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sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS - FINAL


SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Embora seja possível configurar o botão Power (liga/desliga) — e, no caso de note e netbooks, o fechamento da tampa do aparelho — para suspender, desligar ou colocar o computador em hibernação, como vimos nas postagens anteriores, é bom saber que o Windows conta com o Agendador de Tarefas, que, como o próprio nome sugere, permite agendar a execução de diversas tarefas, dentre as quais desligar automaticamente o computador no horário que desejarmos. Vamos ao tutorial:
   
1 — Na caixa Pesquisar da Barra de Tarefas do Windows, digite agendador e, na lista de sugestões, selecione Agendador de Tarefas – Aplicativo;

2 — Na porção direita da janela que se abre em seguida, clique em Criar Tarefa. Na aba Geral, dê um nome para a tarefa e, na mesma aba, em Opções de segurança, marque as opções Executar estando o usuário conectado ou não e “Executar com privilégios mais altos. Mais abaixo, em Configurar para, escolha a versão do seu Windows;

3 — Clique na aba Disparadores e na opção Novo, localizada na parte inferior da janela; na próxima janela, em Iniciar Tarefa, selecione Em um agendamento, depois em Diário, para que a tarefa seja executada todo os dias. Feito isso, defina a data de início e o horário em que o computador deverá ser desligado. Mantenha a caixa Habilitado marcada e clique em OK para confirmar a ação;

4 — De volta à janela Criar tarefa, acesse a aba Ações e clique em Novo; na opção Ação, selecione a opção Iniciar programa do menu dropdown e preencha o campo abaixo de Programas/Scripts com a palavra shutdown. Em Adicione argumentos (opcional), digite /S para acionar o desligamento tradicional, que ocorre quando você clica na opção Desligar do menu Iniciar do Windows, ou /S /F para forçar o desligamento se houver algum aplicativo em execução. Ao final, confirme em OK;

5 — Volte à janela Criar tarefas, acesse a aba Condições, marque a caixinha Iniciar a tarefa somente se o computador estiver ocioso há: e, na caixa à direita, defina o tempo que a ferramenta deverá aguardar antes de proceder ao desligamento. Na mesma aba, marque as caixas referentes às opções Interromper se o computador não estiver mais ocioso e Reiniciar se voltar a ficar ocioso e deixe as demais opções com a configuração padrão;

6 — Na aba Configurações, mantenha as opções previamente habilitadas marcadas, clique na caixinha referente a Se ocorrer falha na tarefa, reiniciar a cada: e defina o tempo para reiniciar a atividade. Abaixo, escolha o número de vezes que o sistema deve tentar reiniciar o processo, caso ocorra algum erro e confirme em OK.

E está feito.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

AINDA SOBRE AS OPÇÕES DE DESLIGAMENTO DO WINDOWS


SITUAÇÕES TERRÍVEIS TORNAM-NOS CAPAZES DE FAZER COISAS HORRÍVEIS.

Vimos que, dentre outros aprimoramentos, a substituição do padrão AT pelo ATX nos gabinetes, placas-mãe e fontes de alimentação permitiu o desligamento do computador por software. Na esteira dessa evolução, a Microsoft  tornou possível programar o botão de Power (liga/desliga) do computador — e o fechamento da tampa, no caso de notebooks e netbooks — para adotar as mesmas ações que nos são oferecidas quando clicamos na setinha à esquerda do comando Desligar do Menu Iniciar.

Vale relembrar que Sair, Suspender, Hibernar, Desligar e Reiniciar produzem cada qual um resultado diferente. Desligar, como o nome sugere, encerra o Windows e desliga totalmente o computador, mas há situações em que a suspensão ou a hibernação são mais indicadas, pois o sistema leva menos tempo para "despertar" e retorna com os aplicativos e telas do mesmo jeito que se encontravam quando o computador "adormeceu".

Suspender coloca a máquina em stand-by, ou seja, desliga o monitor e desenergiza  alguns componentes de hardware, mas exige que o cabo de força permaneça conectado à tomada (no caso dos desktops, já que note e netbooks dispõem de baterias). Para reativar o Windows, basta mover o mouse ou pressionar qualquer tecla, e como o conteúdo da memória RAM é preservado, o retorno é imediato e todos os aplicativos, janelas etc. ressurgem exatamente como estavam.

A opção Hibernar transfere o conteúdo da RAM para o arquivo hiberfil.sys (no disco rígido) e desliga totalmente o aparelho. Nos portáteis, essa função não consome bateria, e desktops, permite, inclusive, desplugar o cabo de energia da tomada (ou do no-break/estabilizador/filtro de linha). O "despertar" não é tão rápido quanto na opção Suspender, mas costuma demorar menos que no boot convencional, e os aplicativos, janelas, etc. também retornam como estavam quando o computador foi "posto para dormir". Note que essa função pode não estar disponível no botão Iniciar, já que a maioria das máquinas atuais permite apenas que se coloque o PC em suspensão e definir um período de tempo de ociosidade a partir do qual a máquina entra automaticamente em hibernação ou em suspensão híbrida (mais detalhes nesta postagem).

Quanto a Reiniciar... bem, primeiro é preciso deixar claro que reiniciar um dispositivo computacional consiste basicamente em desligá-lo e tornar a ligar logo em seguida. O termo "reinicializar" não significa exatamente a mesma coisa, mas o uso consagra a regra e eu não vou encompridar este texto discutindo questões semânticas. Convém ter em mente apenas que desligar o PC, o tablet ou o smartphone interrompe o fornecimento da energia que alimenta os circuitos, capacitores e demais componentes da placa-mãe, propiciando o "esvaziamento" das memórias voláteis. Na reinicialização, o intervalo entre o encerramento do sistema e o boot subsequente é de uma fração de segundo, o que nem sempre é suficiente para que as reservas de energia se esgotem completamente e, consequentemente, as memórias voláteis sejam totalmente esvaziadas. Portanto, a não ser em situações específicas (mais detalhes nesta postagem), prefira desligar o aparelho e tornar a ligá-lo após alguns minutos, em vez de se valer do comando Reiniciar.

Sugiro usar a suspensão durante ausências curtas — no horário do almoço, por exemplo —, sobretudo no ambiente corporativo, onde isso evita que pessoas não autorizadas acessem o computador. Mas primeiro é preciso criar uma senha de logon fazer algumas configurações — no Windows 10, clique em Iniciar > Configurações > Contas > Opções de entrada e, sob Senha, clique em Adicionar ou Alterar (note que esse ajuste afetará a sua conta da Microsoft, caso você tenha uma).

Observação: Também é possível inibir a ação de bisbilhoteiros ativando a proteção de tela e definido a exigência de senha para liberar o sistema. No Windows 10, digite proteção de tela no campo de buscas da Barra de Tarefas, clique em Alterar Proteção de Tela (Painel de Controle), escolha a opção desejada (bolhas, faixas, fotos, polígonos, etc.), defina o tempo de ociosidade a partir do qual ela entrará em ação (de 1 a 9999 minutos) e assinale a caixa de verificação Ao reiniciar, exibir tela de logon.

