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terça-feira, 7 de novembro de 2017

PILHAS DURACELL VAZANDO - CONCLUSÃO

ACHO A TELEVISÃO MUITO EDUCATIVA. SEMPRE QUE ALGUÉM LIGA, VOU PARA OUTRA SALA E LEIO UM LIVRO.

Para concluir a sequência iniciada na última sexta-feira:

A dificuldade em limpar o compartimento das pilhas varia conforme o dispositivo e o tempo durante o qual ele esteve em contato com a substância vazada ― ácida ou alcalina, tanto faz, mas as pilhas comuns, cujo eletrólito é ácido, produzem uma substância mais corrosiva e perigosa em caso de contato com a pele ou as roupas. Se o vazamento for identificado de pronto, remover as pilhas e fazer o que eu fiz com meu teclado pode resolver o problema. Mas se o vazamento for detectado quando a corrosão estiver avançada, as chances de o aparelho voltar a funcionar são remotas. Mesmo assim, você não deve jogá-lo fora sem antes tentar recuperá-lo com uma boa limpeza. Para tanto:

― Remova as pilhas do compartimento. Se necessário, use um palito de picolé, uma vareta de madeira, a ponta de uma chavinha de fenda ou a lâmina de um canivete (há casos em que o vazamento faz as pilhas grudarem de tal maneira que um instrumento mais frágil se quebra antes de a gente conseguir destacá-las).

― Seja ácida ou alcalina, a substância vazada é tóxica e pode causar danos à pele, à roupa e principalmente aos olhos ― que cismam de coçar justamente quando estamos com as mãos sujas. Para prevenir, luvas de látex, daquelas cirúrgicas, podem ser uma boa ideia, mas, na falta delas, proteger as mãos “calçando” sacolinhas plásticas, como aquelas de supermercado, costuma ser suficiente.

― Tenham vazado ou não, as pilhas jamais devem ser descartadas no lixo comum. No caso de vazamento, mantenha-as fechadas na sacolinha e procure um supermercado ou loja que disponha de recipientes específicos para a coleta de pilhas, baterias e similares.

― Neutralizar a substância corrosiva é fundamental para evitar maiores danos. As melhores opções caseiras, no caso das pilhas alcalinas, são vinagre e sumo de limão, até porque não são produtos tóxicos. Mas resista à tentação de usar água, que além de não neutralizar a substância, contribui para oxidar contatos, trilhas e demais circuitos eletrônicos. No caso das pilhas comuns, a substância ácida proveniente do vazamento pode ser neutralizada com bicarbonato de sódio, que custa barato e pode ser encontrado em qualquer farmácia. 

― Dependendo das dimensões do compartimento das pilhas, você pode usar escova de dentes velha para aplicar o vinagre ou o suco de limão ― ou o bicarbonato, no caso de pilhas comuns. Pode ser preciso esfregar várias vezes para soltar o material depositado e remover os resíduos da corrosão, especialmente nos contatos elétricos (se eles estiverem corroídos, furados ou descoloridos, tente lixá-los com uma lixa de papel ou de metal; se não resolver e não for possível (ou economicamente viável) substituí-los, dê o assunto por encerrado e compre um aparelho novo).

― Complete a limpeza com uma toalha de papel seca. Se o compartimento das pilhas for acanhado ou de difícil acesso, use cotonetes para esfregar os pontos afetados e para secar o interior do compartimento. Caso você disponha um micro aspirador de pó, daqueles capazes de inverter o fluxo de ar e soprar, sopa no mel (na falta dele, um secador de cabelos ou uma latinha de ar comprimido em spray são boas alternativas.

― Finalize a limpeza com um pano levemente umedecido em água para eliminar quaisquer resíduos. Finalmente, torne a soprar com o aspirador/secador/lata de ar-comprimido e deixe o dispositivo aberto em local ventilado (se possível, exposto ao sol) por umas duas horas antes de instalar pilhas novas e conferir o resultado. Com alguma sorte seu aparelho voltará a funcionar normalmente.

