que reproduzo a seguir começava dizendo que alguém estava arrancando os cabelos ao ver que seu carro novinho em folha havia sido pichado com tinta em spray, e um vizinho lhe sugeriu remover a pichação com... WD-40. E funcionou: em questão de minutos as inscrições desapareceram e a pintura original da lataria ressurgiu como nova.

Esse produto, que é basicamente um óleo em spray, foi desenvolvido em meados do século passado por técnicos da San Diego Rocket Chemical Company, e teria sido batizado de WD-40 porque somente depois de 40 tentativas o resultado final foi alcançado. Verdade ou não, interessa dizer que, além de facilitar a soltura de porcas e parafusos, o dito cujo serve para:

― Prevenir a oxidação da prata, evitando que objetos feitos desse material fiquem escuros;
― Remover respingos de asfalto da lataria do carro;
― Lubrificar cordas de guitarras;
― Dar brilho a pisos sem deixá-los escorregadios;
― Repelir moscas e mosquitos;
― Limpar e restaurar quadros-negros;
― Remover manchas de batom;
― Remover sujeira e gordura de grelhas de churrasqueiras;
― Ajudar a desembaraçar cordões e bijuterias;
― Remover manchas de pias de aço inoxidável;
― Tirar manchas de tomate de roupas;
― Evitar oxidação em vasos de cerâmica;
― Tirar manchas de portas de box de banheiro;
― Disfarçar arranhões e riscos em pisos de cerâmica e mármore;
― Manter tesouras em boas condições de manuseio;
― Lubrificar dobradiças e fechaduras de portas e assemelhados;
― Remover marcas de sola de sapato do piso da cozinha;
― Remover merda de passarinho da lataria do carro (especialmente do teto e do capô, que são os alvos preferidos das aves quando o veículo fica estacionado debaixo de árvores);
― Lubrificar escorregadores (de playgrounds infantis);
― Eliminar barulhos de balanços (idem);
― Lubrificar trilhos de portas e janelas corrediças (e o mesmo vale para gavetas);
― Lubrificar (e facilitar a abertura) de guarda-chuvas;
― Limpar e restaurar o revestimento dos bancos (de couro, napa, courvin, etc.) e os painéis e consoles plásticos de automóveis (idem para os para-choques);
― Silenciar ruídos estranhos em ventiladores domésticos;
― Lubrificar rodas e catracas de bicicletas;
― Evitar mau contato em placas de circuito e lubrificar ventoinhas dos coolers do computador (só aplique o produto nos componentes internos do gabinete depois de remover totalmente a poeira e outros detritos que se acumulam com o uso normal do aparelho).

ÀS FAVAS COM AS FAVAS!

Se não serviu para mais nada, a palhaçada encenada no TSE ― não vejo outra maneira me referir à estapafúrdia decisão de não aplicar nenhum tipo de punição à chapa Dilma-Temer, a despeito de nunca, em toda a nossa história eleitoral, se viram tantas provas de maracutaias numa campanha ― e capitaneada pelo homem das favas mostrou como Direito e Justiça são coisas distintas e resgatou uma expressão que há muito caiu em desuso, quando, incomodado pelo protagonismo do, ministro Herman Benjamin, o presidente da Corte disparou: “Essa ação só existe graças ao meu empenho, modéstia às favas”.

Favas, como se sabe, são as vagens da faveira ― planta leguminosa cultivada em Portugal ― e, por extensão, às sementes comestíveis que se formam dentro delas. A expressão “favas contadas” ― que alude a um resultado certo, seguro ― remonta às eleições dos abades dos mosteiros medievais, onde os monges votavam colocando favas brancas e pretas na urna, e a apuração era feita mediante a contagem dessas favas (quem recebesse o maior número de favas brancas estaria eleito). “Mandar às favas”, por seu turno, significa algo como “parar de discutir e submeter a julgamento, a pleito, a votação”, mas também corresponde a uma maneira menos deselegante de mandar alguém à merda.