Durante ausências prolongadas (à noite, por exemplo), use a Hibernação, mas não deixe de desligar totalmente o computador pelo menos uma vez por semana, evitando, assim, que o sistema fique lento.

Continua na próxima postagem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

COMO AUTOMATIZAR O DESLIGAMENTO DO PC E ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO COMPUTADOR, OS PADRÕES AT, ATX E DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS.


IDEOLOGIA MATA. BURRICE TAMBÉM.

As sutilezas do desligamento do computador foram assunto das últimas 3 postagens. Minha ideia era explicar na de hoje como configurar o Windows para automatizar esse processo, que só se tornou possível depois que o padrão ATX para placas de sistema, gabinetes e fontes de alimentação aposentou o obsoleto AT e introduziu o conceito de fonte inteligente, permitindo o desligamento do aparelho por software — isto é, sem que seja preciso mudar o Power Switch (botão liga/desliga) da posição ligado para desligado depois de o Windows ser finalizado. No entanto, achei por bem tecer algumas considerações conceituais, que eu convido o caro leitor a acompanhar.

Anos-luz de evolução tecnológica separam os desktops e notebooks atuais dos primeiros PCs. Quem trabalhou com os pré-históricos 286, 386 e 486 das décadas de 80/90 mal lhes reconhece o DNA, sobretudo nos smartphones, que são comandados por um sistema operacional, acessam a Internet e rodam aplicativos, o que os torna computadores pessoais ultraportáteis. Raras vezes paramos para pensar nisso, mas, quando o fazemos, custa acreditar que os monstruosos "cérebros eletrônicos dos anos 1950, que ocupavam prédios inteiros e tinham menos poder de processamento que uma calculadora de bolso xing ling atual, diminuíram de tamanho a ponto de caber no bolso ou na bolsa. Isso sem mencionar que seus recursos crescerem em progressão geométrica.

Em meados dos anos 1960, Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, profetizou que o número de transistores dos chips dobraria a cada 18 meses sem que isso aumentasse o custo de produção. Já o primeiro HDD (drive de disco rígido) de que se tem notícia, construído pela IBM em 1956, era uma monstruosidade composta de 50 pratos de 24 polegadas de diâmetro, que apesar de ter o tamanho de uma geladeira doméstica e pesar mais de uma tonelada, armazenava míseros 4.36 MB (espaço que mal dá para armazenar uma faixa musical no formato .MP3) e custava mais de US$ 30 mil dólares.

Ao longo das últimas três décadas, o custo do gigabyte de armazenamento despencou de US$ 100 mil para apenas alguns centavos. O tamanho do hardware também diminuiu: em 2005, 0 Toshiba MK2001MTN entrou para o Guinness como "o menor HD do mundo", com capacidade de 2 GB e discos de menos de 2 cm de diâmetro — no ano seguinte, quando ele começou a ser produzido em escala comercial, sua capacidade já havia dobrado. Mais adiante, os pendrives (dispositivos de armazenamento removíveis baseados em memória flash) aposentaram os obsoletos floppy disks (discos flexíveis, mais conhecidos como disquetes) e os SSD prometeram fazer o mesmo como os drives de HD eletromecânicos — se ainda não o fizeram, é porque o preço dos modelos de altas capacidades continua proibitivo. O primeiro disco de estado sólido foi desenvolvido em 1976, mas a tecnologia só começaria a se popularizar mais de 3 décadas depois. Em 2006, a coreana Samsung lançou sua primeira unidade de 2.5 polegadas e 32 GB de capacidade, que podia substituir diretamente o HDD em notebooks, sendo seguida pela norte-americana SanDisk, que lançou um produto semelhante cerca de um ano depois.

Rápidos e silenciosos, esses dispositivos são sopa no mel para quem não se incomoda em pagar mais para ter o que há de melhor: enquanto um drive eletromecânico de 7.200 RPM lê dados a 200 megabits por segundo, modelos de memória sólida podem alcançar taxas de leitura de 550 Mbps ou mais, reduzindo à metade o tempo de carregamento do sistema e dos aplicativos. Demais disso, por não possuírem partes móveis, modelos SSD são menos sujeitos a danos decorrentes de quedas acidentais ou vibrações e não precisam de manutenção frequente — desfragmentação, algo comum em HDs com sistema operacional Windows, não são necessários e podem até prejudicar o drive sólido.

Substituir um HD de 1 TB por um SSD de igual capacidade pode custar mais do que um computador de configuração mediana. Uma alternativa é comprar SSD com algumas dezenas de gigabytes de espaço e instalar nele somente o sistema e os aplicativos mais usados. Outra opção é recorrer a um drive híbrido, que alia o melhor dos dois mundos com uma parte em memória flash e outra que funciona como um disco rígido comum. A vantagem é aliar a velocidade do SSD à grande capacidade de armazenamento do HDD convencional. Modelos com 128 GB em memória sólida e 1 TB em discos magnéticos já são encontrados por menos de R$ 1 mil. Antes de sacar seu poderoso cartão de crédito, assegure-se de que o tamanho do novo drive é compatível com o gabinete do seu desktop ou notebook, bem como se o formato do SSD ou do drive híbrido é suportado pela placa-mãe.

O resto fica para a próxima postagem.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

SOBRE O DESLIGAMENTO DO COMPUTADOR (FINAL)

O VOTO DEVE SER RIGOROSAMENTE SECRETO. SÓ ASSIM, AFINAL, O ELEITOR NÃO TERÁ VERGONHA DE VOTAR NO SEU CANDIDATO.

Para encerrar esta novela, falta detalhar melhor as alternativas ao desligamento do computador ― suspender e hibernar ― que o Windows exibe quando a gente clica na opção Ligar/Desligar do menu Iniciar, sobre as quais eu falei rapidamente na segunda postagem desta sequência.

Quando selecionamos a opção suspender, o processador é paralisado e o monitor, o HDD e a maioria dos circuitos do PC são desligados, o que resulta em economia de energia (ou de bateria, no caso dos portáteis). Como a memória permanece energizada, basta mover o mouse ou pressionar qualquer tecla para o sistema retornar instantaneamente, com os documentos e programas abertos exatamente como estavam no momento as atividades foram suspensas. Essa opção é ideal para ausências de curta duração (durante o almoço, por exemplo), mas é bom ter em mente que a máquina continua sujeita a perda de dados ― ou outros problemas que a gente discutiu nos posts anteriores ― no caso de uma eventual interrupção no fornecimento de energia da rede elétrica.