― Não reaproveite pilhas usadas, jamais misture marcas diferentes, ou pilhas novas com usadas, ou ainda pilhas alcalinas com comuns. Só retire as pilhas do blister original quando for instalá-las no aparelho, e remova-as sempre que ele ficar fora de uso durante um período de tempo considerável. Guarde-as as pilhas em local seco e fresco, tomando o cuidado de evitar que os polos se toquem (vale juntá-las lado a lado e prendê-las com um elástico ou fita crepe, por exemplo).

Amanhã retomamos a sequência sobre HDDs e SSDs. Até lá.

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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PILHAS DURACELL VAZANDO ― CONTINUAÇÃO

O SERIADO HOUSE OF CARDS FOI CANCELADO PELA NETFLIX. DEPOIS QUE TEMER SE SAFOU MAIS UMA VEZ E CABRAL MONTOU UM HOME THEATER NA PRISÃO, OS REDATORES AMERICANOS DESISTIRAM DE TENTAR SUPERAR A REALIDADE BRASILEIRA.

As pilhas elétricas são compostas de dois eletrodos (o negativo e o positivo) e um eletrólito (ou ponte salina), que pode ser ácido (caso das pilhas comuns) ou básico (caso das alcalinas). Vazamentos ― e até explosões ― podem ocorrer com produtos de ambas as tecnologias, bem como com baterias , já que, numa definição elementar, elas nada mais são que duas ou mais pilhas recarregáveis interligadas em série ou em paralelo.

Observação: Em caso de explosão, as pilhas AA (pequenas) ou AAA (palito) danificam os dispositivos, mas não costumam ir além disso. No entanto, há registros de pessoas que se feriram seriamente devido a explosões de baterias de smartphones e notebooks

Pilhas alcalinas diferem das comuns pela durabilidade (e pelo preço, naturalmente). No entanto, a maioria de nós prefere as primeiras, que duram bem mais. Só que alguns especialistas defendem o uso das comuns, notadamente em controles remotos e outros dispositivos que permanentemente em standby. Isso porque, durando menos tempo, elas não chegam a acumular hidrogênio suficiente para “inchar”, vazar ou estourar (a menos que esqueçamos uma lanterna no porta-luvas ou no fundo de uma gaveta, por exemplo).

Entre as principais causas de vazamentos e estouros de pilhas estão a remoção do envoltório (capa de proteção), a inversão da polaridade e a exposição ao calor. Tentar recarregar pilhas não recarregáveis também pode provocar explosões, já que o carregador promove uma inversão na reação química que ocorre dentro das pilhas, e que, nas recarregáveis, restaura a carga original. Já as pilhas comuns não foram pensadas para ser submetidas e esse processo, daí o risco de explosão.

Pilhas com eletrólitos ácidos vazam um líquido amarronzado; as alcalinas, uma substância granulada, esbranquiçada, parecida com o azinhavre que se forma no borne positivo das baterias automotivas. Ambas as substâncias podem danificar ― ou mesmo inutilizar ― o dispositivo dentro do qual ocorreu o vazamento, bem como irritar a pele e abrir buracos nas roupas de quem as manusear sem os devidos cuidados.

Pilhas não recarregáveis têm uma vida útil limitada, que varia conforme a utilização do equipamento que elas alimentam. Mas mesmo quando o aparelho não é usado ― ou quando as pilhas são guardadas por muito tempo ― a perda de carga é inexorável. E de nada adianta mudá-las de lado no compartimento, aquecê-las (calor excessivo tende a aumentar a produção de hidrogênio) ou colocá-las na geladeira ou no freezer (o frio excessivo pode produzir efeito contrário ao desejado, fazendo com que as pilhas deixem de fornecer energia antes mesmo de sua carga útil se esgotar).

Veremos na próxima postagem como (tentar) salvar um aparelho em cujo interior as pilhas vazaram. Aguardo vocês lá.

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terça-feira, 7 de julho de 2015

SOBRE PILHAS E BATERIAS

É IMPORTANTE FAZER AS PERGUNTAS CERTAS, MAS MAIS IMPORTANTE É OBTER AS RESPECTIVAS RESPOSTAS.

