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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

IMPRIMIR É PRECISO...

A ESTRATÉGIA SEM TÁTICA É O CAMINHO MAIS LENTO PARA A VITÓRIA. TÁTICA SEM ESTRATÉGIA É O RUÍDO ANTES DA DERROTA.

Ainda que não sejam exatamente indispensáveis, as impressoras e multifuncionais (estas últimas integram funções de escâner e copiadora) continuam populares entre os usuários domésticos, e a despeito de ainda existirem, os modelos “matriciais” são usados quase que exclusivamente por quem trabalha com formulários contínuos e cópias carbonadas, por exemplo. Para a maioria de nós, os modelos baseados na tecnologia Ink Jet  (e Laser, ainda que em escala bem menor), representam a opção ideal, embora existam outras tecnologias menos conhecidas ― como a tinta sólida, a sublimação, a cera térmica e a plotagem, apenas para citar alguns exemplos), mas que são direcionadas a segmentos específicos de mercado, de modo que fogem ao escopo desta postagem.

As arcaicas portas paralelas, largamente utilizadas para conectar impressoras a PCs nos tempos de antanho, há muito caíram em desuso. Atualmente, todos os modelos a jato de tinta, inclusive multifuncionais, utilizam o USB, e a maioria oferece também conexões Wi-Fi e/ou Bluetooth.

Observação: Wi-Fi, Bluetooth e NFC (*) são soluções “wireless”, ou seja, capazes de transferir dados entre os dispositivos sem que eles estejam interligados “fisicamente”. Todavia, como esses protocolos foram criados em épocas distintas e com finalidades diferentes, cada qual apresenta vantagens e desvantagens em relação aos demais ― e à conexão cabeada, que, embora seja restritiva do ponto de vista da mobilidade, é sempre mais veloz e estável do que as modalidades sem fio.

Portanto, ao escolher uma impressora, não se balize somente pelo preço do aparelho. Abrir mão da possibilidade de acessar o dispositivo a partir de qualquer cômodo da casa com um notebook, tablet ou smartphone, a pretexto de poupar algumas dezenas de reais, é “economia porca”. Se você não tem um roteador, lembre-se de que, desde sua criação em 1998, o Bluetooth vem crescendo em alcance e velocidade (taxa de transmissão de dados). Na versão 5.0, a velocidade dobra e o alcance passa a ser quatro vezes mais do que na versão 4.2. Com isso, os aparelhos já não precisam estar tão próximos para se enxergar mutuamente, ou seja, o que só era possível dentro do mesmo cômodo agora passa a ser possível num raio de até 40 metros.

De modo geral, todas as impressoras modernas são fáceis de instalar. Basta conectar o aparelho a uma porta USB do computador, executar os arquivos de instalação e seguir o passo a passo (a instalação sem fio também é possível, mas geralmente é bem mais complicada; portanto, conecte fisicamente a impressora ao computador na hora de instalá-la e só depois usufrua dos benefícios da conexão wireless). Mas não deixe de atentar para a compatibilidade da impressora com o sistema operacional do seu PC, já que modelos mais antigos, mas ainda presentes nas prateleiras das lojas, não contam com drivers para o Windows 10.

O despenho da máquina também deve ser levado em conta, embora a estimativa dos fabricantes (expressa em “PPM” ou páginas por minuto) não sejam lá muito confiáveis, pois fazem as medições em “condições ideais” que você dificilmente conseguirá reproduzir no uso diário. Para evitar arrependimentos tardios, baseie-se em testes realizados conforme a norma ISO/IEC 24734 ou em reviews publicados em sites ou revistas especializadas.

Outro detalhe importante é o preço dos cartuchos. Nos modelos mais baratos, é comum um único cartucho ser responsável pela impressão em preto e em cores, e duas substituições podem custar mais do que você desembolsou ao comprar o aparelho. Se possível, dê preferência a modelos que utilizem pelo menos dois cartuchos ― um preto e outro colorido ―, de modo a poder repô-los individualmente.

Para piorar, se a tinta dura pouco quando você usa a impressora constantemente, poupá-la nem sempre é uma boa ideia, pois os cartuchos ressecam ou entopem quando o aparelho fica ocioso por muito tempo. Ainda assim, é possível economizar configurando a impressora para imprimir em baixa resolução (modo rascunho), ou recorrer a cartuchos compatíveis (novos, mas não originais), que oferecem bons resultados e relação custo/benefício interessante. No entanto, dependendo da marca/modelo da máquina, pode ser difícil encontrar cartuchos compatíveis, e aí o jeito é partir para produtos reabastecidos ou remanufaturados, que proporcionam uma economia representativa (cerca de 50% no primeiro caso e entre 10% e 20% no segundo). Para utilização doméstica, essa solução costuma ser bastante aceitável, a despeito do rendimento inferior ― esses cartuchos armazenam menos tinta e, portanto, tendem a produzir menos páginas do que um novo, sem mencionar que pequenas variações na fórmula da tinta podem reduzir substancialmente a qualidade e a durabilidade da impressão (especialmente em cores).