A função Hibernar, por sua vez, transfere para o HD um “instantâneo” do conteúdo da RAM e do estado do processador, e, em seguida, desliga totalmente o computador (você pode até mesmo desconectá-lo da tomada). Desenvolvida originalmente para laptops ― mas suportada pela maioria dos desktops atuais ― essa opção é indicada para períodos mais longos de inatividade (durante a noite, por exemplo). No caso dos portáteis, além de poupar energia da bateria, ela minimiza o risco de danos aos arquivos ― e ao próprio disco rígido ― quando transportamos o aparelho de um lado para outro, além de “despertar” o sistema (um pouco) mais rapidamente do que no boot convencional. 

Observação: Também neste caso, os aplicativos que estavam sendo executados e os arquivos que se encontravam abertos no instante em que colocamos o PC para hibernar ressurgem do mesmo jeito, ou seja, tudo volta a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Antes de concluir, vale dedicar algumas linhas à suspensão híbrida (reiniciar, trocar usuário e outras opções que costumam ser exibidas na listinha do menu Iniciar, conforme as configurações do sistema, não só são intuitivas como fogem ao escopo desta matéria). Como o nome sugere, trata-se de uma combinação de suspensão hibernação, que não só preserva o conteúdo da RAM, mas, adicionalmente, replica-o no HDD, prevenindo a perda de dados resultante de uma eventual falta de energia ou outra intercorrência que desligue inesperadamente o computador. Embora esta opção tenha sido desenvolvida com vistas aos desktops, que não dispõem de alimentação alternativa por bateria (a menos que você disponha de um no-break), não há problema em habilitá-la também nos portáteis. 

Tanto nos PCs de mesa como nos portáteis, o caminho é o mesmo, pois a configuração é feita através da janela das opções de energia do Windows. Ressalvo apenas o hardware de máquinas antigas pode não oferecer suporte à hibernação (e em alguns casos o suporte existe, mas está desabilitado no Setup do BIOS). Enfim, via de regra, basta fazer o seguinte:
          
― Pressione Windows+R para convocar o menu Executar e, na respectiva caixa de diálogo, digite powercfg.cpl e tecle Enter.

― Na tela das Opções de Energia, clique no link Alterar configurações do plano correspondente ao esquema de energia que você utiliza.

― Clique me Alterar configurações de energia avançadas e no sinal de adição (+) à esquerda da opção Suspender.

― Expanda a opção Permitir modo de suspensão híbrido e ative o recurso em questão (talvez seja necessário reiniciar o computador para efetivar a modificação).
A partir daí a Suspensão Híbrida irá prevalecer sobre a convencional, e a opção Hibernar deixará de ser exibida no menu de desligamento, embora você possa convocá-la alterando a função do botão Power ou configurando-a como ação padrão a ser adotada quando a tampa do note for baixada, por exemplo. Basta voltar à tela das Opções de Energia, clicar no link Escolher as funções dos botões de energia (à esquerda da janela) e fazer os ajustes desejados.

Era isso, pessoal. Espero que tenham gostado.

BRASIL: AME-O OU DEIXE-O! (O ÚLTIMO QUE APAGUE A LUZ DO AEROPORTO)

No tempo da ditadura militar, um nativismo que beirava o chauvinismo nos era enfiado goela abaixo desde as carteiras escolares. A palavra de ordem era estimular o “amor à mãe pátria”, para garantir que a população deglutisse, calada, os sapos de todos as formas, tamanhos e cores que lhe eram servidos por um regime de governo autoritário, mas que posava de democrata. Como os brasileiros sempre primaram pela capacidade de fazer piada com a própria desgraça, o chavão “Brasil: ame-o ou deixe-o” se fazia acompanhar de gracejos como “o último feche a porta”, ou “O último que apague a luz do aeroporto”, já que o texto de Mario Sabino que eu reproduzo a seguir é intitulado: SE LULA FOR CANDIDATO EM 2018, A ÚNICA SAÍDA SERÁ O AEROPORTO.

Quando petistas disseram que, sem Lula na disputa, a eleição presidencial de 2018 será “ilegítima”, ficou claro para mim que eles projetam três lances à frente no jogo político-policial. O primeiro lance está desenhado: o comandante máximo será condenado na primeira instância, por Sérgio Moro, até o final deste semestre, no processo do triplex do Guarujá. Léo Pinheiro, da OAS, contribuirá para tanto. O segundo lance será, naturalmente, recorrer ao tribunal revisor das decisões de Curitiba, o TRF4, em Porto Alegre. Como é altamente improvável que Lula seja absolvido nessa segunda instância, dada a abundância de provas contra ele e o rigor exemplar dos seus desembargadores, a confirmação da condenação ocorrerá até dezembro ou, no máximo, o início do ano que vem. Restará o terceiro lance no STF.

Quando falam em ilegitimidade de uma eleição presidencial sem Lula, os petistas já apelam ao Supremo, um tribunal que costuma ser, digamos, sensível a argumentos aparentemente políticos. Mas a verdade é que ficou difícil para os ministros do STF aceitarem essa falácia petista, mesmo que desse para desprezar tudo de concreto que atesta a culpa do comandante máximo. Até o momento, se não perdi a conta, Lula é réu em outros quatro processos — e pode ser condenado em primeira instância num deles mais cedo do que se imagina. Além disso, com as delações da Odebrecht, ele passará a ser investigado diretamente em mais seis inquéritos, para não falar dos demais nos quais o seu nome surge com força. É impossível Lula não virar réu em pelo menos um dos processos a serem abertos.

Há uma decisão recente do Supremo que torna absurdo colocar Lula na disputa pelo Planalto. Em dezembro último, o tribunal manteve Renan Calheiros na presidência do Senado, mas, por ser réu, o tirou da linha sucessória da Presidência da República. Ou seja, ainda que adie para depois da eleição presidencial o julgamento de recurso em ação penal que tenha condenado Lula, seria no mínimo ilógico permitir que um réu entrasse na corrida eleitoral para a mesma função.

Os mais céticos dirão que nada do que escrevi acima importa. O STF vai ignorar sua jurisprudência e também absolver rapidamente Lula em todos os processos que porventura chegarem ao tribunal, a fim de que ele possa concorrer ao Planalto ― e, se for vitorioso, ganhar foro privilegiado e suspender o jogo. Bem, diante dessa esculhambação, com o perdão do clichê, só restaria a saída do aeroporto aos cidadãos que ainda puderem pagar uma passagem para o exterior.

Por resumir magistralmente a situação, o texto de Sabino dispensa outras considerações. Todavia, não posso me furtar a salientar que essa é exatamente a posição que eu venho defendendo desde sempre ― ou desde que Lula se tornou réu da primeira vez, para ser mais exato.