Como bem salientou Roberto Pompeu de Toledo em sua coluna na revista Veja desta semana, o site BBC Brasil rastreou nada menos que oito encontros fora da agenda oficial entre essas duas proeminentes figuras, desde que Temer assumiu a presidência da República até o início de abril. Cinco foram no Palácio do Jaburu, um deles com a presença de outras pessoas, e os demais, até onde se sabe, só entre os dois. Três deles foram num domingo, dia ideal para as conversas descansadas e sem interrupção, como exigem os encontros confidenciais. Numa ocasião festiva ― comemorava-se o aniversário do senador José SerraTemer foi à casa de Mendes, que, noutra oportunidade, também mandou às favas o escrúpulo de viajar com o amigo no avião presidencial. E para dissipar qualquer dúvida sobre a estreita relação entre os dois, ainda há a foto, no dia da posse de Mendes na presidência do TSE, em que ambos mandaram às favas os bons modos e trocaram cochichos com a mão na boca.  

De uma família que domina a política na sua cidade natal (Diamantino, no Mato Grosso), o ministro Gilmar Mendes é o tipo, não propriamente novo, mas sem dúvida aperfeiçoado, no Brasil, do alto magistrado dobrado em ardiloso político. Às favas a Lava-Jato ele não diz abertamente, mas é o que faz na prática ― ao condenar as alongadas prisões de Curitiba ou ao articular, em sociedade com os políticos, medidas legislativas que contenham os ânimos de promotores e policiais. É inútil procurar onde termina o magistrado e começa o político; ambos se imbricam e se confundem. Como versão acabada de juiz político, Mendes é tanto mais eficiente quanto capaz de revestir os ardis políticos da capa do vasto conhecimento jurídico de que, não se discute, é possuidor. Sua excelência encontrou em Herman Benjamin um adversário inteligente e ágil, mas que, nas maquinações da política, está, diante do presidente da Corte, mais ao desamparo do que cego em tiroteio.  

Por essas e outras, está correto dizer que o resultado do julgamento da chapa Dilma-Temer eram favas contadas. Até as pedras portuguesas do Palácio do Planalto sabiam que o placar de 4 votos a 3 pela absolvição era líquido e certo.

E viva o povo brasileiro.

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sábado, 1 de abril de 2017

JANETE, TÃO LEGÍTIMA QUANTO NOTA DE TRÊS REAIS

Pode-se enganar todo mundo por algum tempo e alguns por todo o tempo, mas não se pode enganar todos o tempo inteiro. Dilma, a Honesta, bem que tentou, mesmo quando já pipocavam os primeiros sinais do proverbial estelionato eleitoral que lhe garantiu o segundo mandato. Mas qualquer cidadão que não fosse um completo imbecil ― ou militante petista, o que não é muito diferente ― não demorou a farejar algo de podre no reino da anta vermelha.

Mesmo depois de ser penabundada da presidência da Banânia em que ela, seu antecessor e seu aziago partido transformaram este pobre país, a encarnação da insolência continuou vestindo sua fantasia de Ma’at (*), tecida por João Santana com finíssimos e caríssimos fios do ilusionismo. Mas não há nada como o tempo para passar, e o tempo passou, a casa caiu, o castelo ruiu, a roupa sumiu e o gênio malfazejo surgiu em sua forma nua e crua, talhada pelo cinzel de Marcelo Odebrecht, tanto na delação premida quanto no depoimento ao ministro Herman Benjamim, do TSE.

À mulher de César não basta ser honesta; tem de parecer honesta. Ao que tudo indica, Dilma não é nem uma coisa nem outra (vai ver é porque seu ex-marido não se chama César, mas Carlos Franklin Paixão Araújo). O fato é que sua ascensão meteórica sempre me pareceu suspeita: sem jamais ter disparado um tiro ― a não ser no próprio pé, ao se reeleger ―, o Pacheco de terninho virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, virou projeto de gerente competente; sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque, sem ter tido um único voto na vida até 2010, virou presidanta do Brasil em 2010 e renovou o mandato por mais quatro em 2014 (felizmente, sua segunda gestão foi abortada após 16 meses e 12 dias, o que não a impediu de demolir pedra por pedra a nossa já claudicante economia). É mole?