Observação: Ao contrário do que se costuma pensar, a tecnologia Ink Jet é bastante complexa: os cartuchos possuem um reservatório de tinta que é fervido por um elemento de aquecimento, e as bolhas resultantes se espalham por buracos minúsculos no papel (a composição exata da tinta determina a qual temperatura ela será fervida, o tamanho das bolhas e como elas voam pelos buracos na cabeça de impressão).Vale lembrar que o uso puro e simples de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos não anula a garantia do aparelho. No entanto, se eles acarretarem danos ao hardware, você não estará coberto (embora essa situação não seja frequente, a possibilidade existe). Então, se você for exigente em relação à qualidade de impressão e não quiser se preocupar com potenciais danos à sua impressora, o melhor é usar cartuchos originais (ou compatíveis, desde que de boa procedência).

Dicas: Impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas só conseguem imprimir com qualidade fotográfica com tintas e papéis especiais. Nesse caso, preste atenção na hora de alimentar o aparelho, porque nem todos os papéis fotográficos suportam impressão em ambas as faces. Além disso, como a tinta é líquida, convém esperar um pouco antes de manusear as folhas impressas, especialmente se você usar cartuchos recarregados. Se sua impressora informar que o cartucho está “no grito”, aqueça-o com um secador de cabelos por dois ou três minutos (o calor faz com que a tinta endurecida flua através dos pequenos orifícios do cartucho e permite finalizar a impressão em curso). Aliás, alguns modelos indicam que não há mais tinta quando ainda é possível imprimir algumas dezenas de páginas; para contornar o problema, tente “enganar” a máquina realizando os procedimentos de substituição e reinstalando o cartucho em uso como se fosse um novo.

(*) O NFC (de Near Field Communication) é uma especificação que permite a comunicação wireless entre dois dispositivos mediante uma simples aproximação entre eles, sem que seja preciso digitar senhas, clicar em botões ou realizar alguma ação similar para estabelecer a conexão. A distância que os dispositivos é de, no máximo, 10 cm, para deixar evidente a intenção de comunicação, mas, ao mesmo tempo, evitar conexão acidental e/ou a ação da bandidagem de plantão. Essa tecnologia é relativamente comum em smartphones, mas também vem se tornando popular em tablets, além de ser largamente utilizada em crachás, cartões de bilhetes eletrônicos ou qualquer outro item que comporte a instalação de um chip NFC.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

terça-feira, 31 de maio de 2011

10 dicas de impressão

Depois de falar um bocado sobre impressão, modelos de impressoras e outros que tais, resolvi dar uma trégua aos leitores (e, por que não dizer, a mim também) antes de voltar com mais algumas considerações e sugestões. Confira:

1.      Impressoras modernas (tanto a Laser quanto a Jato de Tinta) se comunicam com o computador via USB, de modo que basta você plugar o cabinho em ambos os aparelhos, conectar o cabo de força na tomada, pressionar a tecla “Power” e aguardar até que o Windows reconheça o novo hardware. A instalação dos cartuchos é um procedimento simples, mas que varia conforme a marca e o modelo; convém consultar o manual do usuário. Conforme a versão do sistema, pode ser preciso inserir o CD (que vem com a impressora) na gavetinha e seguir as instruções do instalador; ao final do processo, a máquina costuma gerar uma página de teste – mas você pode obter o mesmo resultado (e resolver outros problemas) abrindo o Painel de Controle e dando duplo clique no miniaplicativo “Impressoras e Aparelhos de Fax”. Aliás, convém você visitar o website do fabricante para ver se existem drivers mais recentes; em sendo o caso, faça o download, salve-os na Área de Trabalho, abra o Gerenciador de Dispositivos – no XP, dê um clique direito em Meu Computador, clique em Propriedades, na aba Hardware e no botão correspondente – e proceda à respectiva atualização.
     
2.      Ao imprimir documentos, em vez de clicar simplesmente no botão que aparece na barra de ferramentas, prefira o comando Imprimir do menu Arquivo, que oferece um vasto leque de opções de configuração (intervalos de páginas, layout, tamanho da página, impressão “frente e verso”, preto e branco, modo rascunho, e por aí vai).

3.      Impressões falhadas ou desalinhadas podem ser corrigidas mediante a limpeza e o alinhamento dos cabeçotes; clique no menu Iniciar > Impressoras e aparelhos de fax, dê um clique direito sobre o ícone que representa sua impressora e escolha Propriedades (as opções podem variar conforme a marca e o modelo do aparelho; portanto, consulte o manual de impressão).

4.      Ao adquirir cartuchos (originais ou compatíveis), atente para a data de validade e evite comprar dois ou mais jogos de uma só vez (para aproveitar um preço promocional, por exemplo), a menos que tenha certeza de que irá utilizá-los dentro do prazo. Aliás, se você imprime muito pouco, o risco de seus cartuchos ressecarem é grande, de modo que convém não se entusiasmar demais como produtos que prometem o dobro ou o triplo da quantidade de tinta que vem nos originais.

5.      Imprimir páginas da Web pode gerar um volume imenso de lixo e um consumo exagerado de tinta, a menos que você utilize algum recurso de economia. Muitos sites e portais possuem em seus artigos um botão Imprimir que, ao ser clicado, removem banners, formatações abusivas e outros que tais, deixando apenas o texto. Use sempre.