Se esta pobre e pútrida Banânia se espelhasse em democracias de verdade ― ao invés de defecar jabuticabas legais a torto e a direito ―, o “simples” fato de alguém ser réu em ação penal seria o bastante para inabilitá-lo ao exercício de cargos públicos ― sobretudo da Presidência da República. Considerando que, diante da caudalosa torrente de indícios (para não dizer provas cabais) que levam inexoravelmente à conclusão de que Lula é, sim, culpado pelos “atos pouco republicanos” que lhe são atribuídos, a primeira condenação não deve passar do mês que vem, e as chances de a sentença ser reformada em segunda instância são remotas. Não vou entrar no mérito do que pode ocorre se ― ou quando, melhor dizendo ― a coisa chegar ao STF, pois, como diz um velho ditado, não é prudente confiar em cabaça de juiz e intestino de criança.

Como dizia o saudoso Vinicius de Moraes, se for pra desfazer, por que é que fez? Ou seja: se não poderá assumir na (cada vez mais improvável hipótese de ganhar), para que, diabos, Lula insiste em se dizer candidato?

Pela letra fria da Lei, um réu condenado em primeira instância tem direito a recorrer em liberdade, ou por outra, só passará a cumprir a pena que lhe foi imposta depois que a decisão de primeiro grau for confirmada pela instância ad quem. Assim, aproveitando-se maliciosamente do princípio da presunção de inocência, a patuleia considera legitima ― e estimula ― a aleivosa e tresloucada pretensão do molusco eneadáctilo. Trata-se, naturalmente, de uma pirotecnia com vistas a constranger o judiciário e dar cores de perseguição política à sentença condenatória que está por vir, como deixa patente a intenção ― de Rui Falcatrua e seus asseclas ― de reunir o maior número possível de “militantes” no entorno da 13ª Vara Federal de Curitiba durante o depoimento de Lula ao juiz Moro, no próximo dia 3.

Particularmente, acho essa “pré-candidatura” de Lula um escárnio, uma afronta à população de bem de um país que o sacripanta, sua imprestável sucessora e seu partido de “goela aberta” vilipendiaram durante funestos 13 anos, 4 meses e 12 dias. Na esteira desse raciocínio, guardadas as devidas proporções, acho também que Michel Temer deveria ter afastado todos os ministros de Estado citados na Lista de Fachin a partir do momento em que a abertura de inquérito foi autorizada pelo STF. Se, ao cabo das investigações, a denúncia formal contra algum deles não se justificasse (possibilidade que parece mais remota a cada dia que passa e a cada novo trecho do depoimento dos delatores que a mídia veicula com um barulho ensurdecedor), o inquérito seria arquivado e o investigado, livre de qualquer suspeita, seria reconduzido ao cargo. Afinal, como disse alguém mais sábio, à mulher de Cesar não basta ser honesta, tem de parecer honesta.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

COMO ATIVAR A HIBERNAÇÃO NO WINDOWS 10

TRIUNFAM AQUELES QUE SABEM QUANDO LUTAR E QUANDO ESPERAR.

Quem acompanha minhas postagens sabe que a Hibernação é um recurso valioso: enquanto a opção Suspender desliga a maioria dos circuitos do PC, mas mantém a memória RAM energizada, permitindo que o sistema seja recarregado e volte a exibir os documentos e programas abertos em questão de segundos ―, essa opção transfere o conteúdo da RAM e o estado do processador para um espaço específico criado no HD (hiberfil.sys) e desliga totalmente o computador, permitindo que você desconecte o computador de qualquer fonte externa de energia. Nesse caso, o retorno do sistema não é tão rápido quanto no anterior, mas é mais ágil do que no boot convencional e também traz de volta os aplicativos e arquivos do mesmo jeito em que eles se encontravam no instante em que o sistema adormeceu.

Como regra geral, usa-se o modo Suspender em ausências de curta duração (durante o intervalo de almoço, por exemplo), e Hibernar no final dia, ou, no caso de portáteis, sempre que for preciso transportar a máquina de um lado para outro. Vale salientar, por oportuno, que a Microsoft incluiu no Windows 7 (e manteve nas edições subsequentes do sistema) a opção Suspensão híbrida, que não só preserva o conteúdo da RAM, mas também o copia para o HD, prevenindo uma eventual perda de dados no caso de ocorrer um apagão inesperado na rede elétrica, por exemplo, ou outra ação que corte o fornecimento de energia ― se a faxineira desligar a máquina da tomada para plugar o aspirador de pó, também por exemplo.

Enquanto a hibernação foi desenvolvida com vistas aos notebooks, a suspensão híbrida foca precipuamente os desktops, que não dispõem de bateria para fazer o papel de no-break. Para quem não sabe, o no-break é uma espécie de estabilizador de tensão que conta com baterias capazes de manter funcionando os aparelhos a ele conectados em caso de falta de energia na rede elétrica. A autonomia varia conforme o modelo, mas mesmo os mais simples permitem salvar os trabalhos, fechar os aplicativos e desligar adequadamente o computador.
Observação: Note que tanto é possível usar a hibernação em desktops quanto a suspensão híbrida em notebooks.

Para colocar o computador em estado de hibernação, basta abrir o menu Iniciar, clicar em Desligar selecionar a opção correspondente na lista que é exibida em seguida. Caso ela não esteja visível, você terá de habilitá-la a partir da tela das Opções de Energia. Para tanto, ou você tecla Windows+R, digita powercfg.cpl na caixa de diálogo do menu Executar e pressiona a tecla Enter, ou abre o menu Iniciar, seleciona Configurações, clica em Sistema > Energia e Suspensão > Configurações de energia adicionais. Na porção esquerda da janela, clique em Escolher as funções dos botões de energia, na parte inferior da tela, marque a caixa de verificação ao lado da opção Hibernar. Se essa opção estiver acinzentada (não configurável), localize o link Alterar configurações não disponíveis no momento (na parte superior da janela), clique nele, habilite a caixa, marque-a e clique em Salvar alterações.

Para habilitar a suspensão híbrida, repita os passos sugeridos para abrir a tela das Opções de Energia e, em Planos preferenciais, clique no link Alterar configurações do plano correspondente ao esquema de energia selecionado. Na tela seguinte, clique em Alterar configurações de energia avançadas, e na janelinha que será aberta em seguida, clique no sinal de adição (+) ao lado da opção Suspender, faça o mesmo em Permitir suspensão híbrida, ajuste a configuração para Ativado e clique no botão OK.  

E como hoje é sexta-feira, segue um vídeo que mostra um exercício simples, feito com a ponta dos dedos, que ajuda muito a evitar o stress e a depressão.


 Bom final de semana a todos. 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SISTEMA LENTO, DESLIGAMENTO DEMORADO.... (conclusão)

SEM ABUSO, O PODER PERDE O ENCANTO.

Dando sequência ao tema abordado nas duas postagens anteriores, veremos a seguir alguns truques para agilizar o desligamento do computador. Claro que usuários mais apressados podem preferir simplesmente puxar o cabo de energia da tomada ou desligar o estabilizador de tensão, mas isso não é recomendável.