Tecnicamente, pilhas e baterias são coisas distintas, embora as diferenças sejam um tanto nebulosas, levando muita gente a utilizar esses termos como sinônimos. A rigor, uma pilha é composta de dois eletrodos (um negativo e outro, positivo) e um eletrólito (ou ponte salina), enquanto que uma bateria é um conjunto de pilhas interligadas em série ou em paralelo. Em qualquer dos casos, a função é basicamente a mesma, ou seja, fornecer energia elétrica para os mais variados apetrechos, de barbeadores, calculadoras de bolso e escovas de dente a relógios digitais, smartphones, tablets e notebooks, dentre tantos outros.

ObservaçãoEssas pilhas não são iguais às que usamos em lanternas, controles remotos etc. Na verdade, elas são células de íons de lítio, e sua quantidade (geralmente entre 3 e 12 unidades) determina a capacidade de carga da bateria e, por tabela, a autonomia do aparelho que ela alimenta. Quanto maior o número de células, mais volumosa e pesada será a bateria, razão pela qual os modelos com 12 células são destinados a notebooks de configurações robustas, que priorizam o desempenho em detrimento da mobilidade. Devido ao tamanho avantajado, essas baterias costumam ficar sob o aparelho, ajudando a manter a base da carcaça afastada alguns centímetros da superfície da bancada de trabalho, de modo a reduzir o esforço dos coolers na dissipação o calor gerado pelos componentes internos.

Vê-se na figura à direita que, na ligação em série, o pólo positivo da primeira pilha é conectado ao pólo negativo da segunda, e assim sucessivamente, resultando numa tensão final correspondente à soma das tensões individuais das pilhas (1,5V X 4 pilhas = 6V no exemplo da figura à direita). Já na ligação em paralelo, os pólos positivos e negativos são ligados entre si e a tensão final se mantém em 1,5V, ao passo que a amperagem quadruplica.  

Embora os acumuladores de energia tenham sido criados há cerca de 2.000 anos, o primeiro modelo recarregável surgiu somente em 1859, a partir de uma tecnologia que foi aprimorada ao longo dos séculos e é usada até hoje na fabricação de baterias para veículos em geral, no-breaks e sistemas de iluminação de emergência, onde peso e tamanho são questões de relevância menor. Mais adiante surgiram as pilhas (figura à esquerda), que se dividem em "comuns" e "alcalinas" (as primeiras são mais baratas, mas duram menos e têm o mau hábito de vazar parte do ácido contido em seu interior, o que pode causar danos irreversíveis aos aparelhos). Existem ainda as versões recarregáveis, ainda mais caras, que também são conhecidas como "acumuladores".

No Brasil, os formatos e as nomenclaturas das pilhas seguem o padrão instituído pelo ANSI (American National Standards Institute). As mais usadas são as “pequenas” (AA ou 2A) e as popularmente conhecidas como “palito” (AAA ou 3A), disponíveis tanto em versões descartáveis quanto recarregáveis. Já as “médias” e “grandes” (C e D, respectivamente) vêm sendo cada vez menos utilizadas, da mesma forma que as bateria de 9V, que na verdade são conjuntos de seis pilhas AAA agrupadas num único invólucro (figura à direita).

Observação: No final da década de 70, o surgimento dos relógios digitais e das câmeras fotográficas motorizadas popularizou as assim chamadas “pilhas de relógio” (figura à esquerda). As mais comuns utilizam ânodos de lítio metálico e geram uma tensão elétrica de 3V ─ o dobro da que é gerada por baterias de zinco-carbono ou alcalinas. O agrupamento de duas ou mais dessas células dá origem às “baterias de lítio”. Note que, ao contrário das baterias de íons de lítio, os modelos de lítio metálico não são recarregáveis, mas, devido à sua grande durabilidade, são amplamente utilizados em placas-mãe de PCs, sistemas de alarme sem fio, marca-passos cardíacos e outros dispositivos médicos implantáveis, só para citar alguns exemplos.       

Amanhã a gente aborda a autonomia (cada vez menor) dos nossos (cada vez mais exigentes) gadgets. Abraços e até lá.