6.      Sem embargo da sugestão anterior, você pode economizar tinta copiando o conteúdo da página, colando-o num documento de texto (*.TXT), fazendo os ajustes necessários e comandando a impressão a partir daí. Vale também utilizar serviços como os disponibilizados pelos sites http://www.printwhatyoulike.com/ e http://www.printfriendly.com/ , que permitem selecionar apenas as áreas úteis das páginas, suprimir imagens, excluir parágrafos, e até salvar o arquivo no formato PDF (para ler num e-Reader, por exemplo).

7.      Se sua impressora não funciona, verifique se os cabos estão devidamente conectados e se há energia na tomada (ou no estabilizador de tensão, filtro de linha ou outro dispositivo de proteção). Se o ícone correspondente aparecer em cinza, é sinal de que a máquina está desligada ou sem comunicação com o computador. Atente também para as luzinhas indicadoras, no painel da impressora: a cor verde indica funcionamento normal, mas luzes vermelhas, amarelas ou alaranjadas (dependendo da marca e do modelo) exigem a atenção do usuário; consulte o manual para identificar a causa do problema.

8.     Abasteça sua máquina somente com papéis apropriados e não exceda a quantidade estabelecida pelo fabricante. Assegure-se de que as folhas não estejam úmidas ou grudadas umas nas outras (convém sempre “ventilá-las” antes de alimentar a bandeja) e verifique se os delimitadores – guias deslizantes que auxiliam a introdução do papel – estão devidamente ajustados para a largura do papel utilizado; eles não devem ficar nem frouxos nem apertados demais.

9.      Se a impressora deixar de “puxar” o papel, limpe as borrachas do rolo tracionador; se ela começar a puxar várias folhas, verifique se o papel é adequado, se foi devidamente “ventilado” e se o tamanho é compatível com o formato do documento. Caso o atolamento ocorra, a solução varia conforme a marca e o modelo (consulte o manual), mas você pode tentar desligar e religar o aparelho (com um pouco de sorte, isso fará com as folhas encravadas sejam expelidas). Se não funcionar, puxe as folhas firme, mas gentilmente (sempre no sentido da entrada para a saída); se não conseguir removê-las todas de uma vez, tente retirar uma a uma, de modo a reduzir progressivamente a pressão do rolo sobre o papel. Algumas impressoras têm portinholas (geralmente na parte traseira) destinadas a facilitar a remoção do papel atolado; outras permitem diminuir a pressão do rolo, para que as folhas possam ser retiradas mais facilmente. Seja como for, jamais recorra a ferramentas ou quaisquer objetos que possam danificar os componentes do aparelho. Se nada disso resolver, contate o suporte do fabricante ou procure uma assistência técnica especializada.

10.  Impressões borradas ou manchadas podem advir de cartuchos de má qualidade, da mesma forma que o derramamento de tinta. Se a substituição dos cartuchos não resolver esses problemas, consulte o suporte do fabricante ou um técnico de sua confiança. Note ainda que determinados tipos de papel (notadamente os destinados à impressão de fotos) possuem apenas uma face imprimível; se você colocá-los “do avesso”, o borrão estará garantido.

Era isso, pessoal.
Abraços e até mais ler. 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Imprimir é preciso... (conclusão)

Para concluir esta seqüência, vale lembrar que:
• No uso eventual, a tecnologia Ink Jet proporciona melhor relação custo/benefício; a não ser em situações personalíssimas, esqueça as anacrônicas impressoras de impacto e pense duas vezes antes de adquirir um modelo a Laser.

• Impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas só conseguem imprimir com qualidade fotográfica com o uso tintas e papéis especiais. Nesse caso, preste atenção na hora de alimentar o aparelho, porque nem todos os papéis fotográficos suportam impressão em ambas as faces. Demais disso, como a tinta é líquida, espere um pouco antes de manusear as folhas impressas, especialmente se você usar cartuchos recarregados.

• Cartuchos de alta capacidade – oferecidos pelos fabricantes ou por empresas que remanufaturam esses componentes – podem realmente melhorar o rendimento das impressoras em termos de número de páginas impressas, mas para quem imprime pouco, o tiro sai pela culatra, pois a tinta acaba ressecando e entupindo os bicos de impressão.

• As estimativas divulgadas pelos fabricantes – tanto em relação ao rendimento quanto à velocidade de impressão (expressa em “PPM” ou páginas por minuto) – são calculadas em "condições ideais”; não estranhe, portanto, se você não obtiver os mesmos resultados no dia-a-dia (para ter uma idéia melhor, baseie-se em testes realizados conforme a norma ISO/IEC 24734 ou em reviews publicados na mídia especializada).

• Se sua impressora informar que o cartucho está “no grito”, aqueça-o com um secador de cabelos por dois ou três minutos (o calor faz com que a tinta endurecida flua através dos pequenos orifícios do cartucho e permite finalizar a impressão em curso). Aliás, alguns modelos indicam que não há mais tinta quando ainda é possível imprimir algumas dezenas de páginas; para contornar o problema, tente “enganar” a máquina realizando os procedimentos de substituição e reinstalando o cartucho em uso como se fosse um novo.