Ainda que os HDDs atuais não sejam tão susceptíveis a interrupções abruptas no fornecimento de energia quanto os modelos mais antigos, desligar o computador pelo caminho convencional permite que o Windows faça o logoff do usuário, encerre adequadamente os programas, processos e serviços, salve as alterações/reconfigurações realizadas durante a sessão, e assim por diante. Para tanto, como qualquer usuário iniciante já sabe, o caminho é acessar o Menu Iniciar e clicar na opção Desligar, embora o mesmo resultado possa ser obtido em qualquer PC fabricado nesta década mediante um simples toque no botão liga/desliga (Power), desde que essa configuração não tenha sido alterada ─ para conferir, abra o Painel de Controle, clique em Opções de Energia > Escolher a função dos botões de energia (no caso dos notebooks, é possível também escolher a ação a ser adotada quando do fechamento da tampa).

Observação: Se o encerramento travar, mantenha o botão liga/desliga pressionado por cerca de 5 segundos para desligar o computador "na marra", mas só o faça em caso de real necessidade, já que, no mínimo, você perderá as alterações que não tiverem sido salvas.

Para acelerar o desligamento do PC (nas experiências que fiz, o tempo de encerramento caiu pela metade), uma das maneiras consiste em criar um atalho na área de trabalho com um comando que :

1. Dê um clique direito num ponto vazio da sua área de trabalho e selecione Novo > Atalho.
2. Digite "%windir%\system32\shutdown.exe -s –t 0" (sem aspas) na caixa sob "Digite o local do item" e clique em Avançar.
3. Nomeie o atalho como DESLIGAR ou SHUTDOWN, por exemplo ─ ou deixe a opção padrão, tanto faz ─ e clique em Concluir.
4. Salve seu trabalho, feche os aplicativos, dê duplo clique sobre o ícone recém-criado e veja como o encerramento do computador se dá mais rapidamente do que de costume.

Antes de concluir, veremos ainda outra maneira de apressar o encerramento do sistema, que requer a edição manual do Registro do Windows e, portanto, exige a criação de um ponto de restauração do sistema e de um backup do registro.

Observação: Para quem não sabe (ou não se lembra), o Registro é um banco de dados dinâmico que o Windows consulta a cada inicialização, modifica no decorrer da sessão e salva ao final, com as respectivas alterações. No Seven, ele é composto por 5 chaves principais e milhares de subchaves, seções e entradas de valor organizadas hierarquicamente. Sua edição manual permite promover profundas alterações no sistema, mas qualquer deslize pode comprometer a estabilidade do computador, é imprescindível adotar as precauções retrocitadas ─ afinal, seguro morreu de velho.

Tomadas tais providências, faça o seguinte:

1. Digite "regedit" (sem aspas) na caixa de pesquisas do Menu Iniciar, dê um clique direito sobre o item regedit.exe, selecione Executar como administrador e autorize a execução do programa;
2. Pela coluna à direita da janela do Editor do Registro, navegue até a chave HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control;
3. No painel da direita, localize e dê duplo clique na chave WaitToKillServiceTimeout e altere o valor padrão para 2000 (que corresponde ao tempo, em milissegundos, que o Windows passará a esperar para forçar o encerramento de um serviço) e confirme em OK.
4. Navegue agora até a chave HKEY_CURRENT_USER/Control Panel/Desktop, localize a chave com o mesmo nome da anterior e repita o procedimento anterior. Se a chave não existir, você pode criá-la dando um clique direito num ponto vazio do painel, selecionando a opção Novo > Valor da Cadeia de Caracteres e, na caixa Nome do valor, digite WaitToKillServiceTimeout;
5. No mesmo painel, localize a chave HungAppTimeout (se ela não existir, basta seguir as instruções do item anterior), dê duplo clique sobre ela e, como nos passos anteriores, mude o valor para 2000 e clique em OK para confirmar;

Observação: Para evitar que, durante o encerramento, o sistema pergunte se você deseja desativar um aplicativo travado, mude o valor de AutoEndTasks para 1.

No XP, o valor-padrão das chaves que eu sugeri configurar como 2000 é 20000, e no Seven, 14000 (ou 20 e 14 segundos, respectivamente). Eu convivi confortavelmente com 1000 milissegundos no XP e 2000 milissegundos no Seven, mas cada caso é um caso (sem mencionar que algumas ferramentas de manutenção podem desfazer as modificações e reimplementar os valores-padrão). Embora seja possível, não é recomendável reduzir esses valores para zero, ou o encerramento ocorrerá antes que o sistema e os aplicativos tenham tempo de salvar devidamente as alterações.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

SISTEMA LENTO, INICIALIZAÇÃO EMPACADA... ─ COMO RESOLVER? (continuação)

PARA ROUBAR MILHARES, ARRUÍNAM-SE MILHÕES.

Como vimos ontem, remover inutilitários e substituir aplicativos por serviços baseados na Web libera espaço no HDD (lembre-se de desfragmentar o drive depois da faxina), reduz a quantidade programas iniciados com o Windows e de processos rodando em segundo plano e torna o sistema mais rápido, inclusive na inicialização e no desligamento.

Os programas que usamos nas tarefas do dia a dia (processador de textos, cliente de correio eletrônico, navegador de Internet, etc.) são apenas a ponta visível do iceberg. Nos bastidores do sistema, dezenas de processos e serviços rodam em segundo plano, "invisíveis" aos nossos olhos (a não ser quando abrimos o Gerenciador de Tarefas do Windows), mas consumindo cada qual o seu quinhão de memória RAM e de ciclos de processamento da CPU

Observação: Numa definição despretensiosa, mas adequada aos propósitos desta matéria, os aplicativos são os programas que instalamos no PC para os mais variados fins. Já os processos e serviços são conjuntos de instruções em linguagem de máquina que rodam nos bastidores para executar uma miríade de tarefas específicas. Alguns aplicativos se subdividem em diversos processos, mas alguns processos não correspondem a programas, como é o caso dos serviços, cuja função é dar suporte ao sistema operacional e seus componentes. Para obter mais detalhes sobre os processos, clique aqui ou recorra ao FILEINSPECT (basta digitar o nome do processo para descobrir qual programa o ativou e qual a sua utilidade).

Fato é que, dependendo do perfil do usuário, alguns serviços são totalmente desnecessários, mas o Windows os carrega assim mesmo, embora permita modificar a respectiva modalidade de inicialização. Isso pode ser feito via Gerenciador de Tarefas, mas, segundo a Dona Microsoft, a ferramenta administrativa Serviços, que você pode convocar via Painel de Controle ou pressionando o atalho Windows+R, digitando services.msc na caixa de diálogo e clicando em OK.