Aboletada na presidência do conselho da fundação Perseu Abramo por obra e graça de Rui Falcão ― aliás, o carequinha chegou a convidar Dilma para a própria presidência ao ouvir dizer que vivia com os pouco mais de R$ 5 mil da aposentadoria, o que é mais uma deslavada mentira (**), mas houve resistência dentro do PT e o jeito foi indicá-la para a presidência do conselho curador ―, a imprestável não perde uma única oportunidade de envergonhar os brasileiros: em recente visita à Suíça, requentou seu batido ramerrão de “golpe” e louvou sua deletéria gestão e autodeclarada honestidade (?!), tudo no mais escorreito francês de galinheiro. Do alto de sua costumeira arrogância, fala como se não tivesse gerado e parido a maior crise da história deste país, com direito a 12 milhões de desempregados, que deixou de herança para Temer, a quem se refere como “o traíra”, “o golpista”, recusando-se a admitir que ele foi seu vice na chapa em 2010 e 2014, e, portanto, igualmente eleito pelo voto popular.     

Dilma parece viver em outro planeta, ou, quiçá, numa bolha de distorção da realidade. Às vésperas do primeiro aniversário da decisão do Congresso que a afastou do cargo, ela continua se recusando a reconhecer seus malfeitos ou admitir os (muitos) erros que cometeu em seu malfadado governo. Posa de vítima sempre que a oportunidade se lhe apresenta, a despeito de ocupar posição de destaque na Lista de Janot e de estar cada vez mais encalacrada na Justiça. Em delação premiada, Marcelo Odebrecht contou como participou pessoalmente da negociação do pagamento de uma montanha de dinheiro à campanha presidencial da sacripanta mentirosa, proveniente do caixa dois da empresa no setor de operações estruturadas ― nome pomposo para o departamento de propinas da Odebrecht. Disse ainda que tratou de propina com Dilma num encontro que tiveram no México, e que a alertou para o problema de os pagamentos a João Santana terem sido feitos com “dinheiro contaminado”. Ou seja: Dilma sabia do que estava acontecendo, embora continue negando com veemência (puxou a seu mestre e mentor, que nega de mãos postas e pés juntos a propriedade do triplex no Guarujá, do sítio em Atibaia, na cobertura em SBC, e por aí afora). As declarações de Odebrecht deixam claro o que muitos já suspeitavam, ou seja, que a suposta “lisura a toda prova da ex-presidente” sempre foi (mais uma) cantilena para dormitar bovinos.

Dentro de sua bolha de distorção da realidade, a estocadora de vento se recusa terminantemente a fazer qualquer tipo de autocrítica. Mais do que a rematada estupidez de seus minguados apoiadores, espanta o fato de a plateia estrangeira ainda levar a sério sua inverossímil história do golpe e supostas “tramas” urdidas pelo “golpista” para, através do adiamento das eleições de 2018 e a implementação do sistema parlamentarista no Brasil, tirar de Lula a chance de voltar à Presidência da República.

Difícil é saber de onde ela tira suas ideias sem pé nem cabeça, já que nenhuma dessas propostas habitam a agenda do Congresso ― só existem na agenda da própria Dilma, que a gente não sabe quem banca, embora não seja difícil teorizar a respeito. O que mais causa espécie, no entanto, é o fato de essa senhora e seu deplorável predecessor ainda não terem sido colocados em seus devidos lugares. Será problema de superlotação carcerária ou o quê?  

(*) Deusa egípcia da verdade, da retidão e da ordem.

(**) Segundo o jornal Gazeta do Povo, tanto a mulher sapiens quando os demais ex-presidentes ainda vivos (Sarney, Collor, FHC e Lula) gozam de benefícios que custam aos cofres públicos quase R$ 5 milhões por ano (ou quase R$ 1 milhão cada um) em salários de 40 assessores (8 para cada ex-presidente) e custeio de 10 veículos oficiais (dois para cada um), além de assistência médica e outros mimos, embora não prestem qualquer serviço útil à sociedade.

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