Abraços e até amanhã, se Deus quiser.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Imprimir é preciso... (parte 3)

Complementando o que vimos nos posts anteriores, vale lembrar que, se suprimentos para impressoras a Laser custam mais caro que os cartuchos das Ink Jet, eles também costumam render mais (em número de páginas impressas). Falando em rendimento, existe uma maneira relativamente simples de estimar o custo da impressão (que varia conforme a tecnologia, a marca e o modelo do aparelho). Depois de selecionar o modelo de seu interesse, acesse o site do fabricante e procure informações tipo “impressão de páginas por cartucho”, descubra o preço do refil (em lojas virtuais ou físicas, tanto faz) e faça as contas: se o suprimento custa R$ 80 e rende mil páginas, por exemplo, cada folha impressa sai por R$ 0,08 (desconsidere o preço do papel, já que ele será o mesmo, inobstante a marca e o modelo da impressora).


Observação: Impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas para obter qualidade fotográfica, é preciso usar papéis e tintas especiais, que custam bem mais caro.


Alguns equipamentos utilizam quatro cartuchos independentes (ou seis, no caso de impressoras fotográficas); outros, dois cartuchos (o preto e o “colorido) e outros, ainda, um único cartucho.
A primeira opção é mais vantajosa do ponto de vista do custo/benefício, além de propiciar maior velocidade de impressão. Na segunda, a grande desvantagem é que, sempre que uma tinta acabar, você terá de substituir o cartucho, desperdiçando o que ainda restar das outras cores. Já nos modelos com um único cartucho, até a cor preta (um cinza-chumbo, na verdade) é gerada a partir da mistura das cores “básicas” (ciano, magenta e amarela), e a economia obtida na compra do aparelho (que geralmente custa mais barato) se dilui rapidamente nas freqüentes substituições do cartucho (veja mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2009/11/de-olho-no-cartucho.html).
Mesmo considerando que os refis originais tenham caído de preço nos últimos anos (embora continuem caros, é bom que se diga), existe larga oferta de produtos “compatíveis” para a maioria das marcas e modelos de impressoras e multifuncionais, sem mencionar os postos de recarga, onde você reenche seus cartuchos ou troca por produtos remanufaturados.
Os cartuchos compatíveis são novos, lacrados, e geralmente custam menos que os originais, mas como não são produzidos pelos fabricantes das impressoras, convém só adquirir produtos de marcas conhecidas e bem conceituadas. Já os remanufaturados saem ainda mais em conta, e se a recarga for bem feita e utilizar matéria prima de qualidade, apresentam resultados são satisfatórios – embora para algumas aplicações, como a impressão fotográfica, por exemplo, possam ficar aquém do desejado.
Vale lembrar também que o desgaste natural dos cartuchos costuma resultar em problemas como impressão borrada e derramamento de tinta, de maneira que é bom tomar cuidado com as “bocas de porco”.
Amanhã a gente conclui; abraços e até lá.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Imprimir é preciso... (parte 2)

Com base no que vimos no post anterior, as máquinas matriciais só não se tornaram totalmente obsoletas porque ainda são úteis em determinados nichos.
Para quem pretende adquirir sua primeira impressora ou modernizar seu equipamento, a tenconogia Ink Jet é mais vantajosa do que a Laser, não só pelo custo – já que o preço dos suprimentos pesa um bocado –, mas pela confiabilidade, facilidade de operação, qualidade de impressão, fidelidade de cores e profusão de marcas e modelos. No entanto, vale lembrar que elas utilizam tinta líquida e lidam com minúsculas partículas, sendo mais suscetíveis a entupimentos e/ou vencimento do prazo de validade dos cartuchos.
Modelos a Laser são silenciosos e imbatíveis em velocidade e qualidade de impressão – pelo menos em preto –, mas o preço (tanto do hardware quanto do toner) e o consumo de energia desanimam até os consumidores mais afoitos (sem mencionar que eles deixam a desejar na reprodução de imagens com qualidade fotográfica – com exceção das versões direcionadas especificamente à indústria gráfica, que têm preços estratosféricos). Em última análise, essa tecnologia  favorece apenas quem gera grandes volumes de impressão monocromática, o que exclui a maioria dos usuários dométicos.
Resumo da ópera: Impressoras a jato de tinta são – em minha opinião – a melhor opção para quem procura um dispositivo para uso esporádico, com destaque para os modelos multifuncionais, que oferecem também recursos de digitalização e cópia – e, em alguns casos, fax e telefone fixo. Ainda que você não pretenda utilizar o fax; que o bazar de esquina tire fotocópias (“Xerox”) por uns poucos centavos; que a Internet tenha reduzido drasticamente sua necessidade de escanear textos e imagens de livros, revistas e afins, por alguns reais a mais na parcela você leva para casa um aparelho “completo” – que talvez não disponibilize todos os recursos oferecidos por dispositivos independentes, mas enfim...
Tanto as multifuncionais Ink Jet quanto os modelos a Laser proporcionam ganho de espaço e economia de energia em relação aos aparelhos independentes e, além de custarem quase o mesmo que as impressoras "básicas", permitem executar determinadas tarefas com o computador desligado (como é o caso da impressão de cópias reprográficas), requerem um único programa para gerenciamento de todas as funções e apenas um cabo de conexão ao PC e outro à tomada da rede elétrica.
Amanhã a gente continua.
Abraços e até lá.