A tela Serviços apresenta cinco colunas configuráveis (via menu Exibir > Adicionar/Remover colunas) que exibem o nome, o status, a descrição resumida da função, o tipo de inicialização e o tipo de logon dos serviços, estejam eles carregados ou não (inicializados ou em branco na coluna Status). Um serviço em execução aparece como Iniciado na coluna Status (ou seja, se o status estiver vazio, é porque o serviço não está rodando). No mais das vezes, a coluna Fazer Logon como exibe a informação Sistema Local, indicando que o serviço foi convocado pelo próprio Windows – e assim roda com todos os privilégios habilitados, o que pode comprometer a segurança do computador, mas detalhar essa questão foge aos propósitos desta postagem, de modo que fica para outra vez.

Antes de modificar a modalidade de inicialização de um serviço, pouse o cursor sobre ele e leia o resumo exibido à esquerda (se precisar de mais informações, clique aqui; se seu sistema não for o Seven SP1, clique na aba HOME e selecione a versão correta). Se for realmente fazer alterações, crie um ponto de restauração do sistema e exporte a lista das configurações atuais (para isso, abra o menu Ação, clique em Exportar Lista e salve a dita-cuja na sua área de trabalho). Tomadas essas precauções, dê um clique direito sobre o serviço desejado e selecione Propriedades para ter acesso a mais opções e em Tipo de Inicialização para escolher a mais adequada.

Observação: Note que Automático (Atraso na Inicialização) retarda a inicialização do serviço por um tempo pré-definido, visando agilizar o boot, ao passo que Automático convoca o serviço assim que o Windows é inicializado. A opção Manual faz com que o serviço seja iniciado e parado por iniciativa do sistema ou demanda do usuário, e Desativado impede que ele seja executado.

Se as modificações que você implementar impedirem a reinicialização do computador, acesse o modo de segurança e restaure a configuração padrão. Caso se sinta inseguro para fazer os ajustes, clique aqui ou instale o freeware PURAN SERVICE MANAGER (para mais informações e download, clique aqui).

E com isso o espaço se foi e não tratei do desligamento, que era para ser o mote desta postagem. Mas acho que foi por uma boa causa. Além disso, amanhã será outro dia. Abraços e até lá.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SISTEMA LENTO, INICIALIZAÇÃO EMPACADA E DESLIGAMENTO DEMORADO – COMO RESOLVER?

O SOL NASCE PARA TODOS; A SOMBRA, PARA QUEM MERECE. 

Talvez a queixa mais recorrente entre usuários de computador seja a lentidão do sistema, a inicialização empacada e o desligamento demorado. No primeiro caso, suítes de manutenção como o AVG TUNEUP PC ou o ADVANCED SYSTEM CARE, por exemplo, reduzem o impacto negativo que o passar do tempo e o uso normal da máquina infligem ao Windows, e postergam a inevitável reinstalação do sistema.

Se o que lhe incomoda é a "eternidade" que o computador leva para iniciar, leia esta sequência de postagens. Aliás, a Web está atopetada de soluções mirabolantes, mas você não deve colocá-las em prática sem antes esta postagem - que foca algumas delas e explica o que funciona e o que não funciona (para localizar mais artigos sobre esse tema, digite acelerar inicialização no campo de pesquisas do Blog e pressione a tecla Enter).

O tempo que um PC leva para iniciar varia conforme sua configuração de hardware, o software instalado, o estado do Registro, o índice de fragmentação dos dados no HDD, a quantidade de aplicativos que pegam carona com o Windows, e por aí vai.

Observação: Não é pelo fato de haver pencas de freewares disponíveis para download que você deve instalar tudo que vê pela frente. Primeiro, porque o consumo de recursos do sistema e as chances de incompatibilidades, travamentos e que tais aumenta proporcionalmente ao número de programas instalados. Segundo, porque cada vez mais softwares embutem programinhas indesejados em seus arquivos de instalação (para mais detalhes, leia esta sequência de postagens).

Revise de tempos em tempos a sua lista Todos os Programas (recorra ao SlimComputer ou ao PCDecrapfier, se necessário) e remova aqueles que você não usa com o Revo Uninstaller ou o IObit Uninstaller (essa ferramentas fazem um trabalho mais primoroso que o desinstalador nativo dos aplicativos). E como não faltam webservices capazes de substituir com vantagens uma vasta gama de programas residentes, habitue-se a utilizá-los sempre que possível, já que eles dispensam instalação, não disseminam PUPs nem malwares e rodam a partir do navegador, o que os faz consumir menos recursos do sistema (para saber mais, clique aqui e aqui).

Soluções como o StartupDelayer e o Bootvis prometem agilizar a inicialização, mas não deixe de conhecer o Soluto, que se destaca pela capacidade de reduzir o tempo de boot gerenciando os aplicativos e reorganizando a sequência em que eles são carregados.

Já se a pedra no seu sapato é a demora no encerramento da sessão, que faz você se sentir tentado a arrancar o cabo de energia da tomada toda vez que abre o menu Iniciar e clica em Desligar, não perca a próxima postagem.

E.T.: Para quem é novo no pedaço, cumpre esclarecer que os links acima (grafados em azul) remetem a páginas que disponibilizam o download dos programinhas sugeridos e/ou a postagens em que eu detalhei o tema em questão (valho-me desse artifício apenas para não espichar desnecessariamente este texto, de modo que você pode clicar nos links sem receio).

E como hoje é sexta-feira:

A Madre Superiora acordou radiante:
- Bom dia, Irmã Josefa. Você está com uma ótima aparência! E que bela camisola está a tricotar!
- Obrigada, Madre. A senhora também está muito bem, mas parece que se levantou do lado errado da cama, não?
Sem entender a razão do comentário, a Madre seguiu adiante e logo encontrou outra freira.
- Bom dia, Irmã Maria! Você parece muito bem! E o seu bordado está lindo. Parabéns!
- Obrigada, Madre. A senhora também está com bom aspecto. Mas vê-se que hoje se levantou do lado errado da cama...
A Madre estranhou, mas seguiu seu caminho. Como cada freira que encontrou e cumprimentou lhe disse a mesma coisa, ela resolveu tirar a história a limpo.
- Bom dia, Irmã Leonor. Por favor, seja sincera. Eu estou com ar de quem se levantou hoje do lado errado da cama?
- Sim, Madre.
- E posso saber por quê?
- É que a senhora está calçando as sandálias do Padre Antônio... 

Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

WINDOWS 7 – DESLIGAR, SUSPENDER OU HIBERNAR?

HÁ TANTOS BURROS MANDANDO EM HOMENS DE INTELIGÊNCIA, QUE, ÀS VEZES, FICO PENSANDO SE A BURRICE NÃO É UMA CIÊNCIA.