P.S. Dias atrás, quando eu publiquei uma seqüência de postagens sobre notebooks com preços convidativos, um leitor reclamou da ausência de produtos da Acer entre os modelos sugeridos. Por conta disso, ainda que eu tenha justificado essa omissão, resolvi voltar ao assunto para sugerir uma visita ao site da Kalunga, que está oferecendo algumas unidades dessa marca com configurações interessantes por valores entre R$ 1.000 e R$ 2.000. Para acessar diretamente a página em questão, clique aqui. 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Imprimir é preciso...

Na época em que a computação pessoal ainda era incipiente, a indefectível parceria entre o microcomputador e a impressora era mais que natural: sem o correio eletrônico para transportar arquivos de um ponto a outro, documentos de texto, gráficos, apresentações e o que mais a gente criasse no computador acabava mesmo no papel. Hoje, mesmo não sendo indispensáveis, esses periféricos continuam populares no âmbito doméstico, onde as “Matriciais”, “Ink Jet” e “Laser” são as tecnologias mais comuns, embora haja outras – como a tinta sólida, a sublimação, a cera térmica e a plotagem, por exemplo – que são direcionadas a segmentos específicos de mercado e, portanto, fogem ao escopo desta postagem.
Enfim, quem tem muitos anos de estrada conheceu as velhas “Margaridas”, que foram preteridas pelas “Matriciais”, que foram preteridas pelos modelos “Ink Jet” e “Laser”. As duas primeiras funcionam basicamente como as tradicionais (e barulhentas) máquinas de escrever. Na Margarida, uma esfera com caracteres em alto relevo (a tal da margarida) gira até a posição desejada e martela a letra, o número ou o sinal gráfico contra uma fita embebida em tinta, que cria a impressão no papel. Nas “matriciais” – que também imprimem mediante impacto e fita tintada – cabeçotes com agulhas geram conjuntos de pontos (matrizes) capazes de reproduzir tanto caracteres alfanuméricos quanto gráficos simples e imagens (até mesmo em cores, ainda que num processo lento e trabalhoso, que apresenta resultados bastante primários).
As impressoras matriciais continuam sendo usadas em lojas, escritórios e pequenas empresas que trabalham com formulários contínuos e documentos fiscais em várias vias (já que o impacto das agulhas permite o uso de papel-carbono). Para uso doméstico, todavia, a única vantagem fica por conta dos suprimentos (as fitas são duráveis e custam menos de 10% do preço de um cartucho de tinta preta), mas sua adoção só se justifica se a idéia for imprimir apenas texto puro – e olhe lá.

Observação: Se você tiver uma relíquia dessas acumulando pó no quartinho de tranqueiras, saiba que a escassez de oferta permite obter bons preços no mercado de usados, desde que a máquina esteja bem conservada e em perfeitas condições de funcionamento (especialmente modelos que operam tanto com formulários contínuos quanto com papel sulfite).

O surgimento das impressoras “Ink Jet” (ou “jato de tinta”), no final dos anos 80, representou uma verdadeira revolução no mundo da impressão. Silenciosos e eficientes, esses modelos proporcionam resultados de excelente qualidade (inclusive em cores) borrifando gotículas de tinta no papel através de uma técnica que combina pressão e eletricidade. Já os modelos a Laser – que usam fontes de luz para “desenhar” os motivos num tambor rotativo e transferi-los para o papel (num processo semelhante ao de fotocopiadoras) – são mais populares no ambiente corporativo, embora venham conquistando gradativamente a preferência dos usuários domésticos. Mas isso já é assunto para o post de amanhã.
Abraços e até lá.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Curtas e humor de sexta-feira

Você sabia que:
... muitos ícones e atalhos no desktop dão mais trabalho para o Windows recarregá-lo, e que mantê-lo livre de entulho faz com que o explorer fique bem mais ligeiro?

... é possível prolongar a vida de seus cartuchos de impressão com um serviço oferecido no site http://www.printwhatyoulike.com/, que permite selecionar apenas as áreas úteis das páginas que você deseja imprimir?

... olhar para a luz do mouse óptico pode prejudicar a visão? (Apesar de não ser um laser propriamente dito, o LED vermelho do mouse conta com uma lente que amplia a intensidade luminosa o bastante para causar danos irreparáveis na retina.)

... os computadores modernos podem ser desligados diretamente pelo botão de Power, já que o sistema operacional será encerrado de maneira adequada e a máquina, desativada corretamente?

... ao navegar na Web, em vez de recorrer aos botões do browser para avançar ou retroceder pelas páginas visitadas, você pode simplesmente dar um clique direito na tela e, no menu suspenso que irá sugir, selecionar as opções Voltar ou Avançar? (Essa ação funciona onde quer que esteja o ponteiro do mouse, desde que dentro dos limites da janela do navegador.)

... o LIMÃO desintoxica o organismo, reduz o acúmulo de gordura, acaba com o inchaço, acelera a digestão, aumenta a saciedade, combate o envelhecimento, fortalece o sistema imunológico, previne a flacidez e melhora o funcionamento da mente? E tem gente que não gosta de caipirinha... (risos).
Note que o limão deve ser consumido assim que cortado, pois ele perde rapidamente suas propriedades quando entra em contato com o ar.