Embora já tenhamos discutido este assunto ao longo das 2.100 postagens publicadas neste humilde Blog, alguns leitores ainda têm dúvida sobre o que fazer na hora de deixar o computador ocioso (durante a noite, por exemplo), já que o menu Iniciar do Seven disponibiliza opções como Suspender e Hibernar (dentre outras que agora não vêm ao caso).
Por conta disso, vamos relembrar que a opção Suspender desenergiza a maioria dos circuitos do PC, mas mantém a memória RAM energizada, permitindo que o sistema seja recarregado e volte a exibir os documentos e programas abertos em questão de segundos, bastando para isso que o usuário mova o mouse ou pressione uma tecla qualquer. Essa opção é ideal para ausências de curta duração (durante o horário de almoço, por exemplo), embora possa ser utilizada em intervalos maiores, como de um dia para outro, até porque reduz sensivelmente o tempo da reinicialização em relação ao do boot convencional.
Já a opção Hibernar transfere o conteúdo da RAM e o estado do processador para um espaço específico criado no HD (hiberfil.sys), após o que desliga totalmente PC, que pode ser desconectado de qualquer fonte externa de energia. Nesse caso, o retorno do sistema não é tão rápido quanto no anterior, mas continua sendo mais ágil que no boot a partir do zero, sem mencionar que ainda traz de volta os aplicativos e arquivos do mesmo jeito em que se encontravam no instante em que o sistema adormeceu.

ObservaçãoA despeito da eficácia das opções sugeridas acima, de tempos em tempos é preciso desligar totalmente o computador. Isso porque, quando são fechados, alguns aplicativos não liberam totalmente a memória que haviam alocado, e isso acaba degradando o desempenho do sistema. Mas, atenção: não basta reiniciar o Windows. É preciso desligar totalmente o computador, aguardar alguns minutos e depois tornar a ligá-lo. 

Complementando: As versões mais recentes do Windows trazem uma inovação conhecida como Suspensão Híbrida – uma mescla de suspensão hibernação que não só preserva o conteúdo da RAM, mas, adicionalmente, replica-o no HD para prevenir a perda de dados decorrente de uma eventual falta de energia ou outra intercorrência que desligue inesperadamente o computador.
Embora tenha sido desenvolvida com vistas aos desktops, que não dispõem de alimentação alternativa por bateria (a menos que o usuário disponha de um no-break), essa função  pode ser habilitada também nos portáteis. Para tanto:

1. Clique em Iniciar > Executar, digite powercfg.cpl, dê OK e, na tela das Opções de Energia, clique no link Alterar configurações do plano correspondente ao esquema de energia que você utiliza.

2. Clique me Alterar configurações de energia avançadas e no sinal de adição (+) à esquerda da opção Suspender.

3. Expanda a opção Permitir modo de suspensão híbrido e ative o recurso em questão (talvez seja necessário reiniciar o computador para efetivar a modificação).

A partir daí, a Suspensão Híbrida irá prevalecer sobre a convencional, e a entrada Hibernar deixará de ser exibida no menu de desligamento, embora você possa convocá-la alterando a função do botão Power ou configurando-a como ação padrão no fechamento da tampa do note, por exemplo. Basta voltar à tela das Opções de Energia, clicar no link Escolher as funções dos botões de energia (à esquerda da janela) e fazer os ajustes desejados.
Abraços a todos e até mais ler.
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É triste ter de ouvir isso, mas nem por isso o que eles dizem se torna menos verdadeiro.
Vejam o que os europeus realmente pensam de nós e de nossos conspícuos dirigentes.

terça-feira, 14 de maio de 2013

WINDOWS 7 - DE VOLTA AO MENU DE DESLIGAMENTO



NÃO LEVE A VIDA MUITO A SÉRIO. AFINAL, VOCÊ NÃO VAI SAIR VIVO DELA...

Ainda sobre as opções de desligamento do Windows – para saber mais, consulte as postagens da semana passada –, cumpre mencionar que tanto Reiniciar quanto Desligar fecha ordenadamente os aplicativos, processos e serviços, encerra o sistema e desliga o computador, mas Reiniciar convoca um novo boot quase que instantaneamente, o que nem sempre permite a completa desenergização dos capacitores da placa-mãe e, consequentemente, o “esvaziamento” adequado das memórias voláteis.
Então, vamos combinar: Para concluir a instalação de aplicativos ou validar atualizações do Windows – que modificam o Registro ou exigem a interrupção de processos e serviços que rodam em segundo plano e, às vezes, não podem ser bloqueados –, usamos Reiniciar, e para solucionar instabilidades/travamentos, clicamos em Desligar e aguardamos alguns minutos para religar o computador (se o mouse estiver inoperante, basta manter o botão Power do gabinete pressionado por cerca de 5 segundos para suspender o fornecimento de energia e desligar o computador “na marra”).

Observação: Se seu celular se tornar instável, perder configurações ou deixar de tocar ao receber chamadas, por exemplo, experimente desligá-lo e tornar a ligá-lo depois de alguns minutos (em situações extremas, pode ser preciso também remover bateria).

Trocar usuário é uma opção útil quando duas ou mais pessoas compartilham o computador com suas próprias contas e senhas de acesso (para mais detalhes, pesquise o Blog ou clique aqui). Nesse caso, a troca rápida (que não está disponível no Seven SE, diga-se) permite passar o comando do sistema para outro usuário sem encerrar a sessão em curso – mas não o faça antes de salvar seu trabalho, pois, se o computador for desligado, qualquer alteração que não tenha sido salva durante a sua sessão será perdida. Já o Logoff encerra a sessão em curso, fecha os aplicativos, processos e serviços, mas, em vez de desligar o computador, exibe a tela de boas-vindas, permitindo que outro usuário assuma o comando do sistema mais rapidamente do que no boot tradicional.

Um ótimo dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

WINDOWS SEVEN – SUSPENSÃO HÍBRIDA


O AMOR É CEGO, MAS O MATRIMÔNIO DEVOLVE A VISÃO.

As versões mais recentes do Windows trazem uma inovação conhecida como Suspensão Híbrida – uma mescla de suspensão e hibernação que não só preserva o conteúdo da RAM, mas, adicionalmente, replica-o no HD para prevenir a perda de dados decorrente de uma eventual falta de energia ou outra intercorrência que desligue inesperadamente o computador.
Embora tenha sido desenvolvida com vistas aos desktops, que não dispõem de alimentação alternativa por bateria (a menos que o usuário disponha de um no-break), essa função  pode ser habilitada em laptops. Para tanto:

1.     Clique em Iniciar > Executar, digite powercfg.cpl, dê OK e, na tela das Opções de Energia, clique no link Alterar configurações do plano correspondente ao esquema de energia que você utiliza.
2.     Clique me Alterar configurações de energia avançadas e no sinal de adição (+) à esquerda da opção Suspender.
3.     Expanda a opção Permitir modo de suspensão híbrido e ative o recurso em questão (talvez seja necessário reiniciar o computador para efetivar a modificação).

Observação: A partir daí, a Suspensão Híbrida irá prevalecer sobre a convencional, e a entrada Hibernar deixará de ser exibida no menu de desligamento, embora você possa convocá-la alterando a função do botão Power ou configurando-a como ação padrão no fechamento da tampa do note, por exemplo. Basta voltar à tela das Opções de Energia, clicar no link Escolher as funções dos botões de energia (à esquerda da janela) e fazer os ajustes desejados.