Passemos agora ao nosso tradicional humor de sexta-feira:

• O amor não é aquilo que te pega de surpresa e te deixa totalmente sem ar. O nome disso é asma.
• O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez.
• O amor não torna as pessoas mais bonitas. O nome disso é álcool.
• Se beber fosse pecado, Jesus teria transformado água em Fanta Uva!
• Se você não quer ouvir reclamações, trabalhe no SAC de alguma empresa fabricante de pára-quedas.
• Todo mundo comete erros. O truque é cometê-los quando ninguém está olhando.
• Calculei meu IMC e constatei que minha altura está 20 cm abaixo da ideal.
• Leio a Playboy pela mesma razão que leio a National Geographic: Gosto de ver fotografias de lugares que sei que nunca irei visitar.
• Dizem que a bebida resolve todos os problemas. Pra mim ainda não resolveu, mas eu sou brasileiro e não desisto nunca!
• As melhores crianças do mundo são as japonesas. Estão a 20 mil quilômetros de distância; e quando elas estão acordadas, eu estou dormindo.
• Se acupuntura adiantasse, porco-espinho viveria para sempre.
• Calorias são pequenos vermes inescrupulosos que vivem nos guarda-roupas e, à noite, ficam costurando e apertando as roupas das pessoas.
• Se você se lembra de quantas bebeu ontem, então você não bebeu o bastante.
• Quando sua mulher fica grávida, todos alisam a barriga dela e dizem "parabéns". Mas ninguém apalpa seu saco e diz "bom trabalho".
• Urologista é o cara que olha o seu pinto com desprezo, pega nele com nojo e cobra como se o tivesse chupado.
• Cerveja sem álcool é igual travesti: a aparência é igual, mas o conteúdo é bem diferente!
• Se os vegetarianos amam tanto assim os animais, por que eles comem toda comida dos pobrezinhos?

Um ótimo feriadão a todos e até terça, se Deus quiser.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cartuchos de impressão

Já tivemos oportunidade de falar sobre impressoras, multifuncionais e assemelhados, bem como de sugerir aos leitores que, ao adquirir um aparelho desses, atentassem também para o preço dos insumos, já que, em determinados modelos, uma ou duas substituições de cartuchos pode custar tanto quanto o próprio aparelho (para mais detalhes, clique aqui).
Volto agora ao assunto por conta de uma matéria que li recentemente na PCWorld (EUA), onde o articulista compara a estratégia de marketing dos fabricantes de impressoras com uma hipotética montadora de automóveis que oferecesse carros zero quilômetro por um preço insignificante, mas exigisse que os usuários abastecessem o veículo em sua rede de postos autorizados, onde o custo de dois ou três tanques de combustível superasse o preço do veículo.
De fato, é inegável que impressoras novinhas em folha podem ser encontradas por preços bastante acessíveis, mas é igualmente inegável que seus cartuchos custam caro e acabam em pouco tempo. Para economizar, ou você imprime em menor quantidade e configura o aparelho para fazê-lo em baixa resolução, ou opta por cartuchos compatíveis (novos, mas não originais), que costumam oferecer bons resultados e relação custo/benefício interessante. No entanto, dependendo da marca/modelo da impressora, pode ser difícil encontrar cartuchos compatíveis, e aí o jeito é recorrer a produtos reabastecidos ou remanufaturados, que proporcionam uma economia representativa (cerca de 50% no primeiro caso e entre 10% e 20% no segundo).
Para utilização doméstica, essa solução costuma ser bastante aceitável, a despeito do rendimento inferior – por armazenar menos tinta, esses cartuchos tendem a produzir menos páginas do que um novo, sem mencionar que pequenas variações na fórmula da tinta podem reduzir substancialmente a qualidade e a durabilidade da impressão (especialmente em cores).

Observação: Ao contrário do que se costuma pensar, a tecnologia inkjet é bastante complexa: os cartuchos possuem um reservatório de tinta que é fervido por um elemento de aquecimento, e as bolhas resultantes se espalham por buracos minúsculos no papel (a composição exata da tinta determina a qual temperatura ela será fervida, o tamanho das bolhas e como elas voam pelos buracos na cabeça de impressão).

Vale lembrar que o uso puro e simples de cartuchos remanufaturados ou reabastecidos não anula a garantia do aparelho. No entanto, se o produto em questão danificar o hardware, o usuário não estará coberto (embora essa situação não seja freqüente, a possibilidade existe).
Então, se você for exigente em relação à qualidade de impressão e não quiser se preocupar com potenciais danos à sua impressora, o melhor é usar cartuchos originais (ou compatíveis, desde que de boa procedência).