Para evitar que abelhudos acessem seu PC enquanto você vai ao banheiro ou toma um cafezinho, por exemplo, use a opção Bloquear do menu de desligamento ou ajuste a Proteção de Tela (Painel de Controle > Vídeo > Alterar Proteção de Tela) para entrar em ação após um período curto de inatividade e marque a caixa Ao reiniciar, exibir tela de logon.
Para ausências mais longas (durante a noite, também por exemplo), use a função Suspender, que “desperta” o sistema em segundos. E se for transportar o note de casa para o trabalho e vice-versa, use a Hibernação – que, a despeito do “despertar” mais demorado, não só poupa a bateria como também evita danos no HD (em ambos os casos você pode proteger o acesso ao sistema mediante a tela de logon).

Observação: Eu uso o note como substituto do desktop (em um ano e meio, ele jamais deixou minha mesa de trabalho), mas mantenho a bateria instalada, não só para mantê-la permanentemente carregada, mas também para que ela funcione como no-break no caso de faltar energia. Coloco o sistema em suspensão ao encerrar os trabalhos e desligo o estabilizador de tensão. Embora o “overnight” consuma somente 15%, em média, da capacidade da bateria, mantenho a função Hibernar ativada e configurada para entrar em ação automaticamente se a carga chegar ao nível crítico (5%). Para fazer esses ajustes você também:

  1. Volte à tela das Opções de Energia, clique no link Alterar configurações do plano correspondente ao esquema ativo e em Alterar configurações de energia avançadas;
  2. Clique no sinal de adição (+) ao lado do item BATERIA e faça os ajustes desejados;
  3. Não deixe de definir Hibernar como Ação de bateria crítica.

Por último, mas não menos importante, não deixe de desligar o computador da maneira convencional a cada três ou quatro dias, para que a memória RAM seja completamente esvaziada.

Era isso, pessoal. Comentários serão bem vindos.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

WINDOWS XP e SEVEN – DESLIGAR / SUSPENDER / HIBERNAR (continuação)


O CASAMENTO É UM ATO RELIGIOSO MEDIANTE O QUAL SE CRIA MAIS UM CRISTO E MENOS UMA VIRGEM.

Para colocar o XP manualmente em espera ou em hibernação, clique em Iniciar > Desligar e escolha a opção desejada. Para automatizar o processo, dê um clique direito num ponto vazio da Área de Trabalho, selecione Propriedades > Proteção de tela > Energia > Esquemas de energia e faça os ajustes desejados. Em qualquer caso, você pode trazer o sistema de volta do estado de espera movendo o mouse ou pressionando qualquer tecla e, para despertá-lo da hibernação, acionando o botão Power.
Nas edições Vista e Seven do Windows, o modo de espera se chama “suspender”. Para acessá-lo (como também a hibernação e as demais “opções de desligamento”), abra o menu Iniciar, clique na pequena seta ao lado do botão Desligar e selecione a opção desejada. Caso queira automatizar esse processo, digite energia no campo de pesquisa do menu Iniciar, clique em Opções de Energia, selecione (ou edite) seu plano de energia – existem diversas combinações possíveis – e explore as várias opções disponíveis em Alterar configurações de energia avançadas.

Observação: Houve tempo em que a gente desativava a hibernação para “ganhar” o espaço alocado pelo arquivo HIBERFIL.SYS (que, via de regra, corresponde ao “tamanho” da memória RAM). Atualmente, no entanto, qualquer PC de entrada de linha conta com 500 ou mais gigabytes de espaço em disco, de modo que convém manter o recurso ativo e operante.

Para habilitar a hibernação no XP, clique na aba Hibernar da tela Propriedades das Opções de energia, marque a opção Ativar hibernação, confirme e reinicie o computador. Se a aba em questão não estiver visível, experimente atualizar os drivers de chipset e/ou da placa gráfica.
No Seven, digite cmd na caixa de pesquisas do menu Iniciar, dê um clique direito em cmd.exe e selecione a opção Executar como administrador. Na tela do Prompt, adicione à linha c:\Windows\system32> o comando powercfg /hibernate seguido de on (para ativar) ou de off (para desativar). Ao final, tecle Enter, digite exit, torne a teclar Enter e, se necessário, reinicie o computador.

Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.

terça-feira, 7 de maio de 2013

WINDOWS XP e SEVEN – DESLIGAR / SUSPENDER / HIBERNAR

NUNCA SE CASE POR DINHEIRO; SEMPRE É POSSÍVEL CONSEGUIR UM FINANCIAMENTO A JUROS MAIS BAIXOS!

Costuma-se dizer que reinicializar frequentemente o PC reduz a vida útil do disco rígido, que é quem mais sofre nesse processo. Isso até faz sentido, mas é preciso ter em mente que esse componente é dimensionado para suportar cerca de 40 mil ciclos liga/desliga – em tese, seria possível submetê-lo a (improváveis) 20 reinicializações diárias e, ainda assim, usá-lo por mais de 6 anos. Seja como for, em vez de desligar o PC sempre que você for se ausentar por alguns minutos (ou horas, ou dias), por que não colocá-lo em stand-by ou em hibernação? Assim, além de economizar energia, o sistema estará pronto para uso bem mais rapidamente do que no boot convencional.

Observação: Uma das principais insatisfações dos usuários de PCs tem a ver com a demora na inicialização, mas até que os drives SSD substituam os eletromecânicos e a Unified Extensible Firmware Interface – que promete reduzir sensivelmente o tempo de boot – aposente o BIOS, não há muito a fazer senão seguir as dicas e sugestões publicadas aqui no Blog para ganhar uns poucos (mas preciosos) segundos.

No Modo de Espera (ou Suspender), o processador é paralisado e o monitor, o HD e a maioria dos circuitos do PC são desligados, reduzindo sensivelmente o consumo de energia. Como a memória permanece energizada, basta mover o mouse ou pressionar qualquer tecla para o sistema retornar instantaneamente, com os documentos e programas abertos exatamente como se encontravam no momento em que o trabalho foi interrompido.

Observação: Essa opção é ideal para ausências de curta duração (durante o almoço, por exemplo) ou para quando não dispomos de tempo para esperar a conclusão de eventuais downloads/instalações de atualizações ou tarefas de manutenção, como desfragmentação do HD, varredura antivírus, etc.

A função Hibernar, por sua vez, transfere para o HD um “instantâneo” do conteúdo da RAM e do estado do processador, após o que desliga totalmente o computador (você pode até mesmo desconectá-lo da tomada). Desenvolvida originalmente para laptops – mas suportada pela maioria dos desktops atuais – essa opção é indicada para períodos mais longos de inatividade, ou para quando você precisa levar seu note de um lado para outro (além de não consumir energia, ela permite retomar o trabalho mais rapidamente do que no boot convencional).

Amanhã a gente continua; abraços e até lá.