Bom dia a todos e até mais ler.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De volta ao PDF

Nem todo arquivo PDF apresenta conteúdo que possa ser selecionado e copiado para a área de transferência; em alguns casos, dá até para selecionar uma imagem ou porção de texto, mas não para abrir o menu de contexto (com as opções Copiar, Colar, etc.) com o botão direito do mouse – nessa situação, não custa tentar extrair a cópia com o atalho Ctrl+C; não é sempre que funciona, mas às vezes dá certo.
Por outro lado, se você mantiver visível na tela o excerto desejado do arquivo, pressionar a tecla PrtScn, colar o “instantâneo” no Paint, editá-lo e salvá-lo no Desktop, basta baixar e instalar a ferramenta freeware de reconhecimento de caracteres SimpleOCR (http://www.simpleocr.com/), selecionar Machine print, definir o idioma, clicar em Add Page, File, localizar e abrir o arquivo de imagem salvo na área de trabalho, clicar em Convert to Text para salvar o resultado como um documento do Word.
Falando em PDF, quem acha o Adobe Reader muito pesado e demorado para carregar não pode deixar de experimente o Foxit Reader (disponível em www.foxitsoftware.com/pdf/reader/download.php). Além de leve, rápido e fácil de utilizar, ele utiliza múltiplos separadores e inclui uma variedade de ferramentas de seleção e anotação bastante interessantes.
Bom dia a todos e até mais ler.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ainda as impressoras

Um incidente relativamente comum no uso de impressoras é o “atolamento” do papel, que ocorre quando diversas folhas são puxadas ao mesmo tempo e acabam “entupindo” e travando o aparelho. Para evitar esse aborrecimento:

1-Abasteça sua máquina somente com papéis apropriados e não exceda a quantidade máxima de folhas estabelecida pelo fabricante.
2-Assegure-se de que o papel não esteja úmido (guarde-o sempre num local seco, arejado e protegido do sol) e de que as folhas não estejam “grudadas” umas nas outras (convém sempre “ventilá-las” antes de introduzi-las na bandeja).
3-Verifique se os delimitadores – guias deslizantes que auxiliam a introdução do papel – estão devidamente ajustados para a largura do papel utilizado (eles não devem ficar nem frouxos nem apertados demais).
4-Atente também para os pequenos roletes que tracionam o papel. Mantenha-os sempre limpos (com um cotonete úmido) para evitar que as folhas sejam tracionadas de maneira desigual, o que resulta numa impressão torta ou no atolamento do papel.

Caso o atolamento ocorra, a solução varia conforme a marca e o modelo da impressora, de modo que o melhor é consultar o respectivo manual para obter informações específicas.
Via de regra, você pode tentar desligar e religar o aparelho (com um pouco de sorte, isso fará com as folhas encravadas sejam expelidas). Se não funcionar, puxe as folhas firme, mas gentilmente - se não conseguir removê-las todas de uma vez, tente retirá-las uma a uma, de modo a reduzir progressivamente a pressão do rolo sobre o papel.
Algumas impressoras têm portinholas (geralmente na parte traseira) destinadas a facilitar a remoção do papel atolado; outras permitem diminuir a pressão do rolo, para que as folhas possam ser retiradas mais facilmente. Seja como for, jamais utilize ferramentas ou quaisquer objetos que possam danificar os componentes do aparelho. Se nenhuma dessas sugestões funcionar, o jeito é contatar o serviço de suporte do fabricante ou procurar uma assistência técnica especializada.
Boa sorte!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

De olho no cartucho

Se você está pensando em trocar sua impressora, não se atenha apenas ao preço do hardware; em alguns casos, duas trocas de cartuchos custam tanto quanto uma impressora nova!
Falando em cartuchos, é sempre bom ter um jogo disponível – ninguém merece sair correndo para comprar um refil durante a impressão de algo importante –, mas vale lembrar que as impressoras geralmente exibem o famigerado alerta (ou simplesmente param de funcionar) quando ainda resta tinta suficiente para imprimir dezenas de páginas. Eu tive uma Epson que era assim – só que, quando ela dava o aviso, eu simplesmente realizava o processo de troca reinstalando o mesmo cartucho, e continuava imprimindo normalmente por mais uma ou duas semanas.
Em testes realizados pela PCWorld envolvendo diversas marcas e modelos de impressoras, a quantidade de tinta não utilizada variou de 8% (num cartucho original Epson) a impressionantes 45% (num cartucho terceirizado para a Canon). Para piorar, após exibir a mensagem de pouca tinta, essas máquinas só voltam a funcionar depois que o usuário substitui o cartucho.

Observação: Alguns fabricantes alegam que esse procedimento se destina a evitar que a tinta resseque e danifique o equipamento; outros se defendem dizendo que a quantidade restante é de apenas uns poucos mililitros (considerando que um cartucho com 8 ml de tinta preta custa cerca de R$ 25, cada mililitro desperdiçado representa um prejuízo de mais de R$ 3), mas a verdade é que todos eles parecem pensar que nós somos mesmo um bando de otários.

Tenham todos um ótimo dia.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fraudes e mais fraudes...

Diante da engenhosidade dos cybercriminosos, muita gente vem abrindo mão do net banking, das compras on-line e até mesmo dos tradicionais caixas eletrônicos (já que são cada vez mais comuns as notícias de fraudes com cartões clonados a partir de “chupa-cabras”, micro-câmeras e teclados falsos instalados disfarçadamente nesses aparelhos).
Mas se você acha que é seguro pagar suas compras com o “velho e confiável cheque”, saiba que os estelionatários são capazes de mudar facilmente o valor desses documentos, seja através de adulterações grosseiras – transformando 60 reais em 600, por exemplo –, seja mediante técnicas bem mais rebuscadas: segundo a ABRACHEQUE (Associação Brasileira das Empresas de Informação, Verificação e Garantia de Cheques), o avanço da tecnologia e o aperfeiçoamento das máquinas de impressão facilitam a ação dos fraudadores.
Uma das práticas mais comuns, atualmente, consiste na clonagem de folhas e talões de cheques, que pode ser feita de forma manual ou mecânica. No primeiro caso, os falsários utilizam uma folha de cheque verdadeira, onde o nome do correntista é “lavado” com o uso de produtos químicos ou outros métodos afins; no segundo, eles usam impressoras a laser para reproduzir folhas de cheque em nome de usuários verdadeiros ou não.
O próprio Banco Central reconhece que efetuar pagamentos com cheques é arriscado. Se o documento for repassado (prática comum entre muitos comerciantes) e cair nas mãos de um vigarista, este poderá criar um talão falso, treinar a assinatura do emitente e “pintar e bordar” nas lojas (utilizando documentos igualmente falsificados) ou fazer depósitos em contas de “laranjas”. Para piorar, a coisa pode ser descoberta somente quando o cliente conferir o extrato ou for informado pelo Banco de que sua conta está negativa (ou ainda quando receber telefonemas de cobrança das lojas onde o falsário aplicou o golpe).

Observação: a maioria dos cheques tem uma “proteção” contra lavagem com produtos à base de hipoclorito de sódio (água sanitária) e é impressa com tintas reagentes a solventes orgânicos e inorgânicos (cloro, acetona, benzina, éter, álcool, etc.); a utilização dessas substâncias provoca manchas e borrões que não podem ser eliminados.

Como prevenir acidentes é dever de todos, seguem algumas dicas para quem tem o hábito de efetuar pagamentos com cheques:

a) Nunca permita que outras pessoas preencham o seu cheque, faça-o pessoalmente e com sua própria caneta (existem canetas cuja tinta pode ser apagada facilmente com uma borracha especial que as acompanha, permitindo ao falsário modificar o valor e manter a assinatura do emitente do cheque, dificultando a comprovação da fraude).
b) Rejeite o uso daquelas maquininhas que preenchem cheques (há quem diga que as informações impressas automaticamente podem ser apagadas com o auxílio de um simples forno micro-ondas; não sei se é isso é verdade ou mais uma lenda urbana, mas enfim...).
c) Sempre emita cheques nominais e cruzados, preencha-os com letras grandes, elimine os espaços vazios entre as palavras (escreva #duzentosetrintaecincoreais#, por exemplo, em vez de duzentos e trinta e cinco reais) e faça um risco no espaço que sobrar.
d) No verso de cada folha de cheque emitido, escreva resumidamente a finalidade do pagamento em questão e assine de novo.
e) Evite emitir cheques de baixo valor e passá-los a taxistas, vendedores de zona azul, guardadores de carro e ambulantes em geral.
f) Lembre-se de que cheques pré-datados (prática comum para obtenção de “crédito informal”) costumam ser repassados a terceiros, potencializando sensivelmente o perigo de fraudes.

Já para quem está “do outro lado do balcão”, a maneira mais eficaz de evitar problemas com cheques é deixar de aceitá-los, mas essa medida, além de radical e antipática, pode prejudicar sensivelmente as vendas. Muitas pessoas (geralmente humildes ou de idade avançada) não têm ou não sabem utilizar cartões eletrônicos e acham arriscado (com razão) sacar e levar no bolso grandes volumes de dinheiro. Então, convém atentar para algumas regrinhas:

a) Jamais aceite cheques rasurados, borrados, manchados, amarelados ou desgastados. Redobre a atenção no caso de folhas soltas, sem o talão – e se a borda esquerda não for micro-serrilhada, nem pensar!
b) Observe a “linha louca” do cheque (aquela série de desenhos lineares verticais com o nome do banco impresso em letras pequenas, no lado direito da folha); cada folha do talão deve ter uma combinação diferente.
c) Experimente raspar com a unha qualquer parte impressa em preto no cheque (o nome do cliente ou o número do cheque, por exemplo), se a tinta sair com facilidade, ligue o “desconfiometro”.
d) Examinando o cheque contra a luz, você poderá identificar eventuais colagens de partes. Convém reparar também nos pequenos detalhes impressos na folha (nome do banco na “linha louca”, números e caracteres pequenos, etc.), pois as impressoras e copiadoras raramente os reproduzem fielmente.
e) Sempre que possível, procure checar a autenticidade do RG e CPF do emitente, pois há milhões de documentos falsos circulando no País (se tiver dúvidas, ligue para um serviço de identificação de documentos falsos).
f) Muito cuidado com cheques de contas recentes (o risco é ainda maior no caso de cheques pré-datados ou se o emitente insistir em fornecer apenas o número do telefone celular).
g) A reação do cliente durante a consulta do cheque ou a conferência dos documentos pode ser um bom indicativo – inquietação, nervosismo ou impaciência são sinais de que alguma coisa está errada. Os cuidados devem ser redobrados nos feriados e finais de semana.
h) Lembre-se: pior do que não vender é vender e não receber!

Boa sorte a todos.